chapter thirteen

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Point of view —
Bárbara Heard

Eu continuo chocada olhando a cena a minha frente, meia hora nesse quarto todo rosa brincando de tomar chá com a irmã caçula do Victor e embasbacada como ele mudou da água para o vinho.

Como pode um ser tão bruto, mal educado e ogro se tornar esta criança dócil em frente à pequena garota de longos cabelos loiros?

— Quer mais chá, Vivi? — Ele assente enquanto sorrir para a menina esperta e agitada. — E você, princesa Bárbara? — Seus olhos curiosos me tornam foco e eu lhe dou um pequeno sorriso.

— Sim, obrigada. — Sorrio ao ver suas pequena e gorduchas mãos colocarem as xícaras de brinquedo em sua bandeja de plástico rosa e em seguida ir até sua cama pegando o pequeno bule de plástico e fazendo o chá imaginário conforme sua imaginação lhe instrui.

Victor está olhando a irmã com certa fascinação enquanto uma coroa adorna sua cabeça, ele parece não se importar por estar desta maneira, posso até mesmo afirmar que ele parece se divertir com sua irmã.

Seguro a risada, é no mínimo cômico vê-lo desta maneira, então o caipira que é um cavalo em pessoa tem seu calcanhar de Aquiles.

— Se você contar isso a alguém eu mato você, Bárbara.

Olho para ele que contém uma expressão séria em seu rosto, completamente tranquila aperto ainda mais a coroa em minha cabeça então aproximo minha boca em seu ouvido para acalmar seu ego e não chamar atenção da criança.

— Não se preocupe, caipira. Eu não vou destruir sua fama de fodedor de pepecas.

Victor trinca os dentes e desvia o olhar a parede em sua frente, ignorando minha ilustre presença.

— Sobre que desenhos Ariel falava? — Pergunto no ímpeto, desde o momento que a menina me identificou pela seguinte frase " É a menina dos seus desenhos, Vivi?!" Venho me perguntando o que ela quis dizer, pois eu senti mais afirmação em sua fala do que uma pergunta.

— Vai acreditar em uma criança de cinco anos e com uma imaginação fértil, bonequinha de plástico? — Ele soa friamente sem ao menos me olhar. — Você nem devia estar aqui no quarto com minha irmã e eu.

Tenho vontade de o mandar se foder com sua ignorância, eu não sou obrigada aturar sua tpm eterna, porém contenho-me por ter uma criança próximo a nós. Se estou aqui é por causa da princesa, ela me convidou para sua tarde do chá com ela e seu "vivi". Segundo ela, todos os anos eles fazem isso e é muito divertido.

Como eu poderia dizer não a uma criança? Impossível

— Mostra ela, vivi, seus desenhos são tão lindos. — Ariel fala enquanto nos serve novamente com o chá imaginário.

Victor se mexe desconfortável sobre o edredom lilás. Que diabos deu nele? Pego a xícara e finjo estar tomando um generoso gole.

— Está delicioso, princesa. Depois me passe a receita quero servir em meu palácio. — Dou asas a sua imaginação, ela sorri feliz enquanto assente, mas logo depois volta para seu irmão.

— Onde estão os desenhos, Victor?— estranho ela falar o nome do irmão, desde o momento que ela encontrou o irmão, o chamou todo o momento pelo apelido estranho e agora parece ficar insatisfeita por ele não ceder a sua vontade.

— Não estou com nenhum deles aqui, Ariel — Sua voz sai mansa, contudo ele parece estar se controlando para não magoar a irmã.

— Eu tenho papel e canetinhas, espera só um pouco que vou pegá-los.

180 diasOnde histórias criam vida. Descubra agora