chapter twenty five

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Point of view —
Bárbara Heard

Mas às vezes, não importa o quanto você ame alguém. As pessoas simplesmente não podem te amar da mesma maneira.

maratona 2/5

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Caminho dentro do cômodo branco de um lado para outro, apesar do quarto ter apenas quatro por quatro metros quadrados, chegar de uma parede a outra parece ser um enorme caminho a ser percorrido. Não tive coragem de voltar para casa, não consegui dormir e muito menos consegui entrar em contato com alguém, nem mesmo com o Brandon que é a única pessoa que eu consigo confiar neste momento. Minha mente não para de voltar até o momento que o caipira falou na minha cara que ele não mente.

Mas como eu posso acreditar em uma história tão absurda? Como eu posso sequer cogitar a ideia que Lissa que foi criada como minha irmã iria me trair assim? Como eu posso ao menos achar que o homem a quem entreguei meu coração iria me machucar de uma forma tão mesquinha?

Mas se eu não consigo acreditar no que Victor me disse, porque eu apenas não o ignorei como sempre e voltei para casa como estava previsto?

Sento-me na cama quando me sinto fraca, já estou a horas dentro desse quarto sem ao menos me hidratar com um copo de água e tantas perguntas me deixam atônita.

Mais uma vez meu telefone toca e ao ver o número do caipira deixo cair na caixa postal como venho fazendo desde o momento que sai de sua casa ontem.

Não ignoro somente ele, mas ignoro, todos que estão me procurando sendo por alguma rede social ou até mesmo ligação.

Meu peito dói com a dúvida, contudo eu tenho medo do que eu possa vir descobrir se eu for atrás. Nunca fui uma mulher forte e obstinada e agora me sinto tão acuada ao ponto de sentir que essa mesma mulher está agachada em um canto. Meu Deus me ajuda!

Levanto-me mais uma vez e vou para o espelho e encaro meu reflexo, ele não está o dos melhores e não falo a aparência física pois esta está um caos e eu não me importo com isso. O que está nítido é meu olhos longes e opacos, mesmo eu podendo enxergar tudo, é como se não tivesse foco.

O que eu devo fazer? devo ir e enfrentar essa situação ou fingir que está tudo bem e seguir em frente? Preciso decidir entretanto decisões apressadas, aquelas que vêm fáceis e rápidas, sem hesitação, são as que nos perseguem para sempre.

— Você consegue, Bárbara. Seja forte e corajosa.

Como uma idiota converso comigo mesma, mas não surte efeito algum, eu tenho vontade de gritar mas não o faço até para isso eu sou fraca.

Meu telefone volta a vibrar em minhas mãos, não olho para a tela do aparelho preto, apenas continuo olhando meu reflexo e vendo o quão inútil eu sou.

Um bip soa de meu Iphone então olho para a tela do mesmo e dessa vez o caipira deixou uma mensagem de voz, aperto a mesma e deixo que sua voz preencha o quarto deste hotel que está a horas em absoluto silencio.

Dá para você atender essa merda de telefone , bonequinha de plástico? Eu... eu.. estou... ficando preocupado. Bárbara, sei que fui um desgraçado ontem, mas o que eu disse foi a mais pura verdade, não teve nada de bebida por trás. Eu não consigo imaginar a bagunça que deva estar neste momento e por isso eu, mesmo com raiva, peço desculpas. Mas pense comigo bonequinha de plastico, é melhor doer agora e você seguir em frente do que continuar sendo enganada até não poder mais e perder anos de sua vida com aquele caralho. Eu....

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