chapter twenty nine

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Point of view
Victor Camilo

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Eu tenho que dizer o que se passa na minha cabeça alguma coisa sobre nós não está certo nesses dias.

Um sopro sai de meus lábios quando percebo que Benjamin não vai mesmo soltar Emma, eu não queria mesmo ter que entrar em confusão hoje e muito menos na porta da faculdade por causa da bonequinha de plástico, contudo está fora de cogitação eu ver uma mulher ser maltratada perto de mim e não fazer nada em relação a isso.

Já passou da época que eu era a merda de um moleque que via a própria mãe ser maltratada dia após dia sem poder fazer nada, por não ter força suficiente para aguentar um adulto, força para aguentar o meu pai.

Porém desisti de tentar ajudar minha mãe quando percebi que ela jamais deixaria aquele caralho e que ela sempre encontraria e daria desculpas para atitudes daquele filho da puta.

Pensei por um tempo que a Bárbara fosse como minha mãe e de fato lembrava, sempre a via fazendo tudo por esse palerma, contudo tenho que admitir que Bárbara nunca soube de algum motivo que a fizesse acordar como minha mãe teve. Então mesmo sendo uma idiotice de sua parte literalmente morrer pelo Benjamin, era meio por cento justificável e agora que ela descobriu não vejo em seus olhos a vontade de perdoar esse caralho mesmo sofrendo como nunca.

Então sim, Bárbara merece ser ajudada!

— Eu mandei você a soltar, porra — o empurro quando me aproximo face a face com Benjamin, ao que consigo o empurrar meu punho esquerdo encontra seu nariz o acertando com força fazendo seu sangue vazar na mesma hora.

Eu nunca suportei esse cara, não existe ninguém tão perfeito assim, esse merda sempre tentava mostrar a todos essa falsa perfeição e confesso que observava o casal por isso, pois tive em toda minha vida o mesmo exemplo em casa e ao ver a forma que Benjamin se comporta chamou minha atenção. Também sempre percebi Bárbara com o pensamento que deveria agradar seu namorado a todo custo e que deveria fazer tudo o que ele quisesse, burra feito mula.

E esse desgraçado sempre com aquela máscara de: Eu sou o cara, sou santo e perfeito, nunca engoli essa história, perfeito é somente Jesus Cristo, pois nós somos e sempre seremos todos uns fodidos de merda.

Benjamin dá dois passos para trás com a força do impacto provocado pelo meu soco e empurrão. Pela minha visão periférica posso ver Bárbara se desequilibrar e Brandon a amparar, fico grato quando ele a tira da zona de guerra que se formou entre mim e esse pau no cu.

Benjamin avança sobre mim como um cachorro bravo, ótimo, eu estou mesmo precisando quebrar uns dentes para aliviar esse maldito estresse. Posso até apanhar mas sai como perdedor isso jamais, nem aqui nem no inferno.

O punho de Benjamin acerta minha bochecha esquerda, meus dentes do canto batem contra a carne sensível de minha bochecha e na mesma hora sinto o gosto metálico em minha boca, cuspo o sangue ficando ainda mais irritado.

Nós dois nos agarramos cegos de raiva, soco seu estômago no mínimo duas vezes, Benjamin por sua vez levanta o joelho me soca na barriga, fazendo com que eu quase vomite.

Eu vou matar esse desgraçado!

Agarro seu pescoço e consigo acertar seu olho esquerdo com uma força extrema, então sou puxado para trás com muita força, ao mesmo tempo que Benjamin é agarrado por Ricardo que rir divertido, gostando de toda situação.

Mas que porra, eu só estava começando.

Benjamin leva a mão ao olho fazendo uma careta, seu peito sobe e desce integrando sua raiva e ele faz questão de me mostrar isso me olhando raivoso, eu olho para trás olhando a peste que me puxou e não sei de onde esse porra saiu, pois não sei quem é esse demônio.

180 diasOnde histórias criam vida. Descubra agora