chapter thirty three

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Pointes of view —
Bárbara Heard

Ooh, baby

Eu sei que te amar não é fácil

certeza vale a pena tentar.

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Mexo meu corpo adorando a temperatura do local, o cobertor grosso em volta do meu corpo me dá uma sensação maravilhosa.

Abro meus olhos com muita preguiça e a cena que vejo ao meu lado, com certeza, será a cena mais linda que eu verei durante todo esse dia que acaba de amanhecer.

Ariel está com o dedão dentro da boca dormindo em cima do Victor precisamente em cima de seu peitoral, o caipira a abraça quase que por completa e tem a boca levemente aberta.

O que me surpreende é que eu também estou agarrada ao seu corpo, não foi algo intencional, mas por estarmos em uma barraca apertada com certeza ajudou a acordar apoiada em seu braço. O que eu não vou reclamar pois adoro a temperatura de seu corpo.

Eu ainda não acredito que esse anjinho conseguiu convencer nós dois a dormirmos em uma barraca do lado de fora do trailer, melhor, eu não consigo acreditar como ela me convenceu a dormir aqui. Logo eu que sou medrosa e não troco uma cama por nada neste mundo, mas por incrível que pareça foi divertido e não senti frio, muito menos achei o chão duro, Victor deixou o local o mais confortável possível.

— Bom dia, bonequinha de plástico.

Depois que me recupero do susto repentino que Victor me causou, sorrio admirando a beleza desse homem. O que eu não posso mais negar é sua beleza incontestável.

Ele é lindo a qualquer hora do dia, mas pela manhã pode ser considerado um pecado. Seus olhos estão apertados devido às horas de sono, a voz está mais rouca que o habitual.

— Bom dia, Victor.

Falo igualmente baixo, nós dois nos olhamos sem nenhuma quebra de contato, nenhuma palavra precisa ser dita, é claro que ambos estamos lidando com as sensações recém descobertas, sensações que descobrimos e que provocamos um no outro.

Seria um eufemismo dizer que estou apaixonada pelo caipira, pois isso seria uma mentira e com certeza um exagero. Ainda não esqueci o Benjamin. Contudo agora percebo detalhes que antes eu me recusava a enxergar pelo fato de estar cega por alguém que jamais me mereceu. Lembro a mim mesma que é passado e lá ele deve ficar e, não preciso ficar a todo instante me lembrando quem foi meu ex-namorado.

É óbvio que Victor e eu temos uma atração enorme, quase dolorida, arrisco-me em dizer que temos uma química. Victor tira Ariel de cima de seu peitoral e a coloca no colchão inflável, a cobrindo um pouco mais. Ontem, Ariel fez questão de Victor dormir no meio, alegando que ele era o Vivi de nós duas e eu não protestei, afinal ela ainda pensa que sou esposa de seu irmão e não iria confundir a cabeça de uma criança.

O ponto mais importante, não acho um absurdo continuar dormindo com Victor, eu me acostumei com sua presença felina.

Desde o dia que ele me desenhou nua, a dois dias atrás não tocamos mais no assunto, mas a todo instante nos olhamos, Victor me olha como se prometesse algo e eu o olho querendo entender quando tudo mudou entre a gente e eu passei a gostar dessa mudança, tudo está acontecendo tão naturalmente que é assustador.

Assusto-me quando Victor coloca seu dedão em meu lábio inferior e o desliza levemente, contornando o desenho e espessura do mesmo.

Olho para cima enquanto meu coração acelera em minha caixa torácica, conforme seus olhos se transformam em labaredas e conseguem me queimar interiormente.

180 diasOnde histórias criam vida. Descubra agora