Point of view —
Bárbara HeardCoço meus olhos totalmente preguiçosa, os dois edredons cumpre a função em me manter bem aquecida e também me deixam com aquele desejo de permanecer mais cinco minutos cada vez que o celular desperta.
Abraço meu corpo sentindo a textura do pijama de inverno aquecendo ainda mais meu corpo.
O silêncio faz com que o sono ainda presente em meu corpo ganhe essa briga entre levantar ou permanecer na cama.
Eu sei que deveria estar preocupada como o caipira vai sair da delegacia, entretanto não vou mentir em dizer que me preocupo, pois essa seria a maior mentira da minha vida.
Eu estou sentindo-me vingada, ele fez tantas coisas ruins para mim nos últimos dias que o que eu fiz é pouco.
Afinal, não fui eu que mandei ele se meter em uma briga e me tratar como merda quando tentei ajudá-lo.
Não é minha obrigação ir até onde ele está para salvá-lo como se fosse uma donzela em perigo, a única coisa que posso fazer é que se nas próximas horas da manhã se ele não der sinal de vida é contar a sua mãe o que houve noite passada para então ela pagar a fiança e pronto.
Todos ficamos felizes.
A mensagem que li ontem a noite no celular do Victor me deixa perturbada novamente, lembro-me de ter lido e relido incontáveis vezes.
Li tantas vezes que eu decorei todo o conteúdo da mensagem.
Eu não sei o porquê, mas quando o celular de Victor vibrou pela segunda vez e eu pensei ser a tal Callie, peguei o celular pronta para desligar totalmente o aparelho, porém reconheci o número da minha melhor amiga e eu quis ler o conteúdo.
Fiquei com tanta raiva do que li que apaguei a mensagem, não me arrependo por ter apagado. Ela está me usando para ficar com um cara que de repente passou agradá-la por que ela descobriu por mim que ele tem dinheiro.
Repito mais uma vez a mensagem em minha mente para saber se eu estou sendo dramática em não conseguir ignorar a mensagem.
"Quando chegar em San Diego me procure, com certeza você deve estar cansado de ficar ao lado da bonequinha de plástico e precisa tirar todo estresse e eu posso ajudar com isso" Lissa."
Meu celular toca pela terceira vez em menos de cinco minutos, o mesmo que me acordou antes das nove da manhã, eu ainda não entendo o porquê de eu estar tão chateada com a Lissa, eu sei que a mensagem idiota foi para se aproximar do caipira, porém me irrita a forma como ela está me usando.
Isso é o que uma amiga faz? Eu realmente não sei! Eu não sei se estou sendo paranoica ou agindo impulsivamente em pensar que eu não agiria assim se estivesse tentando pegar um cara.
Eu acho que jamais a usaria como "isca" para aproximar-me de um homem que supostamente eu estivesse afim, achei sua atitude muito inconveniente e por isso não quero conversa com ela por agora.
Quando o celular cessa o toque irritante, eu desligo totalmente o aparelho, nada como a desculpa que descarregou completamente. Sinto que tudo está errado em minha vida.
Hoje eu pretendia conversar com o Benjamin e marcar um encontro para amanhã, mas quer saber? Nem com saco pra isso eu estou.
Eu o amo demais, mas de uns meses para cá, estou percebendo que nosso relacionamento está sendo unilateral, um pensamento que a todo custo venho reprimindo por doer ao imaginar que só eu estou disposta a fazer qualquer coisa para nosso namoro funcionar.
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180 dias
FanfictionNos dias de hoje, adolescente saem e bebem quase todas as noites, fazem loucuras sem se preocupar com as consequências. Eu achei que comigo seria igual, mas não foi. O meu final de semana, passou de divertido para completamente aterrorizante, afinal...