Capítulo 3 - Estou empregada !

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- Lu, telefone pra você ! - Sophia gritou da cozinha

- Pra mim ? - a loira assentiu - Tem certeza ? - Sophia revirou os olhos

- Atenda logo Lua. É um homem.

Lua franziu o cenho. Um homem ? Que homem ligaria pra ela se ela ainda não conhecia nenhum.

- Alô ? - ela disse curiosa

- Olá Lua Blanco. - a voz masculina e sensual falou - Estou ligando para saber se você pode começar amanhã aqui na Empresa Aguiar.

- Oh Arthur. - ela disse chocada ao reconhecer a voz - Pensei que não fosse ligar... - ela admitiu por impulso

Já faziam dois dias desde que tinha dado a certa entrevista e nada. Nenhuma ligação. Nenhuma satisfação. Absolutamente nada.

Ela já havia admitido que não iria ser empregada.

- Tive uns ... contratempos. - ele disse com voz calma - Mas estou ligando agora. Espero que ainda esteja interessada ...

- Oh, sim, claro que estou. - ela disse empolgada enquanto via Sophia arregalar os olhos e roer as unhas em sua frente

- ótimo. Pode começar amanhã ?

- Sim. - ela respondeu rapidamente

- ótimo. Mel estará lhe esperando aqui as oito horas em ponto. Por favor não se atrase. - ele acrescentou - Ela lhe dirá o essencial, e te mostrara toda a empresa.

- Sem problemas estarei ai. - ela disse sorrindo

- Eu sei que vai. Espero que ainda lembre das regras.

- Sim, claro. - ela disse fazendo uma careta.

- Muito bem. Bom, então até amanhã Lua.

- Okey, até amanhã Sr. Aguiar.

- O que você disse ?- ele disse com tom repreensivo

- Arthur ... - ela disse se corrigindo - Eu disse Arthur.

- ótimo, foi o que eu pensei ter ouvido. Até mais.

- Até mais. - ela respondeu e ele se apressou em falar antes que ela desligasse

- Aaah, Lua !

- Sim ?

- Foi mal pela vaga. - não foi um pedido de desculpa formal, mas foi um pedido de desculpa - Mas ela realmente era minha. - ele completou a deixando irritada.

Lua realmente abriu a boca para responder mais ele já havia desligado.

- O que ele queria ? - Sophia perguntou ainda com os olhos arregalados

- Estou empregada ! - ela disse animada

- AAH ! - Sophia gritou feliz a abraçando - Parabéns ! Eu não te disse, aqui se tem muitas mais chances de conseguir dinheiro do que naquele fim de mundo.

- Sim, você me disse, e tinha razão pelo jeito. - ela disse sorrindo - Eu vou economizar cada centavo que ganhar Sophia. Não importa o quanto eu tenha que apertar as coisas, mas eu vou conseguir o dinheiro necessário. - ela disse confiante.

- Eu sei que você vai. - Sophia a encorajou com os olhos azuis transbordando alegria - Agora ligue para seus pais, e avise que a menininha deles esta empregada, e que sabe se virar muito bem.

Naquela noite Lua mal conseguiu dormir de tanta ansiedade. Horas antes quando contará a novidade para seus pais, pudera ouvir a felicidade no timbre de voz de seu pai, que pode suspirar mais aliviado.

Não importa o que acontecesse. Ela iria se agarrar a aquele emprego com unhas e dentes. Precisava do dinheiro... Precisava muito do dinheiro.

- Ai, eu estou nervosa !

- Sophia, só eu que vou começar a trabalhar, não você. - Lua disse divertida

- Eu sei. - a loira disse roendo as unhas - Mas mesmo assim eu estou nervosa.

- O que você acha vermelho, ou preto ? - Lua perguntou levantando dois modelos sociais, dignos de uma secretária.

- Preto. - Sophia disse com tom de entendida - Assim, você não chama muito atenção no primeiro dia.

- Ok, preto. - ela disse caminhando até o Quadra- roupa.

- você terá que comprar mais alguns modelos - Sophia lhe advertiu enquanto olhava o restando das roupas.

- você sabe que não vou gastar dinheiro com coisas fúteis.

- Roupas não são coisas fúteis... - a loira fez uma pausa e acrescentou - Nem sapatos.

- Sophia ! - Lua disse nervosa - Quer me deixar insegura ? - a loira negou com a cabeça - Então me incentive ! - ela pediu

- Dara tudo certo querida. - Sophia disse lhe dando uma piscada.

- Obrigado, agora melhorou. - Lua gritou do banheiro

- É mas não fez nenhum sapato aparecer no seu guarda roupa. - ela disse divertida

- Sophia, você sabe ... - ela disse voltando já vestida

- É eu sei, você não pode gastar dinheiro com coisas fúteis. - Sophia revirou os olhos - Sabe oque resolveria seu problema ?

- O que ?

- Um marido rico. Não melhor ! - Lua revirou os olhos enquanto ela falava - Um marido velho e rico, assim você ficaria com a herança, logo que ele batesse as botas.

- Sophia ! - ela disse brava - Sabe que não sou assim.

- Ok, ok. - Sophia disse levantando as mãos em sinal de rendição - Não esta mais aqui quem falou. Mas, se você quiser eu posso te levar a um asilo que ...

- Sophia, eu vou realmente ficar brava com você. - Lua a alertou

- Tudo bem. - ela disse suspirando

- Vou deixar você terminar de se arrumar, e fazer o café da manhã.

- Ótimo ideia. - Lua disse irônica - Ainda bem que eu já fiz o café. - Sophia sorriu zombeteira sumindo pela porta.

30 minutos depois Lua saia do apartamento e entrava em seu carro, dirigindo até a empresa.

Olhou-se no espelho rapidamente. Bom. Nada de muita maquiagem mas o necessário para se por apresentável. O terninho social combinava com os sapatos pretos de salto alto de veludo. O cabelo hoje preso, deixando apenas a franja caída para o lado, dando um toque de casualidade.
Sabia que sairá cedo de casa. Mas era bom dar uma boa impressão no primeiro dia.

Amor por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora