Capítulo 5 - Eu e vc não vai rolar !

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- Sta. Blanco, - Arthur disse ao ver o quanto ela estava chocada - poderia se retirar ? Isso pelo jeito não será uma conversa para damas.
- Oh pode apostar que não vai ser. - James disse bufando.
- Claro. - Lua disse engolindo seco - Com licença.
Assim que a porta se fechou Arthur rugiu :
- Pode me explicar oque é isso Sr. James ?
- Eu estou saindo, é isso que esta acontecendo. Não sou mais acionista desta empresa.
Micael quase mutilou Arthur com o olhar.
- Vamos conversar ? - Micael sugeriu - Porque o Sr. está se desvencilhando da empresa ?
- Como porque, esse ... moleque esta destruindo o que o pai dele demorou anos para poder erguer !
- Não fale do meu pai. - Arthur disse avançando para cima dele.
- EI ! - - Micael se meteu entre os dois - Vamos conversar !
- Não se tem o que conversar. Esse moleque esta levando a empresa as ruínas, e eu é que não vou ficar aqui esperando para ver tudo desabar, perdendo o meu dinheiro.
- Nada esta em ruínas Sr. James, não de bola para o que as revistas falam, é pura fofoca .. - Micael tentou apaziguar
- Oh, por favor Micael. - o homem disse revirando os olhos - Nisso nem você acredita. Você também deveria cair fora, ou vai cair junto com Arthur. Tudo o que as revistas andam falando é verdade. Esse menino não passa de um moleque brincando com o dinheiro. Com o nosso dinheiro. Essa empresa esta caindo cada vez mais no abismo, e ele só quer saber de farra e mulheres. A secretária nova é uma prova bastante concreta de como ele leva os negócios. Aposto que já esta planejando de como a levará para cama.
Arthur apenas escutava com os olhos cheios de raiva, enquanto Micael o segurava.
- Que preocupações ele tem se nem sequer família tem ? Não é como nós, que temos que sustentar esposa e filhos. Ele tem que sustentar a si mesmo e só. - o homem gritou - É um irresponsável. Não sabe o que compromisso. Somente no dia que ele se casar, ele vai saber o que é ser um homem. Um homem de família, não um homem que vive em puteiros !
- Orá seu ... - Arthur começou mais Micael o interrompe
- Sr. James, pense melhor, esta nesta empresa a muitos anos, tem certeza que quer sair assim ?
- Tenho. Eu ajudei o se pai a construir boa parte desta empresa, - ele disse apontando o dedo na cara de Arthur - e você mal saiu das fraudas ! Seu pai devia ter me nomeado presidente, e não a você que nem sequer sabe o significado da palavra responsabilidade.
- Se você falar mais um vez do meu pai ... - Arthur alertou entre os dentes
- Falar o que ? Que ele deve estar se revirando na cova de tanto desgosto, e vergonha que esta sentindo do se único herdeiro ?
- Ah se desgraçado ! - Arthur empurrou Micael e acertou um soco na boca de James, que tentou retrucar com um chute.
Micael, tentando separá-los, segurou Arthur o puxando para trás, permitindo por descuido que James, acertasse dois socos na face de Arthur. Um no olho e outro no maxilar.
Arthur conseguiu livrar a mão que Micael segurava, e acertar outro soco na face de James, desta vez no nariz.
- Saia daqui agora James ! - Micael gritou voltando a segurar Arthur
O homem levou a mão no nariz gritando de dor. Seu nariz estava quebrado.
- Isso não vai ficar assim ! - ele anunciou antes de abrir a porta e sair correndo.
Lua, assim como os outros funcionários que estavam ali perto ficaram chocados ao ver o homem sair correndo enquanto seu nariz jorrava sangue.
Num pulo se levantou e foi até a porta do escritório de Arthur, vendo este gritando bravo, enquanto Micael tentava acalmá-lo :
- O espetáculo terminou pessoal. - ela disse para o bando de curiosos que se aproximavam - Voltem ao trabalho.
Falando isso ela entrou na sala de Arthur e fechou a porta :
- Alguém pode me dizer o que houve aqui ? - perguntou brava fazendo ambos os homem encaravam sem reação - Isso é sangue ? - ela disse apontando para Arthur, sem dar tempo para eles lhe responderem a pergunta anterior - Oh me Deus é claro que é sangue ! - ela disse levando a mão até a boca histérica
- Lua, - ele disse calmo - poderia se retirar ? Agora não é um bom momento.
- É claro que não é um bom momento ... - ela disse sem obedecê-lo - Vou ver o que eu acho para limpar todo esse sangue. - ela falou antes de sair da sala a procura de uma maleta de primeiros socorros
- Você não devia ter feito isso. - Micael o repreendeu - Vou ver se consigo arrumar a sua bagunça ! - ele gritou antes de sair da sala deixando Arthur sozinho.
Ele bufou. Ninguém mandou aquele idiota ter falado tudo aquilo.
A porta se abriu e Lua reapareceu aflita :
- Aqui, - ela disse abrindo a sua bolsa - sempre tenho álcool gel e algodões. Deve servir ... tem que servir ! - ela disse nervosa
- Esta tudo bem, pode voltar ao trabalho. - ele disse frio
- E você pode ficar quieto e me deixar limpar esse sangue. - ela disse de nariz empinado
Arthur sorriu diante a tal afronta.
- Você sabe quem manda aqui, não sabe ? - ele perguntou irônico
- Você disse que não queria empregados puxa-saco. - ela respondeu umedecendo o algodão com o álcool - Então Arthur, olhe para cima e me deixe te ajudar. Ou você quer que todos os outros empregados vejam que você também levou uns socos ? - ela disse sorrindo
Thur não havia ouvido nada mais do que ela falavá depois de Thur.
Ela estava sorrindo e por um momento ele teve que pensar o que tinha mesmo que fazer.
Ela levou a delicada mão até seu queixo, o levantando. Ele não protestou. Gostou do toque delicado das pequenas mãos dela.
- Bom, menino. - ela o elogiou - Então, o que ele te falou para você bater nele ? - ela perguntou largando o algodão no ferimento
- Como você sabe que ele me falou alguma coisa ? - ele perguntou sentindo uma pequena ardência
- Você não me parece o cara mau que bate nas pessoas. - ela sorriu - Já ouviu aquele ditado, cão que late não morde ? Você não parece ser do tipo que morde.
Ele ficou em silencio por um tempo, e então brincou :
- Esta chamando seu chefe de cachorro ?
Ela riu, uma risada que mais parecia sinos angélicas tocando. Foi impossível ele não sorrir.
- Em teoria. - admitiu continuando a limpar o ferimento perto do olho.
Ele continuou em silencio. Não precisava contar para ela. Mas ao mesmo tempo, ele queria contar pra ela. Conversar em ela... Ele suspirou e falou :
- James é um de meus acionistas, veio aqui para deixar a empresa. Em meio a nossa discussão ele acabou falando do meu pai e .. eu bati nele. - ele suspirou - você não deve entender ..
- Eu entendo. - ela disse calma - Também não admito que falem dos meus pais. - ela disse seria e ele pode jurar ver uma sombra de sofrimento nos olhos dela - Muito menos da minha mãe.
- Eles já morreram ? - ela negou com a cabeça - Os meus já.
- Sinto muito. - ela disse sincera.
O silencio entre eles ficou pesado. E ela trocou de algodão e começou a limpar o pequeno corte da sua boca.
Mas não era uma boa ideia tê-la tão perto. Ele engoliu seco e procurou não olhá-la.
- Então... - ele disse nervoso - seu primeiro dia esta um tanto excitante ?
Ela rui, e ele quase se desculpou pela escolha totalmente errada de palavras.
- Não sei o que tem de excitante em limpar o sangue do rosto do chefe. - ela disse divertida - Mas o dia esta bastante movimentado. - ela admitiu
- Esta assustada ?
- Não. Estou curiosa. - ela admitiu com um sorriso travesso nos lábios
- Curiosa sobre o que ? - ele não pode deixar de perguntar
- Sobre trazer suas aventuras para cá e o seu caso com a última secretária.
Christopher sorriu torto. Ela estava lhe dando mole ?!
- A ultima secretária, era muito bonita e vivia dando em cima de mim, e você sabe, eu sou homem... - ele disse cheio de malicia e ela o interrompeu
- Já conheço sua fama. - ela admitiu sorrindo - Porque você a despediu ?
- Ela ficou obcecada por mim. Me seguia nos eventos, e começou a me sufocar. Eu não queria um caso com ela, eu queria uma noite com ela. - ele torceu o nariz - Fui obrigado a despedi-la.
- E quanto a mim ? - ela perguntou ainda limpando seus ferimentos - Me contratou com segundas intenções Arthur ?
Ele pensou em lhe mostrar a lista de qualidades que havia feito dela no primeiro dia e que se encontrava em sua carteira, mas achou melhor não.
- O que você acha ? - ele perguntou malicioso enquanto ela pegava outro algodão.
- Eu acho, que se você me contratou com segundas intenções, perdeu seu tempo. - ela disse séria - Eu e você não vai rolar.
O sorriso de Arthur sumiu. Em seu rosto agora, a expressão seria mostrava o quanto ele estava bravo.
Jogando os algodões sujos fora, ela saiu da sala levando sua bolsa e deixando Arthur sozinho.
Quem ele pensava que era ? Ele havia lhe contratado apenas com o intuito de transar com ela ?!
Oh, ele devia pensar que a pobre Lua do interior, é virgem e não tem malicia.
Ela sentou-se em sua mesa e suspirou. Ele realmente não a conhecia se pensava isso ! Não mesmo.

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