Capítulo 39 - Lua você é muito mal!

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- Lua? - Arthur gritou largando a maleta no sofá
- Aqui no jardim! - ela respondeu com outro grito.
Ele caminhou até lá e a encontrou sentada na terra, rodeada por plantas que ele mal sabia identificar, em meio ao pequeno jardim, que crescia um pouquinho mais todo o dia.
Elas, as flores, já não lhe causavam dor... não lhe lembravam a morte nem o sofrimento. Não lhe lembravam o amargo velório de seus pais... Tudo graças a Lua. E agora as mesmas flores que durante tanto tempo lhe transmitiam tristeza, agora lembravam ela. Sua Lua. Ele sorriu contente.
- Arthur! - ela gritou mostrando que já o estava chamando a algum tempo.
- Hmm?
- Perguntei se você esta bem.
- Estou. - ele respondeu confiante
- Ótimo, então porque não tira esse sorriso idiota do rosto e vem me dar um beijinho?
O sorriso dele aumentou.
Ele deu alguns passos terminando com a distancia que havia entre eles, se abaixou e colou os lábios nos dela como uma leve caricia.
- Você é muito malzinha. - ele disse quando afastou um pouquinho os lábios
- Sou é? - ela disse com os olhos brilhando de divertimento
- Sim. - ele sussurrou prendendo o lábio inferior dele entre seus dentes e o puxando. Ela sorriu mais e então acariciou a bochecha dele.
Arthur soube que tinha alguma coisa errada no exato momento em que sentiu a mão dela encostando nele. Sentiu algo gelado em sua bochecha e então arriscou um rápido olhar para as mãos delas.
- Você me sujou com areia?
- Não. - ela disse sem tirar o brilho de divertimento dos olhos - Isso não é areia.
- Então o que é isso? - ele disse sorrindo de forma ameaçadora
- Um tipo de fertilizante.
- Um tipo de fertilizante? - ele repetiu juntando as sobrancelhas
- Isso.
- Você colocou esterco em mim? - ele perguntou com a voz ameaçadora o bastante, enquanto ela apenas riu.
- Sim. De vegetais apodrecidos.
Sim ela era muito malzinha.
- Eu vou contar até dez Lua. Um.... Dois....
Com um pequeno gritinho ela saiu correndo para dentro da casa.
Quando Arthur finalmente gritou o "dez", ele levantou como um predador. Aquele jogo havia se tornado um passatempo para eles durante os quatro dias que haviam se passado. E agora o caçador ia em busca da caça, a qual ele podia jurar que estava escondida dentro do quarto, debaixo da cama.
Lua gritou em meios as gargalhadas enquanto Arthur a jogava sobre a cama e lhe fazia cócegas.
- Chega! - ela gritava enquanto ria - Para!
Arthur, que também ria, afastou-se um pouco dela e foi pego de surpresa quando a Loira esticava as mãos e começava a lhe cutucar as costelas fazendo-o se esquivar:
- Hei! - ele disse em forma de repreensão e lhe agarrou os pulsos, pressionando-os logo em seguida no colchão acima da cabeça dela.
Eles ainda sorriam quando o olhar de ambos se encontrou:
- Sua monstrinha. - ele brincou.
Ambos riram.
- Como você sabia que eu estava debaixo da cama? - o sorriso dele alargou
- Intuição. - ele respondeu - Suspeitava desde o principio que você estava debaixo da cama.
Ela lhe deu um tapa no braço e fingiu indignação:
- Isso foi injusto. - ela protestou - Você sabia onde eu iria me esconder antes de eu ter me escondido.
Ele lhe revidou com um beijo estalado na ponta do nariz:
- Da próxima vez encontre um esconderijo melhor. - ele provocou.
Ela riu e o empurrou com força com as pernas para longe. Ele cambaleou e retrocedeu alguns passos quase caindo, mas foi o suficiente para que ela levanta-se da cama com um pulo e fosse em direção a porta do banheiro.
- Vou tomar banho. Ela anunciou - Toda essa correria com você além de exausta me deixou... suada demais. - ela disse enrugando o nariz de maneira engraçada.
Ele sorriu malicioso e logo tratou de também anunciar:
- Oh sim claro. Me sinto igualmente assim, vou lhe acompanhar no banho.
Ela lhe mostrou a língua e lhe disse animada:
- Negativo. Eu quero realmente tomar banho, por isso se quiser tomar banho também procure outro banheiro da casa.
Ele arregalou os olhos e abriu a boca como se estivesse bastante ofendido:
- Hei, você esta no banheiro do meu quarto.
Ela riu e lhe respondeu já dentro do banheiro;
- Foi você que insistiu para que eu dormisse aqui querido, então o quarto também é meu. - um sorriso brincava em seus lábios e a porta bateu-se com força.
Ele pode ouvir quando ela deu duas voltas com a chave na fechadura da porta.
- Sua terrível monstrinha! - ele gritou divertido enquanto dizia a si mesmo que na primeira oportunidade, iria se livrar daquela maldita chave.
.....
To be Continua...
Me desculpem o capítulo pequeno, com pressa, mais daqui a pouco posto o outro.
Bjs
- Maria

Amor por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora