Capítulo 8 - O falso casamento.

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No dia seguinte :

- Você já avisou para ele que estamos aqui ? - Sophia perguntou pela segunda vez
- Já !
- E porque ele esta demorando ? - ela disse impaciente
- Cale a boca, a porta esta abrindo.
Sophia ficou quieta.
- Lua, pode entrar. - Arthur gritou da porta.
A empresa ainda estava vazia. Ninguém havia chegado.
Sophia deu um pulo se levantando e Lua a acompanhou até a grande porta do escritório de Arthur.
Micael e Arthur olharam Sophia dos pés a cabeça quando a loira entrou, e Lua logo tratou de explicar.
- Essa é Sophia, minha amiga.
- Sou a representante dela também. - disse com o nariz empinado
- Representante ? - Arthur franziu o cenho assim como Micael que continuava a estudar Sophia
- Ela é gerente de uma loja de roupa, não é minha representante.
- Mas posso ser, é só alguém tentar enganá-la. - ela disse ameaçadora
- Ann ... - Arthur disse confuso - Bom, sou Arthur e esse é ..
- Micael o advogado. - disse torcendo o nariz
- Isso. Bom, indo direto ao ponto, eu conversei com Micael e nós propomos alguma regras.
- Que regras ? - Sophia foi logo perguntando
- Esta tudo escrito aqui. - Micael explicou de má vontade - Lua, por favor leia e diga quais suas objeções. - disse lhe estendendo o papel.
Antes que Lua pensasse em pegar Sophia já o estava lendo em silencio.
Apenas das palavras difíceis dos "advogados" o contrato era claro.
Ela devia casar-se com ele. Morar na casa dele. Fazer com que todos acreditem que estão felizes e apaixonados. Acompanhá-lo nos coquetéis, congressos e em festas. Ser fiel e deixar de ser sua secretária, entre outros.
- Porque ela precisa morar na sua casa ? - Sophia perguntou ameaçadora
- O QUE ? - Lua quase berrou.
- Imprensa. Paparazzi estão onde menos se espera. - Micael explicou escondendo um sorriso no rosto - Isso tem que parecer real.
- Ser fiel ? - a loira perguntou erguendo uma sobrancelha
- Imprensa também. Ou você acha que meu cliente quer que as revistas o publiquem como corno ?
- Ann ... bom já minha cliente vai ter certas privações, proponho um aumento no pagamento.
- Eu sou a única que não estou entendo nada aqui ? - Lua perguntou confusa
- Aumento de quanto ?
- Bom, aqui diz que o contrato é valido por seis meses, e depois o casal poderá se separar. Também diz que ela tem que deixar de ser a sua secretária, então é justo ser cobrado o dobro, já que não pensávamos em tais ... privações.
- O dobro de que ? - Lua perguntou erguendo a sobrancelha
Lua continuava em silencio. Estava completamente perdida. Que privações ? E porque Sophia estava falando como se realmente entendesse do assunto ?
- 1 milhão ? - Micael perguntou incrédulo - Você quer 1 milhão para Lua fingir ser a esposa de Arthur ? Esta louca ! - ele disse esbravejando
- Eu não terminei querido, também temos nossas clausulas. - Sophia anunciou sorrindo
- E ainda tem mais ?! - Micael disse bravo - Pelo amor de Deus.
- Quais são as clausulas ? - Arthur perguntou permanecendo frio
- Primeiro, o senhor terá que parar de aparecer nas revistas com outras mulheres que não sejam a Lua. Segundo, os pais dela não podem ficar sabendo disso, mas não se preocupe com as revistas, no interior eles não tem nada disso. Terceiro, minha cliente pode até morar na sua casa, ir para lá hoje mesmo, mas não será sua prisioneira. Ela pode sair a hora que assim desejar e quarto e ultimo, você dá 500 mil agora, e os outros 500 ao termino dos seis meses.
- O que esta havendo aqui ? - Lua perguntou parando na frente de Sophia
- Acalme-se querida, estou cuidando de tudo. Pode ficar tranquila, depois te explico todinho. - ela disse novamente como se fosse uma representante de verdade.
- Arthur, 1 milhão é loucura e. .. - Arthur o interrompeu
- Eu pago.
- O que ? - Micael e Lua perguntaram juntos
- Eu pago um 1 milhão para casar com a Lua. Fim do papo, onde eu assino ? - ele disse pegando a caneta - Ah, e Lua, o contrato começa a valer ainda hoje, então esta oficialmente despedida e quero você na minha casa hoje a noite.
Lua não acreditou no que estava fazendo. Ela estava mesmo cheia de malas em frente a casa de Arthur Aguiar ? Sim. Ela estava.
E o pior. Estava com Sophia.
A sempre "nada escandalosa" Sophia.
- Você vai morar nessa casa ? - ela disse praticamente gritando quando os portões se abriram e Lua acelerou entrando com o carro.
- Acho que sim. - disse dando de ombros
- Você vai morar nesse palácio, ganhar 1 milhão de reais, e esta com essa cara feia ? - Lua revirou os olhos
- Este não é meu mundo Sophia. Não é minha casa E não é meu marido !
- Não é por pouco tempo. Logo assinamos os papeis e tudo se resolve.
Lua bufou estacionando o carro
- Quando você vai entender que não vou me sentir bem aqui ?
- Nunca. - a loira disse já descendo do carro sendo seguida por Lua - Se você não consegue se sentir bem aqui, você é louca. Aposto que tem piscina ! - ela disse se convidando descaradamente
Lua alisou os cabelos desistindo. Iria ser inútil tirar essa ideia da cabeça de Sophia.
- Já que não me entende mesmo, pelo menos seja legal com Micael. - Lua pediu - Você só faltou mordê-lo hoje pela manhã.
- Não fui com a cara dele. - ela disse torcendo o nariz ao mesmo tempo em que a porta da casa se abriu e Micael sorriu cínico :
- Essa informação mudou minha vida. - ele beijou Lua no rosto ignorando Sophia - Arthur esta nos esperando na sala, com o tabelião. Vamos ? - perguntou oferecendo o braço para Lua que aceitou soltando um risinho baixo da cara de espanto da Sophia.
A casa era ainda mais bonita por dentro. E Sophia pareceu ter a mesma opinião pelo "minha-nossa-senhora-que-coisa-mais-linda-é-essa?" que ela disse assim que entraram.
Como Micael havia alertado, Arthur estava ao lado do tabelião. Ambos bem vestidos. Lua corou por estar usando calças jeans e suéter vermelho.
- Olá querida. - ele disse sorrindo.
Estaria fingindo por causa da presença do tabelião ?
Antes dela poder respondê-lo, ele os interrompeu ;
- Oh, vejo que a noiva chegou ! - o velho disse sorrindo amarelo - Podemos começar ?
- Claro. - Arthur respondeu sorrindo oferecendo seu braço agora para Lua.
Ela sem ação aceitou-o, se desvencilhando de Micael.
O tabelião leu perfeição o documento, onde unia aos olhos da lei o casamento de Lua Maria Blanco e Arthur Queiroga de Bandeira Aguiar.
- Assinei aqui por favor.
Arthur foi o primeiro a assinar. A colocar a corda no pescoço.
Lua, assinou em seguida. Enforcando a ambos.
- As testemunhas. - o tabelião disse apontando para Sophia e Micael.
- Oh, estou tão emocionada ! - Sophia disse assim que terminou de assinar o documento e passou a caneta de má vontade para Micael - Acho que vou chorar.
- Fique quieta ! - Lua disse corando.
Aquilo nem era de verdade ! Não mesmo.
- Bom, agora vocês são marido e mulher. - o tabelião esclareceu.
O silencio ficou pesado na sala, e de repente ela quis correr e se esconder.
- Esta faltando uma coisa ! - Micael alertou - As alianças ! - disse tirando-as do bolso e dando-as para Arthur.
Lua observou Arthur abrir a delicada caixa onde duas alianças de ouro, com detalhes em ouro branco reluziam glamour.
Sentiu ele pegar sua mão esquerda e com delicadeza deslizar o anel sobre o seu dedo.
Torcendo para não estar tremendo, ela pegou a outra aliança e deslizou pelo dele, jurando para si mesma que não estava sentindo droga nenhuma de frio na barriga.
- Bom, creio que todos estamos esperando a mesma coisa não ?
- Que coisa ? - Lua e Arthur perguntaram juntos
- O beijo ! - o velho disse parecendo a coisa mais obvia.
E era a coisa mais obvia, mas em um casamento de verdade, não em um casamento de mentirinha.
- Orá vamos, não se acanhem. Agora estão casados.
- É um beijo ! - concordou Sophia fazendo Lua querer matá-la ainda mais.
O olhar de Arthur e de Lua se encontraram por breves instantes, porem o bastante para comprovar que ambos estavam completamente sem jeito diante a tal situação.
Lua respirou fundo e olhou para o chão sentindo as bochechas corarem. Era aceitável que ele não quisesse beijá-la, afinal porque ele faria tamanha estupidez ?
De repente sentiu seus braços sendo agarrados, e seus seios chocarem-se contra um peitoral forte e viril. Prontamente olhou para cima e lá estava a boca dele já colada na dela.

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