Capítulo 42 - Eu não aguento mais isso arthur!

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- Na verdade, ainda não tivemos tempo para planejar uma.
- Oh entendo, eu e meu marido fizemos a nossa depois de três anos de casados, imagine só! - a mulher riu.
"O meu casamento não vai ter nem mais três meses..." - ela novamente teve vontade de responder.
Para sua sorte o jantar começou a ser servido e a mesa ficou mais silenciosa. Depois de por fim terem comido a sobremesa a mesma mulher voltou a falar-lhe:
- Eu achei o seu vestido magnifico! - ela disse sorrindo de forma sincera - A cor ficou perfeita junto com o contraste dos seus cabelos.
- Obrigado. Eu devo admitir que estou encantada é com a cor do seu vestido - Lua disse a verdade um tanto encabulada - Na verdade eu acho que deveria ter colocado algo mais colorido.
- Bobagem! - a mulher disse lhe dando um tapinha mão.
- Concordo com Lua... uma cor mais chamativa lhe cairia muito bem. - Perola disse tentando usar aquele tom de "melhores amigas".
- Eu acho que ela esta linda. - a mulher disse calma - Creio que à noite cores muito chamativas não caem tão bem. A menos é claro para as prostitutas... - a mulher disse parecendo inocente.
- Uma cor mais viva deixa qualquer mulher mais provocante e sexy. - Perola disse parecendo tentar persuadir a mulher.
- Não concordo com você. Dependendo da mulher e do vestido que ela usa, serve apenas para deixá-la vulgar. - um brilho de desafio apareceu nos olhos de Perola, mas antes que ela pudesse falar qualquer coisa a mulher continuou parecendo bastante relaxada - Eu na verdade achei o seu vestido bem vulgar. Vulgar até de mais. - a mulher disse sem rodeios olhando Perola de frente.
Por alguns segundos Perola pareceu envergonhada e então soltou um sorrisinho levantando:
- Todos tem uma opinião diferente. Se me dão licença, vou buscar outra taça de champanhe. - e saiu pisando firme.
- Desculpe. - a mulher falou para Lua - Por algum motivo eu não a suporto.
- Partilhamos do mesmo sentimento. - Lua disse divertida velo olhar envergonhado da mulher.
Minutos se passaram e felizmente Perola não havia voltado.
- Vou ao banheiro. - Arthur disse junto ao seu ouvido enquanto ela e a mulher conversavam sobre receitas de bolos.
- Tudo bem, vou lhe esperar aqui. - ela disse sorrindo enquanto Arthur se afastava.
- Estou começando a ficar preocupada com Arthur. - Lua confidenciou para a sua nova amiga.
- Relaxe. Deve ter encontrado alguém conhecido e ter ficado falando de negócios.
- Chame de instinto se quiser mas sinto que algo não vai bem.
A mulher a olhou por alguns segundos antes de dizer:
- Se é assim, talvez fosse melhor você ir atras dele... Não creio que esteja bêbedo, mas pode ter esquecido o número da mesa ou algo assim.
Lua duvidava muito desta hipótese mais mesmo assim levantou-se pediu licença aos demais e começou a caminhar em direção aos banheiro com os olhos correndo por todos os lados.
Chegando ao jardim com a iluminada piscina ela correu os olhos pelos casais e seu olhar parou detectando Perola... e Arthur.
Seus pulmões doeram e ela se lembrou de respirar... Aquele era Arthur conversando com Perola? Mais é claro que aquele era o Arthur!
Respirando fundo ela caminhou até eles.
- Arthur, quero ir pra casa. - ela disse em um tom alto e confiante.
Céus, como estava com raiva.
- Lua, eu estava conversando com Perola... - ela o interrompeu
- Eu percebi. - ela o cortou - Você vai me levar pra casa ou devo chamar um táxi?
Arthur a olhou em silencio por vários segundos, assim como Perola, que parecia surpresa com a sua reação.
- Claro que vou te levar. - ele disse tentando sorrir.
- Mas ainda é tão cedo e... - Foi a vez de Perola ser interrompida por lua
- Cala a boca. - Lua disse encarando a mulher de frente - Eu estou falando com a o meu marido, não com a prostituta dele.Arthur pareceu tão chocado quanto Perola com a resposta, mas ela não esperou para ver ser algum deles diria alguma coisa, apenas virou as costas e começou a ir em direção a porta da saída.
Logo Arthur estava do seu lado com o maxilar apertado, acompanhando-a até o local onde o carro os estava esperando.
Nenhum dos dois falou uma palavra se quer até chegarem em casa.
Arthur mal tinha parado o carro e Lua já tinha pulado para fora. Ela sentia a raiva correndo por suas veias e pode jurar que estava prestes a matar alguém.
Digitou o código de segurança e entrou na casa com os passos rápidos:
- Você não pode me dizer o que esta acontecendo? - ele perguntou enquanto ela ia em direção as escadas.
- Nada para de falar. - ela gritou brava.
Nunca sentirá tanta raiva na vida!
- Sera que dá pra esperar antes de me acertar com a pia da cozinha ?! - ele perguntou irônico a seguindo pelas escadas - Se eu ao menos soube o porque você esta tão brava eu... - ela o interrompeu aos gritos:
- Eu não aguento isso Arthur!
- Aguenta o que? - ele quis saber começando também a gritar.
Ela sentiu as lagrimas começarem a cair de seus olhos e não as impediu, deixou que viessem.
- Até quando vamos ficar brincando de casinha ? De papai e mamãe ? Eu não aguento mais isso! - ela gritou sentindo o corpo todo tremer de raiva - Eu não sou uma idiota Arthur, então não tente me fazer parecer uma! Se quer tanto transar com Perola, não pode ao menos esperar para fazer isso em um lugar onde não tenha tanta gente?
- Do que você...?! - ele intendeu e correu a agarrando pelos ombros - Não seja tola eu não estava flertando com Perola! Você me conhece bem o suficiente para saber que eu nunca faria isso! - ele a sacudiu pelos ombros - Ainda mais agora que as coisas entre nos estão cada vez melhores!
- Na cama você quer dizer, porque é só lá que as coisas ficam realmente boas entre nos. - ela não parava de gritar
- Não faça isso Lua. Não tente tornar feio uma coisa tão bonita que esta nascendo entre nós.
- E o que esta nascendo entre nos Arthur? - ela gritou lhe dando tapas por todo o peito musculoso.
- Eu não sei, mas é algo que eu quero preservar. - ele disse agora com a voz baixa - Eu fui até o banheiro e saindo de lá encontrei Perola, ela me disse que Jack Duarte queria me falar um segundo e eu fui ao encontro dele, quando você chegou ele tinha ido a procura de um ponche. - ele explicou enquanto ela mordia o lábio inferior se recusando a soluçar - Não vou brigar com você por causa de um ataque de ciúmes... Vamos para a cama e ... - ela o empurrou com força sentindo o orgulho ferido.
- Você já me trouxe pra casa, pode voltar a aproveitar o resto da noite com a Perola. Eu não me importo contanto que seja discreto... - ela mal podia acreditar no que ouvia.
- Lua... - ele tentou recomeçar a falar, mas ela voltou a interrompê-lo
- Eu vou pro meu quarto. - ela anunciou em um tom que garantia que não havia outra opção - Sinto muito mas não vou poder diverti-lo essa noite.
- Não fale como se fosse uma prostituta. - ele disse apertando novamente o maxilar
- E isso faz alguma diferença pra você?
Ele não pode responder porque a porta grande e pesada do antigo quarto dela havia se batido com força, deixando todo o corredor em silencio.

To be continua...






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