Minho acordou em uma cama desconhecida em um quarto igualmente desconhecido. Essa sensação desorientadora era compreensiva, depois de ter se mudado tantas vezes, por isso não foi motivo para alarme imediato.
O peso de um braço sobre ele era de alguém que seu corpo conhecia, mas de alguma forma parecia confuso. Havia algo errado, sua mente confusa não estava preparada para processar. Ele piscou fortemente contra a dor de cabeça martelando seu crânio. Sentia-se meio morto, embora não conseguisse entender o motivo.
Sua primeira tentativa de mover-se lhe deu uma forte dor nas costas, então relaxou nos lençóis. A espera aliviaria a dor de seu movimento repentino.
— Mãe? – disse ele, sussurrando quase inteligível.
A pessoa atrás dele havia compreendido, a julgar pelo tom irônico.
— Não exatamente.
Minho conhecia aquela voz.
De repente, os acontecimentos da noite anterior despertaram em sua mente: luzes de laser piscando, música, silhuetas e a voz de Jisung em seu ouvido. Ele afastou-se, mas não muito longe. A dor fez com que afundasse no colchão. Seungmin puxou seu cabelo, empurrando sua cabeça para fora da cama. Havia uma lata de lixo que Minho mal tinha percebido antes de se atirar nela. Seungmin sussurrou palavras tranquilizadoras que Minho não conseguiu ouvir.
Assim que pode respirar novamente, Minho virou-se e empurrou Seungmin com toda a força remanescente. Estava muito indisposto e fraco para conseguir empurrar Seung para o outro lado da cama, mas o coturno, que ainda usava, deixaria hematomas nos braços e peito de Seungmin.
— Ei, ei – protestou Seungmin, tentando desviar, – Está tudo bem. Aí! Poderia relaxar?
— Não toque em mim, porra – Minho gritou selvagemmente.
Seungmin recuou e sentou-se na beira da cama.
Minho lutou para levantar-se, usando a cabeceira da cama e o criado mudo como suporte. Ficar em pé exigiu tanto esforço que teve que parar e tomar fôlego, uma vez que conseguiu.
— Ele acordou? – Alguém perguntou da porta.
Minho pegou o despertador e atirou na recém-chegada, que se abaixou bem na hora. O despertador bateu no batente da porta. Jisu esperou até cair no chão antes de voltar para a porta. Minho pretendia procurar outra arma, mas mover-se tão rápido virou seu estômago do avesso. Pegou a lata de lixo, de novo, e se engasgou com tanta força que quase caiu.
— Onde está Jisung? – perguntou Seungmin, saindo da cama e aproximando-se ao lado de Minho.
— Ele e Jeongin foram buscar nosso almoço.
— Acho que o Minho não pode comer nada.
— Ele pode ficar só olhando.
Seungmin colocou uma mão cuidadosa no ombro de Minho.
— Vem. Vou pegar um pouco de água.
Minho a retirou, mas suas pernas recusavam a sustentar seu corpo. Por duas vezes Seungmin lhe deixou levantar, antes de passar um braço em volta das costas de Minho e estabilizá-lo.
— Calma, agora só vou ajudá-lo até chegar na cozinha, tudo bem? Sem gracinhas, eu prometo.
— Como se eu confiasse em você.
— Você não tem escolha – disse Jisu, indo à frente deles.
Seungmin ajudou Minho pelo corredor até a cozinha e o colocou na mesa com um copo de água. A garganta de Minho queimava, mas ele recusou-se a beber. Ele encarou Seungmin, que olhou para Jisu pedindo por ajuda. Jisu olhou de volta por cima de sua xícara de café, indiferente. Seungmin suspirou e voltou-se para Minho novamente.
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𝐀𝐋𝐋 𝐅𝐎𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐀𝐌𝐄 - 𝐌𝐈𝐍𝐒𝐔𝐍𝐆
Fanfiction𝐀𝐃𝐀𝐏𝐓𝐀𝐂𝐀𝐎 𝐃𝐀 𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐍𝐎𝐑𝐀 𝐒𝐀𝐊𝐀𝐕𝐈𝐂 Lee Minho, um adolescente que passou a vida fugindo do pai, um lorde do crime com sangue nos olhos, e que graças a certas circunstâncias acaba recebendo a oferta de uma bolsa de estudos c...