T3 - Capítulo 06

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Os Corvos comentaram os insultos de Minho com indelicadeza velada. Seu único comentário oficial sobre o assunto foi que eles não se importariam com o que um amador linguarudo tinha a dizer sobre eles. Minho ficou um pouco surpreso por eles terem parado ali, e não terem zombado de seu desempenho meia-boca em dezembro. Tardiamente, ele percebera que eles não poderiam jogá-lo em frente a um ônibus quando estivesse de volta à Carolina do Sul com o número de Jimin tatuado em seu rosto. Um fato como esse acabaria com o mérito estimado de Jimin. Minho foi para a cama sentindo-se mais do que um pouco presunçoso.

Os fãs foram menos tolerantes, e sua retaliação começou antes do amanhecer de sábado.

Batidas na porta assustaram Minho de seu sono. Ele olhou primeiro para o relógio, depois para janela e esfregou a mão nos olhos cansados. As batidas cessaram, mas o telefone de Changbin começou a tocar alguns segundos depois. Changbin rolou cegamente dando uma palmada e desligando o celular. As batidas recomeçaram, então Minho pendurou as pernas para fora da cama e desceu a escada.

As vozes no corredor eram altas o suficiente para atravessar a porta, abafadas, mas zangadas. Minho não reconheceu nenhuma, mas quando abriu a porta definitivamente ouviu a palavra "polícia". Minho abriu a boca para perguntar o que estava acontecendo, mas Chaeryeong passou por ele assim que conseguiu atravessar a porta. Minho observou-a ir direto para o quarto, depois se inclinou para olhar o corredor.

Portas foram abertas pelo corredor, mas só alguns atletas pararam para questionar uns aos outros. O resto se dirigia para a escadaria como se suas vidas dependessem disso.

Minho fechou a porta e foi atrás de Chaeryeong. Ela sacudia Changbin tentando acordá-lo, quando Minho entrou ela falava:

— ...destruíram os carros.

Changbin rolou para fora da cama em um piscar de olhos. Minho subiu em sua escada o suficiente para pegar suas chaves debaixo do travesseiro. Changbin diminuiu a velocidade, tempo o suficiente para colocar uma jaqueta sobre as calças do pijama e calçar os sapatos. Ele bateu nos bolsos da jaqueta até que suas chaves soaram em resposta. Quando Minho encontrou seus sapatos, Changbin já tinha ido embora com Chaeryeong logo atrás. Minho trancou a porta e correu atrás deles, alcançando a escadaria. Changbin pulou os últimos degraus e voou pesadamente sobre a porta dos fundos.

Minho não sabia o que era pior: a visão ou o cheiro. Uma camada de carne crua, ovos quebrados e pedras cobriam o estacionamento e prendiam-se nos carros dos atletas. Alguns carros tinham amassados e arranhões; outros tinham rachaduras e buracos nas janelas e parabrisas. Atletas enfurecidos encheram o estacionamento, metade falando em seus telefones, outros furiosos com o estado atual de seus veículos. Alguém já tinha entrado para pegar um balde, e já recolhia os pedaços de carne fora de seu capô. Carros da patrulha do campus entraram em cena, com uma dúzia de policiais colhendo depoimentos e tirando fotos.

Qualquer pensamento de que não havia sido sua culpa, morreu quando Minho viu a caminhonete de Changbin. Alguém tirou um tempinho extra para destruí-lo. Todas as janelas haviam sido quebradas, deixando apenas pontas brilhantes de vidro ao redor. Os pneus foram esvaziados com selvageria. Novos amassados foram feitos na lataria com a mesma ferramenta usada nas janelas. O carro de Hyunjin estava na mesma situação desoladora do que o de Changbin. Ele estava ao lado da caminhonete, braços cruzados sobre o peito e seu rosto uma máscara de ferro séria. Hyunjin olhou para a aproximação deles, seguiu o olhar vazio de Changbin para sua caminhonete, e deu um curto e duro olhar para Minho.

— Que inferno – murmurou Changbin em um tom sufocado. Ele estendeu a mão para tocá-lo, mas recuou, não querendo realmente tocar na sujeira. – Como ninguém ouviu?

— Eles deixaram as janelas pro final – disse Hyunjin. Ele empurrou o queixo para indicar os rapazes que estavam do outro lado. – Paris chamou a polícia quando ouviu o vidro quebrar, mas ele não conseguiu descer aqui rápido o suficiente para ver qualquer rosto. Apenas um monte de carros saindo daqui, ele disse. Pelo menos uns quatro, talvez cinco.

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⏰ Última atualização: Feb 23 ⏰

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𝐀𝐋𝐋 𝐅𝐎𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐀𝐌𝐄 - 𝐌𝐈𝐍𝐒𝐔𝐍𝐆 Onde histórias criam vida. Descubra agora