T1 - Capítulo 09

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Minho não avistou o grupinho de Jisung novamente até o treino da segunda-feira. Ele parecia feliz em manter distância, e eles finalmente haviam perdido o interesse por ele. Quando tiveram que interagir em quadra, foram curtos e civis. Até mesmo Jeongin não reclamou. Suas observações sarcásticas desapareceram, substituídas por um olhar pesado e inabalável que de alguma forma fez Minho se sentir ainda mais insignificante do que antes. Minho recusou-se a perder sua condescendência, mas ser um inseto no microscópio de Jeongin o deixava nervoso. 

Ele ainda estava tentando resolver isso quando se deitou na cama naquela noite, mas não teve muito tempo para se concentrar. Alguém bateu na porta da suíte, muito forte para ser Chaeryeong. Changbin estava em seu computador na outra sala, e Minho ouviu sua cadeira ranger enquanto ele se levantava para investigar. Minho não ouviu o que ele ou o visitante disseram, mas definitivamente ouviu a porta se fechar contra o corpo firme de alguém.

— Jeongin, eu juro por Deus...

O nome de Jeongin foi o suficiente para tirar Yuna da cama.

A veterana do quinto ano jogou os lençóis e rolou para fora da cama. Diante de Yuna e Changbin, Jeongin não teve escolha senão recuar, a porta fechou-se alguns segundos depois. Minho olhou para a porta do quarto, o coração martelando no peito. Jeongin não tinha ido ali para nenhum dos dois, significava que ele estava a sua procura. Minho não sabia a motivação, mas esperou desesperadamente que não fosse nada a ver com a conversa tida com Jisung. Por que havia pensado que Jisung manteria sua história em segredo? Jisung e Jeongin eram como gêmeos siameses.

Dormir depois disso foi quase impossível e levantar-se para treinar na manhã seguinte foi uma tarefa árdua. Ele se preparou para o pior, mas a terça-feira foi uma repetição de segunda-feira: A mesma indiferença dos primos e os olhares avaliativos de Jeongin. Minho ficou quase aliviado, até que Jeongin foi ao seu encontro no final do treino. Ele acabara de desligar o chuveiro quando Jeongin bateu uma vez na porta da sua cabine de banho.

— Da próxima vez que eu for até você, é para me seguir – disse Jeongin.

— Por quê? – indagou Minho.

— É hora de pegar o que é meu – respondeu Jeongin. – Jisung não vai mais interferir.

Minho não entendeu, mas Jeongin não ficou para explicar.

Às dez horas, bateram na porta de seu quarto novamente. Minho assistia a um filme com Yuna e Changbin, mas se certificou de que seria o único a se levantar do sofá. Ele não ficou surpreso ao encontrar Jeongin esperando do outro lado. Yuna praguejou violentamente com a visão de Jeongin na porta. O som do filme foi abruptamente cortado quando alguém fez uma pausa, e o sofá rangeu quando os outros se levantaram ao mesmo tempo.

— Que parte do "Você não é bem-vindo" você não entendeu? – questionou Changbin.

Jeongin os ignorou e empurrou uma bola de Exy contra o peito de Minho.

— Vamos.

Minho hesitou, mas não teve muito tempo para decidir. Yuna e Changbin estavam aproximando-se rapidamente atrás dele, preparados para uma briga. Minho estendeu o braço para detê-los. Se Yuna estivesse à frente poderia ter se atirado em Minho para por as mãos na garganta de Jeongin, mas Changbin o puxou.

— Volto mais tarde – disse Minho sobre o ombro.

— Você é demente? – perguntou Yuna.

— Sou – respondeu Minho. – Terminem o filme sem mim. Não me importo.

Yuna bufou e saiu imediatamente, mas Changbin foi até o corredor assistir Minho e Jeongin. Minho não olhou para ele, seguiu Jeongin no andar de baixo para o estacionamento dos fundos. Havia mais carros agora do que no início do verão, mas Minho não tinha visto rostos novos ao redor do dormitório. Qualquer equipe que estivesse se mudando deveria estar em um andar diferente da equipe de Exy, e Minho não estava com pressa para conhecê-los.

𝐀𝐋𝐋 𝐅𝐎𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐀𝐌𝐄 - 𝐌𝐈𝐍𝐒𝐔𝐍𝐆 Onde histórias criam vida. Descubra agora