𝐀𝐋𝐋 𝐅𝐎𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐀𝐌𝐄 - 𝐌𝐈𝐍𝐒𝐔𝐍𝐆

T2 - Capítulo 08

Outubro chegou sem aviso prévio. Minho sabia que seu jogo contra os Corvos estava chegando rápido, assustou-se ao perceber que já estavam há uma semana de findar o mês. O jogo estava há seis dias de distância.

Se as Raposas tivessem uma temporada típica, a partida atrairia um pouco menos de atenção, mesmo com Jeongin no time. Este ano, no entanto, eles tiveram um recorde sem precedentes de seis á um. O único jogo que perderam fora o de estreia, contra Breckenridge. Eles ganharam três jogos, por um triz, mas vitórias eram vitórias, não importava como eram obtidas.

As Raposas estavam se unindo e ficando mais fortes uma semana por vez. Ninguém esperava que eles ganhassem contra os Corvos, mas era óbvio que dariam uma luta espetacular.

O Estádio Foxhole não tinha assentos suficientes para acomodar a multidão que este jogo certamente atrairia, então, a escola passou a vender assentos com desconto, no estádio de basquete e prometeu transmitir o jogo ao vivo nas TVs do placar.

A Universidade de Palmetto State passou toda a segunda semana se preparando orgulhosamente para o seu dia no centro das atenções. Jardineiros apararam cada metro quadrado do campus extenso. As equipes de limpeza drenaram e limparam o lago artificial em frente à biblioteca. Clubes estudantis foram convidados a projetar e pendurar banners onde quer que eles pudessem encaixá-los. Rocky Foxy, a mascote, andou o campus por horas todos os dias, enfiando sua cabeça enorme em salas de aula, animando os alunos. Os Vixens montaram um acampamento no anfiteatro, distribuindo tatuagens temporárias, e mãos de espuma em formato de patas.

Houve eventos todas as noites que antecederam a sexta-feira. O coral e a banda de jazz da escola tiveram shows gratuitos no gramado do estádio na segunda-feira. 70% do corpo estudantil usava laranja na terça-feira, para o Dia Laranja. Quarta-feira foi Dia Branco, com maior participação. Quinta-feira fora a gincana estudantil, que as Raposas foram obrigadas a participar. Milhares de alunos pararam para torcer e se divertir. As câmeras do noticiário estavam a postos, televisionando as festividades e, tomando depoimentos da pequena equipe. Christopher manteve Minho longe do microfone, sem confiar em seu comportamento.

Chaeryeong finalmente começara a perder a calma, na quarta-feira. Este era seu quarto ano como capitã das Raposas. Ela submeteu-se a abusos verbais e ódio absoluto desde o inicio. Ver as pessoas, finalmente, correndo atrás dela e de sua equipe a irritou. Ela manteve seu rosto confiante diante das câmeras, mas passou a noite de quinta, enfiada na cama de Changbin.

Quanto mais a animação dos estudantes crescia, mais as Raposas se sentiam desconcertantes, e a tensão em seus treinos naquela semana fora sufocante. Eles estavam com os nervos à flor da pele na sexta-fera. Jisung fora o único não afetado. Ele importunou seus companheiros de equipe sem parar. Jeongin, por outro lado, não dissera uma única palavra no treino da manhã de sexta-feira.

Christopher liberou suas Raposas de suas aulas à tarde e chamou-os para o estádio às três. A partida era daqui a quatro horas, mas ele queria protegê-los da loucura que se desenrolara em torno da Universidade.

Às cinco e meia, Christopher pediu comida suficiente para alimentar um pequeno exército. As Raposas sentaram em um círculo para comer, mas não falaram. Somente quando jogaram o lixo fora eles olharam um para os outros. Chaeryeong puxou a lista dos Corvos e começou a encará-los, mas agora as Raposas conheciam todos os nomes e números dos Corvos de cor.

Eles estavam estudando as linhas dos Corvos por semanas, observando jogos antigos e memorizando estatísticas. Eles assistiram a gravações dos últimos jogos dos Corvos, para ter uma ideia de como seus oponentes jogavam e procurar qualquer fraqueza que pudessem explorar. Não encontraram nada. A única brecha na segurança dos Corvos era a ausência de Jeongin.