A porta do quarto de Seungmin estava destrancada, então Minho entrou sem bater. Seungmin e Jeongin estavam na cama de Jisung, mas não estavam falando um com o outro. Jeongin estava sentado ereto e silencioso ao pé da cama e Seungmin estava estirado no meio dela. Minho olhou de um rosto abatido para o outro, depois colocou sua raquete em um lado e fechou a porta. O olhar de Jeongin foi imediatamente para a raquete. Seungmin não percebeu, muito ocupado olhando para o teto.
Minho sentou-se na cama entre eles. Era inútil perguntar se Seungmin estava bem; qualquer um com olhos poderia ver que ele não estava. O melhor que ele conseguiu foi: um insubstancial “Ei”.
— Nós nem deveríamos ter vindo aqui – começou Seungmin, soando tão triste quanto o olhar. – Eu deveria ter ouvido todas aquelas vezes que Jisung me disse para desistir deles. Se eu tivesse, não estaríamos aqui agora. Jisung não... – Seungmin fechou os olhos e sugou uma respiração profunda e hesitante. – O que eu fiz?
— Você não fez nada – respondeu Minho. Ele procurou palavras, mas as que encontrou não eram suas. Elas eram de Christopher, compartilhadas com Minho para aliviar a culpa de Minho sobre a morte de Yuna. – Você não sabia que isso aconteceria. Nenhum de nós sabia. Se soubéssemos, não teríamos vindo.
— Ryujin disse a mesma coisa, mas você realmente acredita nisso? – indagou Seungmin. – Podemos acreditar? Nós sabíamos que Jisung não queria vir, mas nós o trouxemos de qualquer jeito. Eu deveria ter confiado nele. Eu deveria saber que isso teria um propósito maior, que ele esconde toda a mágoa através de todas essas drogas.
— A culpa é do seu pai – disse Minho. – Ele entregou o Jisung.
— E o álcool – disse Seungmin, com uma risada quebrada. – Ele contou a mim e a polícia na noite passada. Ele conversou com Jisung sabendo que terminaria com uma discussão. Ele prometeu uma garrafa de álcool como uma oferta de paz. A ideia foi de Drake, sacou? Papai tinha que dizer a Jisung que a garrafa estava no andar de cima, assim, Drake e Jisung teriam toda a privacidade que precisavam para “trabalhar em seus problemas”. – Um tom selvagem soou da voz de Seungmin enquanto zombava das palavras de seu pai.
— Não havia nenhuma garrafa – adivinhou Minho.
— Havia. Foi com isso que Drake bateu em Jisung. Filho de uma puta. – Seungmin virou rosto choroso dando as costas para Minho. – Preciso ligar para Jongho. Anda não contei a ele. Eu nem sei por onde começar.
— Nós lhe daremos privacidade – ofereceu Minho, afastando-se da cama.
Seungmin não respondeu, no entanto, Minho não esperava que respondesse.
Ele voltou pelo corredor até a cozinha e ficou um pouco surpreso que Jeongin o seguiu. Jeongin agarrou o encosto de uma cadeira e o olhou de longe. Minho esperou para ver se ele diria algo, depois começou a procurar o café da manhã.
Ryujin fizera compras o suficiente para o café da manhã, almoço e nada mais. Ou ela estava se sentindo otimista ou eles realmente voltariam ao campus esta noite. Minho esperava que alguém tivesse pensado em ligar para a diretoria, sobre a ausência deles nas aulas. Christopher provavelmente teria ligado para as outras Raposas. Minho imaginou se Christopher lhes contou toda a história ou se ele apenas cancelou os treinos do dia prometendo uma explicação para mais tarde.
Changbin sabia que eles visitariam os pais de Seungmin, o que significava que as meninas também sabiam. Provavelmente eles pensariam que a raiva violenta de Jisung tivera conseguido acabar com o humor dele.
— Nós pesquisamos sobre ele – disse Jeongin finalmente, a voz cheia de uma emoção desconhecida. Não era tristeza e não era culpa. – Nós o vimos antes de lhe oferecer uma vaga na equipe. Nós não percebemos nada disso. Ninguém sabia.
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𝐀𝐋𝐋 𝐅𝐎𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐀𝐌𝐄 - 𝐌𝐈𝐍𝐒𝐔𝐍𝐆
Fanfiction𝐀𝐃𝐀𝐏𝐓𝐀𝐂𝐀𝐎 𝐃𝐀 𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐍𝐎𝐑𝐀 𝐒𝐀𝐊𝐀𝐕𝐈𝐂 Lee Minho, um adolescente que passou a vida fugindo do pai, um lorde do crime com sangue nos olhos, e que graças a certas circunstâncias acaba recebendo a oferta de uma bolsa de estudos c...