T1 - Capítulo 14

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Quando Minho voltou, às 21h, o dormitório estava atipicamente cheio. O jogo de futebol tinha terminado no mesmo instante em que tinha saído correndo e agora alguns atletas davam uma after party. As pessoas gritavam umas com as outras de um lado para outro no corredor, a música alta explodia através das portas abertas aqui e ali. Minho atravessou o caos em direção aos quartos das Raposas. Eram as três únicas portas fechadas naquele lado da escada.

Ele parou em frente à porta de Jisung, mas não conseguiu bater. Sua mão tremia quando a olhou, então, ele a fechou em um punho. Estava quase reunindo coragem para bater, quando a porta abriu sem aviso. 

— Ah, ele chegou – disse Jisung. – Interessante.

Ele pressionou dois dedos na garganta de Minho, verificando sua pulsação. Quando Minho tentou afastá-lo, Jisung pegou seu pulso com a mão livre. Seu sorriso era pequeno e feroz enquanto se aproximava do pescoço de Minho.

— Lembre-se dessa sensação. Esse é o momento em que você deixa de ser o coelhinho perseguido.

Minho ficou surpreso demais para responder, mas Jisung não esperou. Passou por Minho, usando o peso de seu corpo e seu aperto no pulso para arrastar Minho com ele para fora da porta. Ele o soltou no meio do corredor, enfiou as mãos nos bolsos e esperou.

Seungmin foi o próximo a sair do quarto, quando viu Minho, seu sorriso iluminou todo o seu rosto. Jisu estava cética quando o seguiu, mas olhou para Jisung sem dizer nada. A expressão de Jeongin foi mais difícil de interpretar, no momento em que saiu e fechou a porta. Minho olhou de Jeongin para Jisung, que ainda o observava como se esperasse por algo. 

A movimentação em outra porta deu a Minho um motivo para desviar o olhar de Jisung novamente. 5 estranhos batiam na porta da sua suíte. Yuna saiu para cumprimentá-los, se juntando a eles. Hyunjin  estava logo atrás dela. Ela a abraçou e deslizou suas mãos para baixo, na lateral da calça dela. Minho observava enquanto ele sistematicamente escavava todos os bolsos dela. Hyunjin encontrou apenas um isqueiro e um chiclete amassado.

Yuna lançou um olhar irritado por cima do ombro.

— Não sou idiota.

Ele a beijou para silenciá-la e colocar o isqueiro onde havia encontrado. Ele jogou o chiclete para trás, como se fosse inútil. Esse, quase atingiu Changbin enquanto saia da suíte com Chaeryeong. Quando Chaeryeong desviou, enxergou Minho. O alivio em seu rosto foi inesperado.

— Minho, você chegou – disse ele, alto o suficiente que Hyunjin e Yuna se viraram para olhar.

Minho olhou de um lado para o outro, perguntando-se o que tinha perdido.

— Yuna e Hyunjin estão indo ao bar no Downtown, então o resto de nós está preparando uma maratona de filmes. Tem algum pedido ou recomendação?

— Vocês vão sair do campus? – perguntou Seungmin a Hyunjin. – Vocês estão falando sério?

Hyunjin franziu o cenho para ele e abraçou Yuna.

— Não é da sua conta.

Changbin olhou para Hyunjin, sua expressão tensa, e voltou a falar com Minho.

— Félix deve voltar com bebidas a qualquer momento. Ele disse que pegaria algo sem álcool para vocês dois.

— Ah, que desperdício – disse Jisung. – Vou comprar as bebidas de Minho hoje à noite.

Demorou alguns segundos para eles entenderem. Quando entenderam, Chaeryeong cambaleou bruscamente para fora da porta.

— Ta brincando.

𝐀𝐋𝐋 𝐅𝐎𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐀𝐌𝐄 - 𝐌𝐈𝐍𝐒𝐔𝐍𝐆 Onde histórias criam vida. Descubra agora