As aulas no dia 12 de Janeiro foram um completo desperdício de tempo para as Raposas. As aulas de Minho foram muito cedo nesse dia, ele assistira a todas, mas não aprendera uma vírgula. As vozes de seus professores eram um completo porre; as palavras que escreveram no quadro se transformaram em táticas de jogo. Minho manteve a caneta preparada, no entanto, não rabiscou uma única vogal em seu caderno. Teria que pedir emprestado o caderno de algum colega mais tarde, mas hoje nada disso importava. Só o que importava era que eles tinham um voo às uma e vinte da tarde, para fora do estado.
A partida estava marcada para às sete e meia, Christopher queria que eles estivessem em solo de Austin, Texas, com duas horas de antecedência. Ele não confiava no clima de inverno, ele dissera. Minho tinha certeza de que ele havia agourado a equipe com tamanha paranoia. Caia uma torrente lá fora, fria e forte o suficiente para perecer granizo, e Minho preocupou-se do voo ser atrasado. Eles teriam uma pequena parada, graças a uma escala de noventa minutos em Atlanta, mas Minho ainda estava temeroso. Se eles perdessem o primeiro jogo do campeonato graças a algo tão estúpido quanto o clima ele nunca superaria.
A chuva estava muito forte para um guarda-chuva fazer alguma diferença, então Minho puxou seu capuz sobre a cabeça e correu de volta a Torre das Raposas. Ele lançou um olhar para o céu, na esperança de enxergar o fim das nuvens negras, e foi recompensado com chuva em seus olhos. Minho esfregou a mão nos olhos e atravessou a Rodovia Perimetral em um pequeno intervalo entre os carros que trafegavam. Em sua direção, um atleta que descia a colina para sua aula acabou escorregando e caindo, assustando-se e soltando um palavrão. Ele já estava de pé antes mesmo de Minho alcançá-lo. Com isso, Minho aprendera sua lição e diminuiu a velocidade. Não havia sobrevivido a crueldade de Jimin para sofrer uma contusão por impaciência.
As quatro placas de ATENÇÃO posicionadas no saguão eram um completo exagero, mesmo assim, Minho ainda escorregou um pouco no chão molhado. Segurou-se na parede em busca de equilíbrio e posicionou sua carteira a frente do sensor próximo ao elevador. Assim que os botões se acenderam, Minho apertou a seta para cima e pegou o primeiro carro que descia do elevador. Havia água acumulada no chão do elevador, então ele segurou-se firme ao parapeito até chegar ao terceiro andar. O corredor acarpetado estava manchado de pegadas molhadas. Minho acrescentou as suas à sujeira enquanto caminhava pesadamente em direção a seu quarto.
Roupas secas nada fizeram para que se sentisse mais quente, então Minho se deitou no sofá com um cobertor. Não se lembrou de ter adormecido, mas o barulho na porta o acordou. Changbin parecia mais baixo que o habitual, com os cabelos encharcados grudados à cabeça. Apesar de seu estado deplorável, ele sorria enquanto adentrava o quarto. Ele fez um gesto para Minho, chamando sua atenção, mas não falou até que a porta se fechasse atrás dele.
— Acabei de passar por Hyunjin – disse Changbin.
— Encharcado? – adivinhou Minho.
— O palhaço do ano – disse Changbin. – Eu acho que o guarda-chuva dele quebrou. Ele é bonito mesmo esfarrapado. Disse a ele que eu ia tirar uma foto para o anuário, e ele ameaçou arrancar minhas bolas com as unhas. Cinco dólares de que Chae terá que arrastar ele para fora do quarto quando for à hora de sair.
— Ele sabe que precisamos dele.
— Significa que você tá dentro?
— Não apostei – disse Minho.
— Ainda? Em nada? – Changbin atravessou a sala, deixando sua mochila na mesa. – Temos, o quê? 16 apostas simultâneas em curso, e você não quer entrar em nenhuma? Bom, você pode apostar em 14. Alguns dos potes estão ficando bem cheios e você provavelmente tem uma boa vantagem para ganhar algumas.
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𝐀𝐋𝐋 𝐅𝐎𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐀𝐌𝐄 - 𝐌𝐈𝐍𝐒𝐔𝐍𝐆
Fanfiction𝐀𝐃𝐀𝐏𝐓𝐀𝐂𝐀𝐎 𝐃𝐀 𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐍𝐎𝐑𝐀 𝐒𝐀𝐊𝐀𝐕𝐈𝐂 Lee Minho, um adolescente que passou a vida fugindo do pai, um lorde do crime com sangue nos olhos, e que graças a certas circunstâncias acaba recebendo a oferta de uma bolsa de estudos c...