⭃ Em meio a cicatrizes recentes, Zoe, uma mulher resiliente, confronta traumas pessoais enquanto tenta reconstruir sua vida.
Contudo, seu mundo se complica quando um colega de trabalho, Andrew, revela uma obsessão doentia por ela. Enquanto Zoe luta...
"Se felizes para sempre existissem, eu ainda estaria segurando você."
Payphone - Maroon 5
29 de maio de 2023 Los Angeles, Califórnia.
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Ansiedade é tudo o que eu sinto no momento.
Estou sentada na sala de espera, e a dor de cabeça ficou tanta que tive que parar de chorar de algum jeito, porém os soluços não paravam e meus pés tremiam por conta própria e eu não conseguia pará-los.
Andrew estava no balcão falando com a recepcionista que pedia informações sobre a paciente, eu estava sentada numa cadeira atrás dele e não sei como ele sabe tantas informações sobre a Julie, mas de que eles começaram a ter essa relação de "cunhados" eles tem conversado demais, e isso é o menor dos meus problemas agora. Andrew veio em minha direção e sentou na cadeira ao meu lado.
- Estão analisando o corpo da Julie, para conferir se ouve uma sequela grave. - Olhou pra mim com ternura. - Eles viram nos atualizar sobre ela em alguns minutos.
- Quantos? - Perguntei roendo as unhas.
- Ela não especificou, mas acredito que vai demorar um pouco.
Eu não olhei para ele ou muito menos respondi, minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento.
Eu não posso perder a Julie.
Eu não vou perder a Julie.
Ela é tudo que eu tenho.
Eu nunca viu muito religiosa, mas acho que esse dia guardou as orações mais sinceras que alguma vez eu já fiz.
- Obrigado. - Disse soluçando sem olhar para Andrew.
- O que? - Andrew me olhou e franziu o cenho.
- Se você não tivesse aparecido ele poderia ter matado nós duas, eu estava desesperada demais, não conseguiria reagir.
- Julie não morreu. - Andrew disse e colocou a mão em minha coxa como sempre fazia quando me via tremer as pernas, e por algum motivo eu sempre parava quando ele a tocava.
Eu finalmente olhei para ele e senti uma lágrima única escorrer do meu olho esquerdo, queria muito acreditar em suas palavras, mas algo apertava meu peito há dias, eu sabia que algo ruim iria acontecer.
- O que te garante isso? - Senti meu lábio inferior tremer.
- Zach deu o tiro por impulso, não mirou, e o tiro não foi na testa, tem mais chances de sobrevivência. - Apertou minha coxa com mais força.
- Zach... - Seu nome de atingiu como uma flecha mirada perfeitamente em meu peito. - Ele ainda está no chão da minha sala.
- Morto. - Ele me olhou com seriedade. - Somos da milícia vamos explicar a situação, foi legítima defesa, ele tinha uma arma.
