⭃ Em meio a cicatrizes recentes, Zoe, uma mulher resiliente, confronta traumas pessoais enquanto tenta reconstruir sua vida.
Contudo, seu mundo se complica quando um colega de trabalho, Andrew, revela uma obsessão doentia por ela. Enquanto Zoe luta...
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Andrew Jackson. Como descrever Andrew Jackson?
Homem musculoso de grande porte, pele branca e olhos escuros combinando com o par de sombrancelhas grossas que enfeitavam seu rosto. Covinhas apaixonantes junto ao sorriso que hipnotizava qualquer pessoa que parasse para analisá-lo por apenas um olhar, nem que seja disfarçante.
Personalidade: Sádico, punitivo, um baita canalha quando quer e faria tudo por quem ama. E o melhor de tudo, completamente obcecado por mim. Não importa o quanto eu tente, o quanto eu negue, o machuque. Isso não vai mudar.
Andrew é meu, e eu sou dele. Literalmente dois destinos traçados cuidadosamente para estarem juntos. E ambos sabemos.
"Zoe, pensei que o odiasse." Não, eu não o odeio. Eu odeio o jeito que somente sua presença exerce tamanho poder sobre mim, odeio seu jeito enlouquecido de nunca desistir de seu objetivo, odeio o jeito que depois de tanto tempo de humilhações e destratos eu quase acabei com seu pau dentro de mim. E esse eu principal motivo, eu devia odiá-lo. Mas envés disso, eu odeio o fato de querer ele.
Sim! Eu quero Andrew Jackson! Não é surpresa pra ninguém.
Porém não quero querer ele. Não quero dar minha confiança a ele, ou a qualquer outra pessoa ultimamente. Não estou pronta para tamanha intimidade depois de uma perda tão significativa. Talvez seja algum tipo de atitude defensiva ou talvez até medo de me relacionar e acabar perdendo o indivíduo, de novo.
E isso vale principalmente para ele, a porra de um soldado militar, o que poderia dar errado? Não?
Talvez seja melhor se precipitar e previnir, ou ceder a paixão e escutar o coração. Mas, isso não precisa ser decidido agora. Pois por mais babaca que Andrew seja, ele é compreensivo, ou talvez, disfarçadamente vingativo.
Estou abalada, isso é um fato. Mas odeio admitir isso, eu não admito isso. Eu sou forte, consigo lidar. Mas aquele homem, o poder inconsiente que tem sobre meu corpo me assusta. Gosto de estar no controle, meu próprio controle, mas ele me faz sucumbir. Mesmo que eu ceda, não vou permitir, não vou permitir que Andrew tenha mais controle sobre mim do que eu mesma. Sei que suas intenções são ótimas e Andrew não quer nada além do que me ajudar. Me amar.
E confesso que as vezes que suas covinhas se mostravam até mesmo quando seu sorriso não alcançava os olhos, as noites em que seus braços me acolhiam mesmo depois de eu ser a uma completa babaca com ele, os lábios de seda que me faziam, todas as vezes, render um pequeno pedaço de mim.
Isso dói.
Andrew me entende e isso dói.
No momento estou sentada na cadeira aonde John costumava sentar, por que além de tudo isso, ele ainda fez questão de me colocar no topo na primeira oportunidade que teve, e sei que talvez, não, com certeza ele está me odiando agora.
