Prólogo

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Taylor

Muitos me perguntam como estou, mas sem contudo, desejarem saber de verdade, como, de fato, eu estou. Bem, tô grávida de um homem casado. SIM, DE UM HOMEM CASADO! Não me julguem, ele disse que estava em crise com a esposa e que estava prestes a se separar dela, quando me levou pra cama. Okay, confesso que fui meio ingênua. Okay, muito ingênua, mas não há como resistir a quase um metro e noventa de pura gostosura, caramba, ele é uma delícia e eu deveria o odiar, mas não consigo odiar o pai do meu bebê. Voltando a como estou, caramba, acho que me perdi de novo nos meus devaneios. Eu fui abandonada pela minha família e pelo pai do meu bebê, já que a esposa dele, uma tal de Megan sei lá de quê, também tá grávida dele, e do quarto filho. Eles já tem três filhos, os gêmeos, Bryan e Briane de sete anos, e a pequena Suzy, de apenas três anos de idade. Meu pai e nem ninguém sabe, quem é o pai do meu bebê, com excessão é claro, da Sel, a minha best friend forever, ela é como uma irmã para mim, e se não fosse ela, eu tava maia abandonada do que cachorro no caminhão da mudança, literalmente.

Meu pai, que antes da minha gravidez era tão meu amigo, nem me considera mais sua filha e me deserdou, me tirando para sempre de seu testamento e da sua vida. Minha mãe olha com repulsa para mim e o meu irmão mais velho, o Austin, ele até queria me ajudar, mas o meu pai não lhe permitiu. Tudo em minha vida está desandando e sinto que vou pirar a qualquer momento. Mas apesar disso, nunca nem um por um instante, pensei em tirar o meu bebê, que mais recentemente descobri que eram gêmeos, estou no quinto mês, é uma menina, que terá o nome da minha mãe e da minha melhor amiga, Andréa Selena, e um menino que será xará do meu pai, Alisson Scott, mesmo que ele jamais venha a saber disso um dia, e sinto isso só pela maneira como ele me tratou da última vez em que nos vimos, e isso foi há um pouco mais de cinco meses, eu acho, não sou muito boa com números.

Sel está pegando bastante no meu pé nesses últimos meses para que, eu faça o pré natal direito, sendo que quase nem me lembro mais de ir as minhas consultas médicas. Ando muito esquecida e sonolenta ultimamente, bem mais do que o meu normal. E como se isso não bastasse, o vizinho do quarto ao lado é um charme, pena que meu coração está trancado para o amor. Tenho três grandes metas em minha vida, e nenhuma delas envolve romance. Minhas únicas três metas são, terminar o ensino médio, poder sustentar os meus dois filhos e ser uma grande estrela pop com um coração de gelo no meu peito, já que amar, isso para mim, estava mais do que, fora de cogitação, com certeza. Amar só me fez sofrer, só me trouxe dor, e não desejo passar por tudo isso de novo, de jeito nenhum, de maneira alguma, nunca, jamais, never. Amor? Eu tô fora.

Mas toda história tem de começar pelo seu início, apenas mangás e filmes sem nexo começam pelo final, bem, assim penso eu, tudo começou quando:



Meses antes...

Eu estava atrasada para o colégio de novo, com uma torrada na boca, a minha mochila meio surrada de lado, e o meu cabelo parecendo um ninho de rato, de tão bagunçado que estava. Minha mãe estava me pedindo para sentar a mesa e comer direito, ao passo que o Austin não parava de buzinar do lado de fora em seu carro, para que eu fosse mais rápida e fosse logo, para não me atrasar mais ainda. Bem mais do que eu já estava.

Meu pai não estava, ele era um homem de negócios muito importante, o CEO de uma grande empresa de transporte, ele traria um amigo seu para jantar. E a minha mãe estava insegura com a sua comida, mesmo sendo a melhor cozinheira do mundo. Meus pais tiveram uma educação muito rígida, quando mais novos, e justamente por isso cobravam muito do Austin e de mim. Austin já havia completado o ensino médio com louvor e estava no seu quinto semestre de medicina, mesmo o maior sonho de sua vida, sendo ser ator. Papai não permitia que nem um de nós seguisse carreira artística, mesmo eu querendo, e muito, ser uma grande cantora, e o sonho do meu irmão, ganhar Hollywood com o seu talento para atuar.

- No mundo da lua de novo? - Pergunta minha mãe nervosa, após o meu suco cair no meu colo - Seja mais rápida e atenta menina, vai ter de se trocar de novo, ah, meu Deus, e não se esqueça do jantar com o amigo e colega de trabalho do seu pai, nessa noite, ou seja, nada de ficar jogando conversa fora com a Selena, a Miranda, a Victória, o Ed, o Harry, ou qualquer um dos seus outros amiguinhos, estamos entendidas, hein, Taylor Alison Swift? Você é expert em sempre chegar atrasada em tudo, e no seu casamento, é provável que chegue bem depois do noivo na igreja.

- Sim, general mamãe, mas sem drama. Pois de rainha do drama, já me basta o xarope do Austin, aquele chato de galocha - Digo brincando com ela, sorrindo feito uma bobinha - Mas só por curiosidade, qual o nome dele, desse tal amigo do papai, mami?

- Bem, o nome dele é...

- Vamos depressa, furacão Swift - Era o Austin, ele me chamava assim por causa do meu jeitinho meio estabanado de ser - Não acredito que você vai ter de se trocar de novo - Ele então, vê minha saia branca do uniforme do colégio cheia de suco de uva - Vai logo se trocar, antes que acabe perdendo o segundo turno do colégio, já que o primeiro você já perdeu, com certeza, lentinha, desastrada e sem um pingo de noção da realidade.

- Já vou. Já vou - Me viro para a minha mãe de novo - Mamãe você ainda não me disse o nome do amigo do papai que vem jantar aqui em casa.

- Deixa isso pra depois Tay - Diz meu irmão de mau humor, e olhando para o seu relógio de pulso, nervoso - No jantar ele, com certeza vai se apresentar pra gente, isso se o pai não fizer isso por ele, é claro, furacão Swift.

- Mas seu xarope - Recomeço eu - Só quero saber o nome do nosso convidado para o jantar. E se a mamãe não me disser, não vou para a escola.

- Bem, o nome dele é Jacob Gyllenhaal, Taylor, minha querida- Começa mamãe - Mas o seu pai o chama de Jake.

- Jake? Papai o chama assim mesmo, mamãe? - O nome do mesmo cara com quem eu falava em sigilo pelo meu menseger - Tem certeza disso? Tipo... Certeza mesmo?

- O seu pai pode até o chamar de Jake, mocinha - Recomeça mamãe - Mas para o Austin e você, é senhor Gyllenhaal, me entendeu, Taylor?

- Vamos logo, Tay! Vamos que já estamos mais do que atrasados pro colégio - Ele estava muito impaciente. Bem mais do que o seu normal, provavelmente havia terminado com a namorada de novo, a metida da Madson - Vamos logo que ainda tenho de passar na faculdade depois de te deixar no colégio.

- Pra onde vamos agora? - Pergunto me sentindo um pouco estranha, com uma espécie de mal presságio me percorrendo por inteiro - Pra onde vamos mesmo, maninho? Não me lembro.

- Pro colégio, né? Terra chamando Taylor Alison Swift - Reponde Austin meio rígido para mim, e também, com uma cara de pouquíssimos amigos - Para onde mais a gente iria nessa hora, hein Taylor? Aposto que tava no mundo da lua. Anda vamos logo, antes que eu perca o resto de paciência que ainda tenho.

- Deixa só eu me trocar - Subo para o meu quatro, tiro o uniforme branco, o jogando no cesto de roupa suja do meu quarto, visto o uniforme preto e faço um coque, já descendo para a sala - A gente pode ir agora, Austin?

- Sim, vamos, graças a Deus. Finalmente podemos ir pro colégio.

- Deixa de ser dramático, okay? Vamos? Benção e beijo mamãe. Te amo.

- Beijo, Deus a abençoe e lhe dê muito juízo e discernimento das coisas, também te amo. Amo, e muito, vocês dois - Diz mamãe - Vão com Deus, meus amores, e não se esqueçam do jantar de hoje, ele é importe para o pai de vocês.

Só podia ser coincidência, afinal de contas, existem muitos Jake's no mundo, e o meu Jake não era o único, ou seja, o amigo do papai poderia muito bem ser um outro Jake, certo?

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