Mundos paralelos

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Taylor 


  Na escola, como sempre a minha cabeça tava lá na Conchinchina, o Jake que conheci na internet havia sido ator por um tempo, ao passo que, o amigo do meu pai, era um empresário, assim como ele. Então não tinha como o Jake com quem falo pela internet ser o amigo e sócio do meu pai, seria coincidência demais, né?

- Preste mais atenção na minha aula, senhorita Swift!

   A senhorita Morgan, nossa professora de aritmética, me chama a atenção pela quarta vez só naquela dia, o que fez com todos os meus colegas rissem de mim, menos o Ed, a Sel, a Lindy, a Mira, a Tori, ou seja, só os meus melhores amigos não riram de mim.

- Desculpe senhora Morgan - Digo cabisbaixa, e envergonhada - É que sua matéria é muito difícil, e bem, eu não sou nenhum Einstein.

- Nem precisava dizer - Diz Justin, que mais uma vez havia traído a Sel, que terminou com ele - Todo mundo já sabe disso, afinal de contas, essa sua cabecinha loira só serve para uma coisa, pensar em besteiras monumentais.

  Todos riem de mim, e Justin começa a se achar o tal, ele é muito ridículo, não sei como a minha amiga Sel gosta dele ainda, depois de tudo que ele fez. Sendo ele, um baita dum canalha.

- Para começo de conversa, você deve me chamar de senhorita, e não de senhora, não sou casada ainda, e como pretender aprender a minha matéria se mal presta atenção no que digo e anoto em sala de aula? Suas notas estão vermelhas e na próxima reunião de pais e mestres, farei questão de dizer isso aos seus pais - Se volta para Justin que continuava caçoando de mim - E quanto a você, senhor Bieber, para a sala do senhor Thompson, nosso diretor, e sem reclamar desta vez, por favor.

- Você me paga loira burra - Diz Justin para mim, antes de ir para a diretoria, com muita raiva - Tchau, já vou pra minha segunda casa, vadias e cornos.


Tom


  Trabalho em uma lanchonete de sete as sete, servindo mesas feito um condenado, o salário é uma merda, e as gorjetas cada vez mais escassas. Eu odeio o meu trabalho? Sim? Ou claro?

  Estava terminando de arrumar as mesas, o pique de manhã do café da manhã havia sido um pesadelo, agora o meu sobrinho Harry aparece, e só de olhar a cara dele, sei que ele gazeou aula de novo, esse malandro.

- Você gazeou aula de novo Hans? - Eu o chamava assim - Sua mãe vai te matar.

- Eu não tive pai para me ensinar a ser um bom menino - Dá de ombros, pegando o seu avental para me ajudar na lanchonete que pertencia a minha irmã, a mãe dele, Anne, ou como gosto de chamar a Sargento Anne, sendo ela uma mulher bem durona, principalmente na lanchonete e comigo, seu saco de pancadas particular, só que não - Mas e a senhora Twist? Ela ainda tá de mau humor e com raiva de você?

- Nem queira bancar o engraçadinho para o lado dela, ou para o meu, e quanto a essa história de criação sem pai, me poupe, Anne foi mais seu pai e mãe do que, qualquer outra pessoa poderia ter sido - Digo tentando não rir dele - Sabe, Hans, eu não deveria ter te dito o nome do seu pai, Ann quase me despediu por causa disso. E tudo porque te disse que o seu pai se chamava Desmond. Que burro fui eu.

- Sem grilo tio - Ele revira os olhos - E deixe que com a minha mãe, eu me acerto depois, eu vi ela de novo, e puta que pariu, como é perfeita a minha loirinha, aqueles cachinhos de anjo... Aqueles olhos azuis... E aquela boquinha que me leva ao delírio.

- Já é a quarta vez que você me fala dessa garota, Hans, e isso só hoje, sem contar nas outras, é claro, moleque - Arqueiro uma de suas sobrancelhas de modo irônico - E até agora nem me disse o nome dela, e nem teve coragem de a chamar para sair.

- Eu namoro a Lana - Suspira - E não seria certo trair ela com a sua melhor amiga, não quero magoa - lá. Ela é especial, mas já não me excita mais. Não termino com a Lana, porque ela é dependente emocional de mim, e não quero que ela faça nenhuma besteira consigo mesma por minha causa. Quanto a minha loirinha, prefiro não te dizer quem é, pois te conheço, e sei que, você vai querer dar em cima dela, mesmo ela sendo menor de idade.

- Falando assim, até parece que sou um pedófilo escroto, ou alguma espécie de pervertido devasso - Me faço de ofendido para ele - E quanto as suas ex namoradas, elas que quiseram ficar comigo, eu quem não quis, já que mesmo gostando das novinhas, sempre respeitei as mulheres, todas elas. E bem, também curto mulheres da minha idade e um pouco mais maduras, se é que você me entende bem, Hans.

- Você é nojento - Rimos juntos - Mas e aí? Como foi seu teste pra aquele comercial de pasta de dente? Deu tudo certo, tio Loki?

- Eu odeio quando me chama assim, me faz parecer trapaceiro e mentiroso - Digo em tom de zombaria, é claro - Mas não tive sorte no comercial, meus dentes não eram perfeitos o suficiente para o comercial.

- Esses caras são uns pedantes, na boa, você nasceu para atuar e eu para cantar, tio - Suspira, já revirando os seus olhos claros - Só essas bestas não vêem isso.

- Só que agora somos apenas dois garçons da lanchonete Twist, e tá quase na hora do pico do almoço - E esse pico consegue ser pior do que o do café da manhã, e você sabe disso.

- Putz, nem me lembre disso, odeio tudo isso, e na boa - Assim como eu, ele odiava trabalhar na lanchonete, mesmo sendo da mãe dele - Na boa, eu não nasci pra esse tipo de coisa, e nem você.






Taylor

   Eu estava ferrada, literalmente, já passava das seis e meia da noite, havia me esquecido do jantar, jogando conversa na casa da Lana. Acho que vou chegar bem depois do convidado para o jantar do papai, e hoje sim, ele me mata de morte matada mesmo. Como pude me esquecer desse jantar? Como? A mamãe, o Austin e até mesmo o papai me avisaram mais de uma vez sobre esse bendito jantar, e eu me esqueci disso. Agora sim, o Tim, o xarope do meu irmão mais velho vai sim, ter mais de um motivo para tirar sarro da minha cara. Tava tão distraída que acabei tombando bem de frente com quase um metro e noventa de pura gostosura, e para o meu azar era o Jake com quem eu conversava pela a internet há meses.

 Ele tava lindo, maravilhosamente perfeito, com uma camisa de seda vermelha, uma calça preta social, e sapatos que combinavam com ela. Ele sorriu para mim, e agora mais do que nunca, soube que estava perdida.

- Taylor - Meu pai abre a porta - Convide para a nossa casa, afinal de contas, ele é o nosso convidado, filha.

- Você por aqui? - Jake e eu perguntamos em uníssono, surpresos.

- Parece que vocês já se conhecem - Diz o meu pai, meio desconfiado - Afinal de contas, de onde vocês se conhecem? Posso saber, Tayor Alison Swift?

  Tô morta? Sim? Ou claro... Putz grila, mas que baita saia justa... Caramba, como é que, eu saio dessa agora? Não é a toa que meu irmão me chama de furacão Swift, porque eu só faço merda uma atrás da outra.

- De onde vocês se conhecem? - Pergunta o meu pai agora de braços cruzados, muito sério - Não responderam a minha pergunta, que é tão simples, não é mesmo? Taylor? Jacob?

- Bem, Scott... a sua adorável filha e eu, nós nos conhecemos quando...

 Começa Jake, agora sim, eu tô fudida, bem, adeus mundo que nem chegou a conhecer o meu talento e brilho como uma diva pop. E não. Não deixo o meu quarto para o Austin, ele não merece ficar com ele, mas não merece mesmo. Sim, é o fim! O meu fim, é claro.

Bem, adeus mundo cruel...


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