A Queda ( Taekook - Vkook)

Capitulo 7: Moldeo Kim Taehyung é visto com seu namorado.

Nossa, quatro meses que eu não piso aqui.

Será que dá para ressuscitar os leitores? kkkkk

Voltei, pompons, fiquem com a atualização de hoje.

Boa leitura.

Nunca compartilhei a cama com alguém antes. Eu nunca havia namorado, ou sequer beijado alguém depois do que aconteceu na minha juventude, mas naquele instante eu estava dividindo a cama com Jungkook. Ele estava dormindo sentado com as costas na cabeceira da cama de braços cruzados.

Eu havia falado que estava bem, que ele poderia ir embora, mas ele não foi; pelo contrário. Usou a minha cozinha, tomou banho no meu banheiro, vestiu as minhas roupas e agora estava sentado na minha cama. No começo, me senti uma criança que precisava ser vigiada, depois agradeci por ele estar ali porque eu não confiava em mim mesmo naquele instante.

Era claro que me sentia culpado, na verdade sempre tive um péssimo hábito, talvez um trauma de nunca falar em voz alta que eu estava precisando de ajuda. Pra mim, eu tinha que resolver tudo sempre sozinho.

Eu achei que isso significava independência mas, estava começando achar que na verdade era uma coisa chamada trauma. Pessoas fortes não tinham medo de falar que precisam de ajuda, eram as pessoas traumatizadas que tinham a tendência de se isolar do mundo.

Apesar dos seus esforços, eu não consegui dormir. Apenas passei uma boa parte da noite assistindo o seu sono até que percebi que ele era muito bonito. Pessoas da idade dele não deveriam ser tão bonitas quanto Jungkook era.

Outra vez, estava preso nos meus pensamentos de que Jungkook não tinha nenhuma obrigação de cuidar de mim, mas ele estava deitado do meu lado. Nós não nos conhecíamos, nem tínhamos uma boa e longa relação para que fosse o suficiente para justificar suas atitudes, mas eu estava grato por elas.

Devo ter cochilado. Ainda bem. Eu deveria estar precisando, já que senti como se tivesse apagado. Despertei porque havia um toque na minha testa, mas apavorei-me recusando-me a abrir os olhos. Uma carícia foi entregue na minha bochecha, dedos pressionados no meu pescoço conferindo meu pulso e então ela se foi e logo em seguida o barulho da porta abrindo e da torneira ligada.

Abri os olhos lentamente assistindo a visão de Jungkook na pia, de costas para mim. Ele puxou a camisa sobre a cabeça e lavou o rosto. Minha calça havia servido nele, o que foi um alívio. Não queria que ele ficasse desconfortável. Já bastava todo o desconforto que eu havia dado a ele antes.

Esperava ter comida na geladeira que ainda estivesse boa para ele. Não querendo ser inútil, me levantei da cama e percebendo que eu estava acordado, Jungkook se virou olhando para mim.

— Tome um banho, vamos comer fora.

— Fora? — Minha voz sumiu. — Eu não quero, deve estar uma zona lá fora depois de ontem. — Falei suspirando, sentando na ponta da cama.

— Porque? Você não pode se isolar do mundo só porque alguma coisa deu errado. — Jungkook respondeu pegando suas roupas na poltrona no canto do quarto.

— Porque? Não é óbvio?! Eu estou doente! Tenho crises de ansiedade e talvez eu esteja no fundo do poço com depressão! Certo! Eu não tenho jeito, estou quebrado e tudo que basta é que eu aceite isso e aprenda a conviver com isso. — Falei exaltada.

— Isso? Simplesmente quer aprender a conviver com o fundo do poço? — Jungkook perguntou. Meus lábios se partiram e eu diria algo se sua pergunta não tivesse matado minhas palavras.

— Você está errado — Jungkook disse — Levantar da crise não é um protocolo longo do que fazer e o que não fazer. É simplesmente ir… — Deu de ombros — O lugar que você está, ninguém pode te tirar dele, apenas você mesmo.