☆ 28. Sogros ☆

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𝓟.𝓞.𝓥 𝓒é𝓼𝓪𝓻 𝓒. 🪻

Após Joui ir embora da minha casa um sentimento extremo de preocupação me invadiu.

Não queria que toda a minha preocupação fosse percebida por ele e acho que isso deu certo.

Mas eu ainda continuo preocupado e especialmente, furioso.

Lembro-me de como o meu sangue ferveu quando ele me contou que o  obrigariam a ver o pai.

Não sei que monstro que fez isso, mas juro, que se eu pudesse, o estrangularia até o ar sair de seus pulmões.

Não consigo acreditar que vão obrigar o Joui a conversar com a pessoa que fez um grande inferno em sua vida.

A pessoa que quase o matou duas vezes.

Se eu tivesse o desprazer de conhecer aquele monstro pessoalmente não sei nem o que eu iria fazer.

A única coisa que eu tenho certeza é que eu ia fazê-lo pagar por tudo de ruim que fez com o Joui. Da pior forma possível.

Antes que eu possa formar meu plano para pegar uma faca na cozinha e invadir a delegacia no meio da madrugada pela janela sem que ninguém perceba meu pai me cutuca no braço.

- Ei, terra chamando César! O que houve meninow? Que cara feia é essa?

Olho para meu pai antes de respondê-lo e me sinto a pessoa mais sortuda do mundo por tê-lo. Mesmo que ele tenha me abandonado ele sempre dá o seu melhor todos os dias para ser um bom pai e demontrar todo o seu amor e carinho por mim.

Gostaria muito que Joui tivesse a mesma sorte, que ele tivesse sido tratado com o cuidado que merecia.

Me lembro de seu sorriso brilhante, um sorriso que mesmo já tendo mil oportunidades de nunca mais aparecer, sempre esteve ali com toda a sua força e graça, pronto para conquistar o coração de todos que o viam.

Finalmente, saio de meus devaneios e respondo o meu pai:

- Não houve nada pai, está tudo bem.

- Tem certeza filhow? Você e o Joui brigaram?

Dou uma risadinha com a pergunta e prontamente a respondo:

- Claro que não pai, eu só estou muito preocupado com ele e com raiva do que está acontecendo.

- Quer me contar o que está acontecendo?

- Eu preciso te contar muitas coisas pai.

- Senta aqui no sofá e manda a brasa! - ele diz, dando dois tapinhas no sofá para que eu me sentasse.

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O jantar fora silêncioso, assim como na minha antiga casa.

Arnaldo sempre animava as coisas, mas dessa vez, decidiu que o silêncio era o melhor no momento.

Thiago até tentou segurar a minha mão para me reconfortar mas foi só isso.

Após o jantar vou até o meu quarto e tento meditar um pouco para me acalmar.

No meio da minha meditação sou interrompido por batidas em minha porta.

Assim que dou permissão para entrar, vejo Thiago-sensei segurando um pote de sorvete e mais alguns doces e salgadinhos.

- O que é isso Thiago-sensei? - pergunto confuso.

Ele abre um sorriso suave.

- Peguei isso na cozinha e queria te chamar para assistir algum filme. Pensei que isso iria te animar.

Daddy issues - Joesar/Joaiser Onde histórias criam vida. Descubra agora