𝓟.𝓞.𝓥 𝓒é𝓼𝓪𝓻 𝓒. 🪻
Se nervosismo fosse crime eu já estaria sendo procurado pelo FBI.
Quando eu tive a ideia, ela pareceu muito boa, mas depois que você passa uma noite inteira sem dormir refletindo a ideia, você começa a desconfiar.
E se estiver muito cedo?
E se ele não quiser?Essas e muitas outras perguntas rodeavam a minha cabeça enquanto eu passava por mais uma de minhas várias madrugadas em claro pensando nele.
Eu senti que eu iria enlouquecer e por um momento, até achei que isso fosse acontecer mesmo.
Até a desgraça do despertador tocar indicando que eu teria que ir para a escola.
Infelizmente, apenas o Joui não está indo para as aulas, ainda por conta daquilo.
Não gosto nem de lembrar de todas as crises de choro, da vontade de ficar parado esperando ele voltar, da falta de vontade de viver, de sua ausência e do sofrimento que isso tudo nos causou.
Não quero levantar da cama, quero me esconder de baixo do cobertor até dar uma hora boa para eu me arrumar e buscar ele, mas infelizmente meu pai tem trabalho e eu tenho aula.
Me olho no espelho e percebo meu estado decadente, como eu vou em um encontro assim?
Meu cabelo está caindo aos pedaços, minhas olheiras estão mais fundas que um buraco negro e eu estou parecendo um zumbi.
Decido usar meu tempo que é bem pouco para tentar ajeitar alguma coisa.
Como o meu cabelo está podre, já que eu não lavo faz tempo, decido lavá-lo e hidratá-lo coisa que eu não faço com nenhuma frequência.
Mas afinal eu vou pedir ele em namoro, eu não posso estar feio.
E o pior é que eu terei apenas quarenta minutos para eu me arrumar, o que certamente não seria suficiente.
Nem o tempo de eu ir para a escola é suficiente para eu fazer uma hidratação e ressuscitar meu cabelo.
Mas na escola eu posso chegar atrasado, no meu encontro não.
Enquanto eu estou no meio do banho escuto gritos do meu pai falando para eu ir logo e que o café da manhã já estava na mesa.
Acabo o banho, me troco e pego o café da manhã para comer no caminho, como sempre.
Chego na escola quinze minutos atrasado com Arthur e Thiago no portão.
- O que vocês estão fazendo aqui? Vocês sabem que tá tendo aula né? - pergunto curioso.
- Sim, mas são dois tempos de ciências seguidos meu querido, a gente pega o que aquela velha tava falando no segundo tempo.
- Vocês estão matando aula e nem me chamaram? Cadê a Liz e o Dante?
- Primeiro, você não tinha chegado ainda e segundo, eles são santinhos demais para matarem aula. - respondeu Arthur.
- No caso, só o Dante mesmo, a Liz já matou aula de matemática comigo. É que ciências é a matéria favorita dela mesmo.
- Pera aí, você já matou aula com a Liz? O que vocês dois fizeram ein? - pergunto com um sorriso malicioso.
Vejo Thiago corar um pouco.
- Eu precisava de ajuda com um trabalho de ciências que seria no próximo tempo de aula, então ela me ajudou.
Eu e Arthur fechamos a cara, Thiago estava realmente sendo sincero.
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Daddy issues - Joesar/Joaiser
Fiksi PenggemarDuas pessoas com o mesmo trauma, porém muito diferentes. Como isso pode dar certo?