☆ 29. Artes e Jogos ☆

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Ficamos na sala em silêncio depois que Liz foi embora.

Era uma mistura de preocupação com alegria, já que eu havia sumido e Thiago e Liz haviam realmente tomado algum tipo de atitude sobre o que sentiam.

- Vamos lá - começou Arnaldo - temos dois assuntos para resolver e eu vou decidir o primeiro. Joui, aonde você estava e o que aconteceu? - me pergunta em uma mistura de seriedade com preocupação.

Minha boca se abre algumas vezes para explicar o que houve, mas a minha voz não saia de jeito nenhum. Eu queria lhes contar o que houve, mas ao mesmo tempo não queria.

Comecei a tremer as mãos e a gaguejar mas já estava satisfeito por estar saindo alguma coisa de minha boca, mesmo que minhas palavras não pudessem ser compreendidas.

Thiago coloca a mão no meu ombro, um jesto silencioso para algo como "eu estou aqui caso você desabe." E eu sinto um pouco de segurança através disso.

- Eu estava falando com o meu pai, acabei a conversa e fui embora. - respondi, simples. Com todas as palavras que conseguiram sair de minha boca.

- Quer falar para onde foi Joui?- pergunta Arnaldo, colocando a mão em meu outro ombro.

- No momento não, desculpa.

- Não precisa pedir desculpas meu querido, você não precisa falar se não quiser.

Após o "momento família" Arnaldo abre um sorrisinho malicioso para o Thiago e eu começo a rir na hora já sabendo o que ele iria falar.

- Mas agora vamos para o outro assunto... QUE SELINHO FROUXO FOI AQUELE THIAGO FRITZ?! EU NÃO TE CRIEI ASSIM!

A resposta foi muito melhor do que eu esperava. Começo a rir estéricamente enquanto assisti Thiago virar um pimentão de tão vermelho.

- Pai! Eu não sabia o que fazer na hora!

- Podia ter dado um beijo direito pelo menos Thiago, você gosta dela a meses e é só essa a atitude que você toma?!

- Joui me defende! Você está de prova de que eu fiz mais que isso!

- Aquelas cantadas Thiago-sensei? Nhe, até deu pro gasto um pouquinho.

- UM POUQUINHO?! - Thiago grita indignado enquanto eu e Arnaldo morremos de rir.

Após toda a sessão de risadas somos mandados para nossos quartos para dormir.

Não consigo dormir, as palavras de meu pai ficam cravadas em minha mente tirando qualquer oportunidade de eu conseguir dormir.

Mas também vem uma ideia na minha cabeça, uma boa dessa vez, eu juro.

Fico pensando em pessoas nas quais eu gostaria de desabafar e logo um nome já aparece em todos os espaços disponíveis na lista.

César de Oliveira Cohen.

Ele é meu namorado e meu melhor amigo, eu definitivamente confio nele para contar tudo isso.

Ele sempre fez de tudo por mim mas agora está na hora de eu retribuir.

Toda uma ideia de uma surpresa vai aos poucos se formando em meu cérebro e decido mandar mensagem chamando ele para sair.

Pena que ele foi mais rápido.

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