Giovanna é dona de um quiosque à beira da encantadora praia de Tamandaré, em Pernambuco. Alexandre, um renomado chef de cozinha, prestes a abrir seu mais novo restaurante.
Ambos inicialmente se detestam.
Porém, o amor surge como um prato de segund...
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"(...) Belo é o Recife pegando fogo Na pisada do maracatu..."
- Maria Bethânia
A noite gradualmente envolvia a encantadora Tamandaré, à medida que as pessoas abandonavam a faixa de areia e adentravam a cidade, que se destacava por sua oferta de entretenimento noturno.
Há quem diga que Tamandaré conseguia ser mais linda durante a noite, onde as estrelas resplandeciam na beira do mar cristalino, iluminando as ruas e sendo o berço dos enamorados. Seus visitantes tinham a luxuosa liberdade de escolher entre opções mais serenas, como bares aconchegantes com músicos tocando voz e violão, ou se aventurar em festas à beira-mar que duravam até o romper do dia. O que era incontestável na cidade turística era a impossibilidade de ficar inerte; a decisão de não se mover e desfrutar do seu melhor, era quase inevitável.
Em meio à desordem de seu quarto, Giovanna vasculhava freneticamente em busca de uma roupa perfeita para aproveitar plenamente uma segunda-feira atípica, que marcava o aniversário de um dos funcionários mais antigos, Roberto, que havia sido uma presença constante desde os tempos de seu pai. Como toda mulher que preza por sua aparência, ela simplesmente não conseguia sair de casa sem encontrar a roupa perfeita para a ocasião, mesmo que isso significasse se atrasar mais do que o normal.
Demorou alguns minutos a busca frenética, até Giovanna finalmente encontrar o conjunto de roupas que considerou perfeito para a ocasião. Ela escolheu um elegante vestido que realçava no bronzeado de sua pele, combinado com acessórios que completavam o seu visual. Com um suspiro de alívio, ela se olhou no espelho e, satisfeita com sua escolha, se dizia pronta para a celebração.
Ao abaixar o olhar percebe o seu celular tocar. Uma chamada de Alessandra, para variar. Era impressionante a amizade das duas, falava bastante sobre liberdade, companheirismo e confiança, o que para Giovanna era indispensável.
- Diga, Alê. - falava enquanto pegava sua bolsa e chave, enquanto se equilibrava para guardar tudo.
- Giovanna, onde você tá, hein? Já tá todo mundo aqui, só esperando você.
- Mulher, eu tô saindo nesse exato momento de casa. Espere só mais um pouco.
- A cada minuto que espero você, um boy gato você perde. Tu não tem noção do tanto de colírio que tem por aqui.
- É, pra você resgatar esse 'colírio' do tempo em que eu nem era nascida, o negócio deve está bom mesmo. - falava em meio a risos com a amiga.
- É sério! Você sabe que quando se trata de homem eu não minto. - se vangloriava do outro lado da linha - Olha, vê se não demora, precisamos curtir. Merecemos!
