Giovanna é dona de um quiosque à beira da encantadora praia de Tamandaré, em Pernambuco. Alexandre, um renomado chef de cozinha, prestes a abrir seu mais novo restaurante.
Ambos inicialmente se detestam.
Porém, o amor surge como um prato de segund...
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"Pra quem não sabia contar gotas 'Cê aprendeu a nadar O mar te cobriu sereno Planeta marte..." - Liniker
Acordei com o barulho natural do lado de fora e com a iluminação que atravessava a janela. A casa permanecia em silêncio, me indicando que a dona daquele lugar ainda não tinha acordado.
Ainda meio sonolento, peguei o celular só para ver as horas. Eram 07h30. Era cedo. O hábito de acordar cedo estava nela até quando ia dormir tarde ou mesmo quando não fosse trabalhar no dia seguinte, mas hoje não.
Sentei na cama, passando as mãos no rosto e repassando tudo que tinha acontecido, como se não fosse o suficiente pensar em tudo nas poucas horas dormidas.
Podia sentir ainda a presença da boca dela na minha, as sensações por ter ela tão próxima de mim. Podia sentir o calor que emanava pelo corpo dela, a energia, o olhar corajoso, as palavras soltas e claras.
Poderia ter acatado o pedido alterado que ela fez, poderia ter feito tanta coisa, mas no fundo eu sabia que não seria o correto. Comigo, com ela e com tudo.
Contudo, era fato que meu corpo já respondia ao dela no momento que me aproximei, que olhei, que respirei, que beijei. Mesmo sabendo que não era, aquilo era novo pra mim, todas as sensações eram novas, o desejo, o querer estar tão perto que a vontade era fundir-nos.
Ter somente a presença de Giovanna já era sensacional, mas experimentar os beijos dela foi coisa de outro mundo.
Revirava na cama na falha tentativa de dissipar o tsunami Giovanna. Só tomei coragem para levantar quando ouvi meu celular tocar, indicando Marjorie na chamada.
- Alô! - falei com a voz de sono ainda carregada me sentando na beirada.
- Oi, bom dia. Como estão as coisas aí?
- Bem... indo na verdade!
- Aconteceu alguma coisa, Ale?
- Não, tá tudo bem. Só tô cansado, saí ontem com a Giovanna e a Alessandra.
- Sério? Que bom que você tá se divertindo. - sua voz indicava contentação com o fato. - Fiquei preocupada achando que você poderia se sentir, sei lá, estranho, mas sei que está em boas mãos. A Gio é ótima!
- É... Ela é ótima mesmo! - caminhei até a janela observando o mar.
Era e estava sendo ótima em todos os sentidos até então. Como amiga, anfitriã, nas ajudas, nas descobertas e em... tudo.
