Capítulo 15 - Anseios

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"Na melancolia de teus olhosEu sinto a noite se inclinarE ouço as cantigas antigasDo mar

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"Na melancolia de teus olhos
Eu sinto a noite se inclinar
E ouço as cantigas antigas
Do mar."
- Vinícius de Moraes

02h32 da manhã. Alexandre desperta depois de um longo sono, sem ainda entender se tudo que tinha acontecido era sonho ou realidade. Se fosse sonho, era o único que queria sonhar; mas fosse a realidade, queria viver aquilo todos os dias. Repetidamente.

Em meio aos finos lençóis de algodão, seu corpo totalmente nu, sentiu no ar aquele perfume tão característico dela. E por falar nela, teve o deleite de acordar com ela enroscada no seu braço.

Nos frios espaços dos teus braços, ele se perdeu nas carícias da água e dormiu escutando em vão o silêncio da respiração dela.

Tentou se mexer sem fazer com que Giovanna acordasse, só para marcar na memória como uma fotografia a face tranquila dela dormindo. Sua respiração, seu corpo relaxado e também nu tão próximo do seu.

Era realidade. Graças a Deus, a realidade. O beijo real, o corpo real, o prazer real, o gemido real. Sorriu e só poderia sorrir.

Todas as sensações eram à flor da pele, vividas e vivas. Tão presente como o corpo físico misturado ao seu, tão necessário quanto o coração que pulsa, tão natural quanto as folhas que caem em todo outono.

Sentiu os pelos do seu braço se eriçarem, sentiu o sangue correr suas veias, sentiu a textura no tocar por meio de seus dedos e sentiu o corpo reclamar de fome, o lembrando que após chegarem em casa ambos foram suas refeições carnais. Não comeram nada e nem pensaram nisso, o único gosto que ele sentiu foi de Giovanna. E que sabor.

O sono pesado foi resultado de uma manhã toda na cachoeira e logo depois mergulhar no prazer que era aquela mulher.

Se aproximou do rosto dela lhe dando cheiros e leves beijos, enquanto sua esquerda fazia um carinho singelo nos cabelos dela. Os atos unidos fizeram com que ela despertasse, devagar e calma.

Ouviu um resmungo manhoso vindo da mais nova e sorriu ainda mais.

- Desculpa, não resisti ver você tão linda dormindo. - disse num sussurro, tirando um sorriso tímido dela.

- Já é de manhã? - ainda de olhos fechados ela perguntou.

- Não, ainda é madrugada!

- E por que tá acordado, homem?

- Despertei e fiquei aqui te olhando.

- Hum! - se aconchegou mais ainda nele. - Será que tem alguma coisa pra comer? - após um bocejo, ela disse, fazendo ele rir.

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