Madison Bennett é uma mulher que sofreu milhares de traumas em sua vida. E um deles foi um relacionamento abusivo que ela nunca superou de verdade.
Mas quando seus olhos se encontram com a dona do par de olhos oceânicos mais lindos que ela já viu, s...
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Acordei faz algumas horas e ainda não saí da cama. Estou a um bom tempo encarando o teto escuro do meu quartossem conseguir mover um músculo.
O barulho do despertador invade meus ouvidos, mas já faz um tempo que ele fazia seu trabalho à toa, já que sempre que ele toca, eu já estou acordada.
Desligo aquele som irritante e tomo coragem para finalmente me levantar. Quando meu pés tocam o chão, sinto arranhões indolores neles.
Era Shark, ele sempre fazia isso quando eu acordava. Pego o animal no colo e ele começa a lamber meu rosto inteiro. Ele era tão adorável.
A única razão de eu ter sorrido desde aquela conversa com Maddy. Não saí de casa após aquilo. Não respondo mais nenhuma mensagem e nem atendo mais ligações. Eu precisava ficar sozinha.
Desci até o primeiro andar com o cachorro ainda em meu colo. Vou até a cozinha e vejo seu pote de ração vazio. Ele me olhava como se pedisse por comida.
Encho seu pote com ração até a metade e no mesmo lugar, colocando Shark ao lado. Ele apenas cheirou a comida e saiu balançando a bundinha.
Cruzo os braços e balanço a cabeça em negação.
Subo as escadas e abro a porta do meu quarto, tossindo ao sentir um cheiro forte de cocô. Não acredito que ele fez isso.
O cheiro vinha de meu closet, e eu estava torcendo para que não venha de lá, porque deixei todos os meus tênis no chão.
Abro a porta do cômodo e o cheiro aumenta. Olho para o chão e vejo uma festa de bosta nos meus sapatos. Estava tudo cheio de cocô.
Cocô mole. Daqueles fedorentos e difíceis de limpar.
— Shark! — Grito alto sem nem me importar os vizinhos reclamariam depois. — Cachorro desgraçado.
Ele aparece na porta com um grande sorriso e o rabo balançando. Naquela hora eu quis devolver ele para o pet shop.
— Olha a merda que você fez. — Digo em tom firme, sem a voz fofa e fina que sempre faço quando falo com ele.
Ele se aproximou de mim se balançando todo, ele não sabia que estava brigando com ele por ser a primeira vez que faço isso. Se opoia em minhas pernas e pede por carícias.
Era tão lindo que eu quase não resisto a aquela carinha. Quase.
— Vá, está de castigo agora. — Aponto para a porta esperando que ele saia. Não foi o que aconteceu.
