damn feelings

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Eu estava sentada na cama do quarto de Finneas

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Eu estava sentada na cama do quarto de Finneas. Estava sozinha. Com uma caderninho na mão e uma caneta preta, rabiscando várias linhas em uma folha.

Algumas horas antes, eu estava com Finneas e Claudia na sala. Conversávamos sobre o casamento. Estava tudo ótimo, até meus tiques começarem a aparecer. Tanto que estava começando a me irritar.

Então Finneas me deu isso e saiu junto com sua namorada, ele me disse para sair do quarto quando melhorasse.

Eu odeio tanto essa desgraça de tourette. Sempre aparece quando eu estou com alguém. As vezes me dá vontade de me enterrar viva e ficar lá para sempre.

Já faz uma hora que estou sentada aqui rabiscando esse caderno. Já gastei cinco folhas com meus rabiscos enquanto penso mil coisas ao mesmo tempo.

Maddy ainda não saiu da minha cabeça. Nem por um segundo. Eu só queria que ela estivesse aqui agora.

Já faz duas semanas que eu não vejo ela. E também faz duas semanas que não durmo. Passo a noite pensando nessa garota. Talvez eu tenha me apaixonado pela pior pessoa que poderia me apaixonar.

Eu disse a ela que aquilo não passaria de sexo. Eu disse isso porque pensei que ela fosse se apaixonar. Nunca pensei que fosse o contrário.

Viro a página do caderno quando o espaço da folha tinha acabado. Mas dessa vez, não gastei aquela folha com rabiscos.

Bem no cantinho da folha, eu desenhei um coração e depois uma flecha no meio. E por fim, coloquei fogo em volta, como se o coração fosse um cometa que caía do céu. Tipo o cometa Halley.

Escrevo um M no meio da folha. Não tão grande, porém era bem notável. Porém decidi riscar. Eu tenho que esquecer isso. Tenho esquecer ela.

Eu não quero isso. E eu não quero quere-la.

Escrevo isso no papel. Embaixo do M riscado. Também escrevo outras frases. Algumas delas rimavam. E quando notei isso, percebi que isso poderia virar uma música.

Assim como eu fazia na adolescência. Nunca compus uma música de verdade, sempre tive dificuldade com isso. Finneas que fazia esse trabalho para mim. Ele escrevia e depois gravava um vídeo meu cantando sua música.

Nunca postamos aqueles vídeos. Na verdade, nem sei se ainda existem. E eu espero que não.

— Bill? -— Escuto a voz do meu irmão por trás da porta. Respondi apenas com um murmurro. Ele abriu a porta e me viu sentada na cama com o carro na mão. — Você estava demorando, fiquei preocupado. Melhorou?

— Melhorou já faz um tempo. Fiquei com preguiça de sair e acabei ficando aqui. — Respondo com um sorriso, me levantando da cama com o caderno na mão.

Eu queria poder terminar o que comecei. Talvez aquilo fique bom. Eu posso criar uma melodia boa, quem sabe, cantar para ela.

— Eu posso... Levar? — Levanto o caderno para que Finn saiba do que eu estou falando. — É que eu fiz uns desenhos aqui e queria terminar.

𝐀𝐋𝐋 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒 | ʙɪʟʟɪᴇ ᴇɪʟɪsʜ (cancelada temporariamente)Onde histórias criam vida. Descubra agora