CAPÍTULO 2

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M A N U E L A  A G U I A R 🌿

Se ele acha que eu vou voltar lá, ele está muito enganado. Além de ser um preguiçoso, é um arrogante e sem noção. Suspiro voltando pra casa, sentindo minha cabeça explodindo. Entro em casa vendo a tia na cozinha, indo até ela sorrindo abraçando ela assustando a mesma.

— Menina, que susto. — fala me fazendo gargalhar.

— Perdão, idosa.

— Você me respeita, Manuela. — sorrio concordando.

— Lá foi péssimo, o cara queria que eu fizesse trabalhos que ele não queria fazer, ou seja, se tivesse algum tipo de documento, o que eu iria fazer se ele não quisesse olhar? — falo irritada.

— Sinto muito, meu amor. — ela fala desligando o fogo.

— Tudo bem, irei continuar procurando. — falo sorrindo.

Subo para tomar um banho e vestir uma roupa confortável, suspirando frustrada por não ter conseguido nada, mordendo os lábios. Desço para jantar junto a minha família, aproveitando para estar ao lados delas, que são as garotas da minha vida, a minha mãe e minha irmã, minhas mulheres. Estava feliz, a Bruna conseguiu um trabalho com facilidade naquela cidade, e eu estava procurando a tanto tempo, que estava ficando sem esperança. Termino e aviso as duas que iria dormir cedo, para sair pra rua e tentar arrumar alguma coisa. Chego no meu quarto e me deixo naquela cama, gemendo de satisfação. O barulho irritante de notificação do meu celular se faz presente, me irritando.

Desconhecido: Se prepare para o inferno, você mexeu com o próprio diabo, garota.

Sinto meu coração acelerado, apenas apagando a mensagem e deixando o celular de lado. Eu tinha muito medo dessas coisas, pra mim a qualquer momento aquele nojento poderia me achar, e eu não queria isso, não queria ter que passar por isso novamente. Demoro a dormir, mas finalmente consigo fazer isso depois de tantos pensamentos medrosos e agoniantes.

Medo. Esse nome se fez presente em toda a minha vida, aquele medo de tantos anos me fez ter novamente aquela cena em minha cabeça. Acordo sentindo meu coração acelerado. Pego meu celular vendo que tinha mais uma mensagem, sentindo meu corpo tremendo. Aquilo estava me deixando em momentos de crises, e eu não tinha a coragem de responder para saber quem era.

Desconhecido: Eu sei onde você mora, logo iremos nos ver novamente!

Sinto meu rosto coberto de lágrimas, apertando o edredom negando sentindo aquele sentimento de angústia e medo me atingindo mais uma vez. Não poderia ser ele, não pode ser ele, ele não sabe onde eu estou, não sabe. Vejo a Bruna entrando no meu quarto, me abraçando sentindo meu corpo tremendo, apertando o corpo dela mostrando a mensagem que eu recebi, ouvindo ela falando que não era ele, que não poderia ser ele. Mordo os lábios me acalmando, deitando novamente querendo esquecer aquilo tudo.

Passou o dia e eu não tinha saído para comer nada, nem me mexi, estava na mesma posição desde que Bruna chegou aqui. Escuto a porta abrindo, vendo minha tia ali.

— Meu anjo, tem um homem aqui dizendo que é seu chefe.

A olho estranho, me levantando indo com ela até a sala, vendo um homem largo e alto, ficando até com medo, ele deveria ter quase 2 metros de altura, me tremendo por dentro. Desço por totalmente, ficando perto dele, fazendo ele virar.

— Porque não respondeu minhas mensagens?

— Que mensagens? — cruzo os braços.

— Que eu mandei — mostra o celular, vendo as mesmas mensagens de ontem e de hoje, suspirando aliviada.

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