CAPÍTULO 6

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M A N U E L A  A G U I A R🌿

1 semana depois...

Me arrependi. Se passou uma semana e o ogro do Felipe não parou de encher meu saco. Digamos que eu parei de responder ele e nem mesmo atendi as suas tentativas quando bateu na minha porta. Estava arrumando as únicas roupas, sapatos e maquiagem que eu tinha.

Bruna e a tia já sabiam de tudo, em um determinado dia eu disse que ia morar com o meu namorado, porém, Bruna era a única que sabia de toda a verdade, até mesmo do contrato ridículo do Felipe.

Estava esperando ele na sala com minha única mala, sorrindo conversando com minhas mulheres, ouvindo a campainha indo abrir vendo ele todo de preto ali parado.

Confesso que gosto demais de homens que ficam extremamente atraentes.

— Está pronta? — pergunta.

— Sim, é só isso. – mostro minha única mala.

— Tudo bem, vamos então. — pega a mala das minhas mãos, levando até o carro.

Dou um abraço nas minhas meninas, e vou até ele parando em sua frente, as vezes me assustando por ele ser tão alto. Entro no carro e ele dá partida dando uma última olhada para elas que estavam na porta me olhando sair. Suspiro me arrumando no meu lugar olhando para a janela. Desde aquele episódio do carro, a gente não se falou mais sobre nada, nem mesmo o contrato ou sua família que logo iriam saber sobre mim.

— Chegamos. — fala me olhando.

— Oh sim. — falo saindo olhando a frente de sua casa muito bonita. — Uau, sua casa é linda.

Sinto ele parado em minhas costas, percebendo o quanto o calor de seu corpo se transmitia para o meu. Vou andando com ele vindo atrás de mim, sorrindo ao entrar naquela casa tão grande. Tinha um espaço muito grande na sala e alguns empregados parados para receber tanto eu como ele também.

— Manuela, esses aqui são as pessoas que cuidam da minha casa. Gente, essa é Manuela, minha namorada. — fala e eu me mexo de leve ao sentir sua fala me atingir.

— Sejam bem-vinda. — disseram em coro, me fazendo corar.

— Obrigada a todos pela a recepção.

— Pessoal, a partir de hoje ela será a senhorita dessa casa, então tudo que ela quiser, vocês podem fazer sem pedir minha permissão. — fala sério.

— Sim, senhor! — disseram.

Eu estava a ponto de discordar, mas ele coloca sua mão em minhas costas nua, me fazendo sentir aquele choque me guiando para o quarto. Chegando lá, fico admirada com o tamanho do quarto, e o quanto ele era perfeito. Era uma cama de casal, e só de imaginar a gente ali, próximos sentindo o calor um do outro, meu corpo já acedeu de forma excitante. Olho a varanda, achando a coisa mais linda por ter um jardim logo de frete. Eu amava flores e adoraria cuidar das flores daquele jardim.

— Esse é o meu quarto, você pode arrumar suas roupas ao lado das minhas, mas só não desarrume as minhas. — falo com sua cara seria de sempre.

— Tudo bem. — falo pegando minha mala, colocando encima da cama, pegando de uma por uma e arrumando.

— O almoço logo será servido, caso queira me fazer companhia, estarei no meu escritório no andar de baixo. — fala saindo.

Ele estava muito estranho. Não foi arrogante e nem irritante. Tem caroço nesse cuscuz e eu vou descobrir o que é. Termino de arrumar minhas coisas e desço procurando a tal sala, batendo na porta de cada uma, ouvindo finalmente ele dizendo para entrar. Ao entrar, vejo sua sala repleta de bebidas, mordendo os lábios tremendo um pouco. Eram muitas bebidas, e eu não estava acostumada com aquilo tudo, por motivos específicos.

— Você bebi? — pergunto baixinho.

— Sim? Se eu não bebesse, porque eu seria o presidente de uma empresa de bebidas?

— Você bebi para ficar bêbado, Felipe?

— Quantas perguntas, Manuela! Sim, eu fico bêbado as vezes, por quê? — me olha.

— Eu não quero isso, Felipe, por favor.
Quando acho que ele vai ser arrogante comigo, ele dá uma gargalhada alta o que me assusta. Ele estava rindo pelo o meu pedido e eu paro para pensar que eu não deveria exigir nada, ele estava no direito dele e era a vida dele, eu que estava sendo a invasiva ali. Mordo os lábios o olhando ouvindo ele parando de rir aos poucos.

— Se você acha que eu vou parar de fazer isso está muito enganada, nenhuma mulher vai me fazer parar de beber. — fala sério.

Suspiro saindo de sua sala sem falar nada e vou para nosso quarto, deito na cama ficando ali um bom tempo pensando nessa merda toda. Eu não estava com condições nenhuma pra ver aquilo. Eu odiava bebida, pois pessoa bêbadas fazem atrocidades que podem se arrepender ou não. Suspiro sentindo um sono me dominando aos poucos, acabando por dormir.

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