CAPÍTULO 3

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F E L I P E  A N D R A D E 🌿

Quando eu vejo ela daquele jeito, meu corpo esquenta e eu não sei se é por ter a ideia de que se não fosse eu, poderia ser outra pessoa. Só de pensar nisso já perco o meu controle, o resto que eu tenho na verdade, porque essa garota já acabou com tudo.

— Lembrar de adicionar que eu te proibido de aparecer assim, principalmente para abrir uma porta, Manuela.

— Você não manda em mim. — falo cruzando os braços.

— Mas vai ser minha namorada, e você aparecer assim para atender alguém, vão ficar falando de você, você sabe como é essa cidade. — Fala sério, fazer todo o meu corpo reagir imediatamente.

— Tudo bem, me desculpa.

— Cadê o contrato, pegue-o pra mim. — manda.

— Você é muito mandão. — falo subindo aproveitando para vestir uma roupa confortável pegando o tal papel.

— Ainda bem, já estava ficando impaciente.

— Não demorei nem 2 minutos, preguiça.
— Tenho que te lembrar que você vai passar a morar comigo. — me olha.

— Isso não estava no contrato.

— Está sim, se você olhasse direito, teria visto.

Coloco as mãos na cintura desacreditada, mordendo os lábios revirando os olhos. Eu muito fodida e eu nem saberia o que dizer para minha tia e a Bruna. Suspiro passando a mão no cabelo sentindo meu corpo reagir de uma forma negativa.

— Preciso ir agora? Não posso ir daqui a uma semana?

— Pode ser, não me importo.

Claro que não, ele se importa só com ele mesmo. Babaca idiota.

— Mas uma coisa. Porque você estava com seus olhos vermelhos quando cheguei aqui mais cedo?

Imediatamente me lembro da crise que tive minutos antes dele chegar por causa do suposto número ser do homem que matou minha mãe. Eu não queria ter que lembrar disso nunca mais ou dizer isso para mais alguém, ainda mais ele que eu não conhecia. Aperto meus dedos olhando para ele e para a televisão algumas vezes, arrumando um jeito para falar ser parecer grossa, por mais que ele não esteja merecendo, já que desde que me conheceu é todo idiota e ogro.

— Estava assistindo filme onde o cara morre no final, já ouviu falar de “a culpa é das estrelas”? É meu filme preferido, então eu estava assistindo para relaxar.

— Não assisti e já odeio. — faço careta. — você relaxa chorando? — ele pergunta me fazendo rir baixinho.

— Não é isso, é o fato do personagem principal morrer. — falo o olhando.

— Tá bom, não quero saber. Em uma semana você vai para a minha casa, lembre-se de se programar mais cedo.
— Por que?

— Eu que venho te buscar com suas roupas e essas coisas de maquiagem e sapatos. — falo indo até a porta.

Vou com ele, mordendo os lábios abrindo para ele sair, percebendo que ele estava olhando pra minha boca, provavelmente pela a mania de mordendo os lábios em alguns momentos não muito agradáveis. Dou uma leve tosse, fazendo ele despertar de seu momento dando a volta e saindo sem se despedir. Esse cara tinha um problema sério em se despedir.

Me sento no sofá pensando o quanto minha vida iria mudar, e eu nem sei o que esperar disso, mas espero que seja algo bom para todo mundo, pelo menos para dóis dois. Vou para meu quarto, ligando a televisão, pegando meu celular para ver se tinha alguma mensagem, e tinha, várias.

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