CAPÍTULO 15

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F E L I P E  A N D R A D E 🌿

Fiz por ela, ela me pediu e eu fiz porque não queria que ela ficasse desconfortável com aquilo. Eu não a odeio, só não sei expressar certamente os meus sentimentos. Sempre fui assim, me custa acreditar que em meio a tanta coisa, eu ainda pareça uma criança que não entende muito das coisas. Manuela era tipo um furacão, por onde ela passa ela me deixa de cabelos em pé. Estou de cabelos brancos, estão vendo?

Eu fiz isso porque eu sabia que não seria algo bom pra ela. Ela detesta e eu a gosto. Sim, estou começando a gostar daquela tampinha mal humorada. Mas eu não sabia como expressar isso por ela. Eu era muito diferente dos príncipes encantados que ela esperou durante toda sua vida. Desde que ela chegou aqui, tento o máximo agradar ela, mas acabo sendo sério demais e um pouco arrogante. Tudo bem, talvez eu seja bastante arrogante.

Fecho finalmente a porta, e vou indo em passos lentos até próximo a ela, colocando minhas mãos no bolso, mordendo os lábios esperando que ela perguntasse a tão sonhada pergunta que toda pessoa faz. Séria agora ou eu teria que esperar mais um pouco? Certo, arrogante e irritante.

— Porque você fez isso? — pergunta em um sussurro.

— Você disse que não gostava e eu quis me desfazer dela, quero que você tenha essa casa como sua agora e também tem direito de querer ou não querer algo aqui dentro. — diz sério.

— Mas não dá suas bebidas.

— Principalmente delas.

— Porque?

— Manuela, você faz parte da minha vida, agora, você tem direito a tudo, principalmente sobre mim.

Ela me olha e solta um sorrisinho que me deixa desnorteado. Eu não sei como agir, não sei o que dizer ou fazer. Ela estava me deixando um adolescente bobo e tímido, e as vezes eu não gostava nada disso, por isso muitas vezes eu era um babaca completo. Deixo ela na minha sala indo tomar um banho quente. Depois de me arrumar tão bem, volto a sala procurando a baixinha perdida.

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