CAPÍTULO 11

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M A N U E L A  A G U I A R 🌿

Fica difícil expressar minhas sinceras atrações pelo o cara que dormia do meu lado todos os dias. O Felipe tinha um jeito físico que era um verdadeiro galã de filme de romance adolescente. Às vezes eu pegava ele sem blusa e eu simplesmente estava me perguntando quando eu poderia imaginar que um velho desse estaria tão bem fisicamente.

Seus músculos, sua altura, ele era realmente um pedaço de mal caminho e digo tranquilamente, também poderia ser meu pior pesadelo, então eu poderia me contentar com isso. Mas o que fazer quando ele deixa sua arrogância falar mais alto que um cara romântico que ele tem escondido atrás daquela arrogância toda.

Eu queria chamá-lo, para passar um tempo comigo, mas o medo de receber mais que um “não” era evidente no meu rosto. Eu sei que o senhor preguiça tem seus momentos, mas eu gostaria de aproveitar quando ele estava de bom humor, porque eu poderia usar para meu benefício próprio. Mas eu não poderia, ele não gostaria.

Coloco uma música em um volume considerável baixo, e coloco uma música que tinha uma batida boa que se chamava “Party Monster” do cantor The Weeknd. Fico na cozinha mexendo nas coisas que tinha ali, me perguntando se o Felipe ficaria irritado ou não, mas eu sinceramente estava pouco me importando com isso, ele já se estressa sem fazer nada, imagina fazendo.

Tomo um susto ao sentir mãos grandes me envolvendo, fazendo com que eu soltasse a faca na bancada. Olho por cima do ombro, dando de cara com aqueles lábios com um sorriso cafajeste, me fazendo revirar os olhos. Ele é tão fodidamente lindo e cafajeste que eu às vezes me esqueço o quanto ele pode te conquistar com um sorriso.

— Se quer me matar é só avisar! — falo olhando pra ele.

— Posso até tentar, mas não vai ser agora, talvez em uma foda suja e suada.

Nego sem conseguir conter um sorriso, o Felipe estava tendo suas atitudes de safadeza, e eu não conseguia controlar. Volto a cortar os legumes que estava cortando antes, pedindo um ajuda e ele aceitando sem nenhuma pressão da minha parte. Eu não era tão boa com cozinha, mas conseguia fazer umas coisas gostosas.

Não sei em que momento o senhor preguiça abriu uma garrafa de vinho, me fazendo fazer careta, e ele acabava rindo alto. Eu realmente não teria nenhum problema com isso, pois, desde que ele ficou sabendo da minha história, ele tomou cuidado com o excesso de bebida em casa. Sorrio e coloco tudo na panela com a água fervendo.

— Achei que você ia me ajudar, não estou entendendo.

— E eu vou, só estava querendo abrir uma garrafa de vinho. — dá de ombros.

— Oh sim, com certeza!

Ele beija minha bochecha e começa a fazer algumas coisas que eu pedi. Depois de longas olhadas, ter Felipe só com um bermuda com a metade de sua cueca Calvin Klein a mostra e seu peitoral a exposto em uma cozinha onde eu tinha uma vaca, era bastante perigoso. Ele não tinha nenhum cuidado com a sanidade de uma pobre garota. Literalmente pobre.

A gente ficou rindo e conversando, entre beijos e carinhos. O Felipe estava me fazendo sentir coisas que eu nunca achei que sentiria por um homem, não depois do que eu passei com aquele homem que um dia eu considerei ele meu pai. Ele me faz se sentir nas nuvens, e mesmo que um dia ele possa acabar com tudo, eu ainda sinto que posso gostar dele como estou gostando agora.

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