"Infelizmente o vilão sempre tem motivos para ser quem é."
○
○
○
———————
12:30PM
————A MANHÃ irrompeu com a luz pálida filtrando pelas cortinas, revelando Vincent acordando lentamente apertando seus olhos diante o enorme feche de luz que invadia seu rosto. Sua mão instintivamente encontrou o abdômen, onde as cicatrizes do sequestrador contavam a história silenciosa de sua luta. Uma dor lancinante ardia sobre o local trazendo consigo as memórias da tortura que havia suportado.
Com cuidado, ele se levantou, determinado a enfrentar mais um dia marcado pela dor física e emocional. Seu passo hesitante o conduziu ao banheiro, onde a frieza do azulejo contrastava com o calor da agonia. Encarou seu reflexo diante ao espelho se negando sentir aquilo novamente, com certa hesitação levantou a camisa até a altura de seu rosto, e a segurou com a ponta de seus dentes, enquanto silenciosamente desenrolava a faixa. Assim que encarou as letras desenhadas em seu corpo instantaneamente se sentiu sujo, sujo por ter deixado tudo aquilo acontecer sem nem ao menos ter tentado lutar.
Respirou fundo e com a mão esquerda deslizou a até a gaveta do pequeno gabinete, minuciosamente a puxou retirando um gaze de dentro da mesma, agradecia mentalmente por Margot ser cuidadosa ao ponto de ter um kit medico em seu banheiro. Abriu o pacote e em seguida o puxou colocando sobre sua cicatriz. Mas ao sentir o atrito causado, uma dor o fez grunhir involuntariamente, transformando sua luta solitária em uma sinfonia de aflição.
Do outro lado da porta entreaberta, Margot despertou, seus ouvidos capturando os grunhidos dolorosos. Abriu os olhos lentamente assim podendo enxergar a visão, seus olhos percorreram por todo o corpo de Vincent até parar em seu rosto, que visivelmente transmitia sua dor. Com certa preocupação, ela se levantou seguindo os sons que a guiaram até o banheiro.
A morena então abriu a porta por completo assustando o garoto que novamente havia soltado outro grunhido de dor. Sem palavras, Margot se aproximou e, com mãos suaves, interrompeu a batalha solitária de Vincent. Seus olhos encontraram os dele, comunicando mais do que as palavras poderiam expressar. Enquanto ela o ajudava a trocar o curativo, criando um elo silencioso entre ambos, mostrando o quanto entendiam a dor e a preocupação do outro.
–Ta tudo bem, você não precisa fazer sozinho.– Vincent hesitou em deixar a garota continuar o trabalho, se sentia envergonhado de seu corpo e o estado de vulnerabilidade em que estava.
–Desculpa, eu não queria te acordar..–Murmurou vendo a mesma negar com a cabeça, suas mãos agéis fazia o trabalho melhor que o do moreno, que aos poucos apenas aceitou. Ainda sim sentia pequenas dores quando a pomada ia de encontro com seu machucado, o fazendo soltar mais gemidos de dor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙱𝙻𝙾𝙾𝙳𝚂𝙷𝙾𝚃 - 𝐇𝐀𝐋𝐋𝐎𝐖𝐄𝐄𝐍
HorreurEm uma típica noite de Halloween quatro garotas decidem ir a uma festa que possui todo mês neste exato feriado, o que não esperavam era que todos daquele lugar guardavam um gigante segredo, e que logo todas estariam enroladas nesta teia sem fim. A f...