Abro a geladeira em busca de algo para comer. Encontro uma tigela com alguns morangos frescos, e decido que seria aquilo que eu iria comer. Pego os morangos de dentro da geladeira, os deixando em cima do balcão da cozinha, enquanto pego um suco de laranja para acompanhar.
Pego novamente a tigela e caminho até a sala, me sentando no sofá e colocando alguma coisa para passar na TV, apenas para ter algum som de fundo.
-Estamos saindo, filha. Até mais tarde - mamãe diz, passando pela porta da sala, junto de Natanael. Desde o incidente, mamãe parece estar mais distante que nunca. Não que em algum momento nós realmente tenhamos sido próximas, mas agora, ela nem faz mais questão de fingir se importar.
-Até mais tarde - respondo, com um pequeno sorriso.
Enquanto como os morangos, noto uma notificação de mensagem. Assim que abro a mesma, para ver quem era, tenho uma surpresa. Era Jacob, meu ex namorado, avisando ter voltado do intercâmbio. Uma curiosidade latente me levou a continuar a conversa, perguntando como havia sido sua viagem, ou como as coisas seguiram desde a última vez que nos vimos.
A troca de mensagens flui, inocente á primeira vista. Jacob conta sobre os lugares incríveis que ele visitou enquanto estava na Holanda. Os diversos museus e postos turísticos, até mesmo os que algum dia planejamos ver juntos.
Conversa vai e conversa vem, Jacob propõe sairmos mais tarde. Apesar do fim do nosso relacionamento, terminamos de maneira muito saudável, então não teria problemas de um encontro entre amigos que não se veem a bastante tempo.
-Você não vai mesmo - me assusto com uma voz masculina pousando logo atrás de mim.
-Isso é invasão de privacidade - digo, rapidamente escondendo o celular.
-Você não vai sair com esse babaca, né? - Tom insiste, de maneira séria.
-E se eu for, o que você tem haver com isso? - digo, sem dar a mínima para o garoto.
-Eu conheço esse garoto. Ele não é boa pessoa. Você não vai sair com ele, Penélope.
-Eu também conheço ele, Kaulitz. E outra, mesmo que não conhecesse, eu já sou de maior, sei muito bem governar minha própria vida - digo, me levantando do sofá.
-Penélope, é para o seu bem. Esse garoto não presta. Você não vai sair com ele, e pronto - ele diz, franzindo o cenho.
-Pouco me importo com o que você pensa. Eu vou sair com ele, Tom - altero a voz, enquanto dou meia volta para me afastar do garoto.
-Eu estou mandando, Penélope - o garoto segura meu braço, impossibilitando que eu continuasse a me afastar.
-Você não manda em mim, Tom. Quantas vezes eu vou precisar repetir isso? Me solta agora - meu sangue borbulhava de raiva, enquanto me contorcia tentando me soltar do garoto.
-Eu só solto quando você cancelar essa merda com ele - Tom insiste, frio.
-Vai sonhando, Kaulitz - rio, de maneira sarcástica, ainda tentando me soltar.
Em meio à ridícula insistência de Tom e a luta para tentar me soltar do aperto forte do garoto, desfiro um tapa no rosto de mesmo, em um momento de impulso para sair dos seus braços.
O garoto finalmente solta meu braço, e um silêncio ensurdecedor ecoa por toda a sala, enquanto nossos olhos se encontram de maneira fixa.
Meu corpo treme ao perceber o que havia acabado de fazer. Eu não queria ter batido no garoto, apenas queria sair dali.
-A culpa é toda sua, Tom. Se você tivesse me soltado quando eu pedi, isso não teria a.. - antes que eu pudesse terminar a frase, sinto meu rosto queimar. Num impulso de raiva, o garoto revida o tapa, com a mesma intensidade.
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Meu Irmão é Meu Cliente
Fiksi PenggemarNo abismo do desprezo, suas almas dançam uma valsa perversa. Nas mentiras entrelaçadas em um romance proibido, o amor emergiu como uma flor venenosa , florescendo na escuridão da desesperança.