Pov's Tom
Flashback on
A tensão no ar era quase palpável quando os olhos raivosos de Penny se encontram aos meus. Eu sabia que as coisas tinham saído do controle, mas uma mistura de ciúmes e preocupação escurecia meu raciocínio. O cheiro do cigarro se misturava com a ansiedade enquanto eu esperava por uma resposta.
A garota confronta, questionando minha presença na varanda. Mas, ao invés de me afastar, a proximidade aumentou. Suas palavras, carregadas de raiva, ressoavam na minha mente. Eu queria explicar, mas o orgulho e a raiva se intrometiam.
-O que diabos você está fazendo aqui, Kaulitz? - ela pergunta, indignada.
-Onde você passou a noite? - ignoro sua pergunta, focando apenas no que me consumia.
Ela acusou possessão, mas eu insisti que era preocupação. Cada palavra lançada era como um soco.
Num impulso, ergo a mão, sentindo sua pele quente e macia, delicada como porcelana. Eu sabia que estava cruzando limites. Invadindo espaços. Mas o desejo e a incerteza misturavam-se, tornando difícil resistir.
-Você não faz ideia do que é perigoso, Penélope - sussurro.
Ela retruca, afirmando que não ser minha posse. Eu sabia que aquilo não mudava nada, mas a tensão crescia. Em um momento de fraqueza, nos encontramos em um beijo desesperado. A batalha silenciosa tomou forma na cama, com a raiva e a luxúria se entrelaçando.
Quando a garota consegue romper o beijo, a clareza volta quase que instantaneamente. Eu queria justificar, dizer que não significou nada, mas suas palavras ecoam no quarto.
-Isso não significou nada, Tom - Penny sussurra, buscando fôlego.
Meu olhar encontra ao dela, revelando confusão e arrependimento. Eu sabia que não podíamos apagar o que aconteceu, mas a linha entre certo e errado era agora uma corda bamba.
-Talvez você tenha razão, Penélope. Mas não consigo simplesmente ignorar essa merda toda - admito.
O silêncio tenso persistia e as palavras não ditas pesavam no ar. Quando ela ordena que eu saísse, o arrependimento me atinge como num tiro.
À medida que Penny me empurrava para fora do quarto, o impacto da realidade começava a me atingir. A raiva dela estava justificada, e eu me encontrava em um emaranhado de emoções confusas. O que havíamos feito não poderia ser desfeito, e a culpa se instalava como uma sombra sobre mim.
O corredor estava imerso em silêncio, apenas interrompido pelo som abafado de passos ecoando no piso. Cada passo era uma batida acusadora, um lembrete constante das minhas escolhas erradas.
No andar de baixo, a casa ainda estava mergulhada no silêncio gritante. A situação tinha tomado proporções que eu não esperava.
A sala de estar estava vazia quando desci as escadas. O cheiro de cigarro ainda impregnava o ar enquanto a culpa misturada com incerteza, martelavam em minha mente.
Enquanto caminhava em direção à porta da frente, pude sentir meu celular vibrar no bolso.
Uma mensagem de Penny?
Uma pontada de esperança surgiu, mas ao ler, percebi que era apenas um lembrete da situação.
"Isso não significou nada, Tom."
Suas palavras ecoavam em minha mente. Eu queria acreditar nisso, mas as consequências da nossa ação eram inegáveis.
Sentado no degrau da entrada, fico perdido em pensamentos. Onde tudo começo a dar errado?
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Meu Irmão é Meu Cliente
Fiksi PenggemarNo abismo do desprezo, suas almas dançam uma valsa perversa. Nas mentiras entrelaçadas em um romance proibido, o amor emergiu como uma flor venenosa , florescendo na escuridão da desesperança.