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Richard on
Dias depois
Eu sentia o peso da preocupação em seus ombros enquanto se sentava na sala da casa de Maya. Ele olhava para o relógio de parede, percebendo que o tempo parecia passar mais devagar. Seu coração apertava cada vez mais a cada minuto que Maya se mantinha trancada no quarto, recusando-se a sair da cama e a cuidar da nossa preciosa filha, Lua.

Os últimos dias haviam sido um tormento para nós  . Uma discussão acalorada entre mim e Maya havia desencadeado uma série de eventos que levaram desde antes dessa situação via que ela estava mal por causa do puerpério,  Maya a se refugiar na casa de seu irmão, Veiga. Richard podia compreender a necessidade de Maya de encontrar um espaço seguro, mas sua preocupação era tanto pela minha   noiva quanto para o bem-estar da pequena Lua.

Veiga estava ciente da situação no quarto de Maya e tinha sido uma fonte de apoio durante esse período difícil. Ele via o meu desespero pela situação, Rafael se aproximou , colocou a mão em seu ombro

Ra- Richard, eu entendo o que você está passando. Maya tem sido um pouco instável ultimamente, mas eu também a conheço bem. Ela está passando por uma fase difícil e vai precisar de nosso apoio.

Olhei  pra Veiga  com gratidão e preocupação misturadas. Eu  sabia que se Maya não conseguisse superar essa fase, poderia afetar não só a ela mesma, mas também a felicidade e o bem-estar de sua pequena família.

R- Você acha que devo tentar convencê-la a sair do quarto?
Narradora on
Richard perguntou a Rafael, com uma pitada de ansiedade em sua voz. Rafael pensou por um momento antes de responder:

Ra- Acho que pode ser uma boa ideia. Talvez a presença dela aqui fora, em um ambiente familiar, possa ajudá-la a enfrentar os problemas de uma forma mais ativa. Vou falar com ela, mas preciso que você também se mantenha forte. Nós dois somos importantes para ela agora.

Richard agradeceu Rafael com um aceno de cabeça e sentou-se no sofá, esperando ansiosamente por notícias. Ele se perguntava como Maya estava se sentindo, se estava comendo adequadamente e se havia encontrado um pouco de paz em meio ao caos interior que a consumia.

Enquanto Richard aguardava, refletia sobre os momentos felizes que ele e Maya haviam tido até aquele ponto. Lua, a pequena bebê de ambos, era um raio de luz em suas vidas, mas era difícil ignorar as nuvens escuras que pairavam sobre eles recentemente.

Após uma longa espera, Rafael voltou à sala com um olhar preocupado no rosto. Ele se sentou ao lado de Richard e disse:

Ra- Richard, Maya está muito mal. Ela está completamente desanimada e não mostra interesse em nada. Nem mesmo a Lua consegue despertar a mesma luz nos olhos dela.

Richard sentiu um aperto no peito ao ouvir aquelas palavras. Ele sabia que precisava ser forte neste momento, tanto para Maya quanto para sua filha. Respirando fundo, ele respondeu:

R- Precisamos ajudá-la. Ela é a mulher que amo e a mãe de nossa filha. Vou fazer de tudo para trazê-la de volta à vida, à felicidade.
Rafael assentiu, mostrando seu apoio. Os dois homens entenderam que teriam que se unir e lutar pela recuperação de Maya. Juntos, eles criariam um plano para ajudar Maya a superar essa fase difícil e encontrar a luz no final do túnel.

Com determinação renovada, Richard e Rafael partiram em busca de uma solução. Eles sabiam que seria um caminho árduo e desafiador, mas eles se recusavam a desistir. Afinal, o amor e o apoio inabaláveis de uma família podem superar qualquer obstáculo que a vida coloque em seu caminho.

Richard on
Entramos no quarto vendo ela com um olhar triste e acabado olhando o berço onde esta a pequena Lua. Enquanto nos aproximávamos dela, Maya forçou um sorriso e tentou parecer bem. Eu sabia que era uma fachada também sabia que ela tava a dias sem sai do quarto . Ela era uma mãe de primeira viagem e, apesar de todos os momentos felizes com o bebê, sabia que a chegada de uma criança trazia desafios emocionais.

R- Maya, podemos conversar?

Perguntei, sentando-me na cama . Veiga seguiu meu exemplo e sentou-se no outro lado. Ela nos olhou com um olhar curioso e assentiu. Havia uma hesitação em seus olhos, mas ela sabia que poderia contar conosco.

R- Estamos preocupados com você.

Maya suspirou e abaixou a cabeça.
M- Eu... eu não sei o que está acontecendo comigo. Tenho me sentido triste, apática, e sinto que não estou aproveitando a maternidade como deveria, te ver distante é pior.

Veiga colocou a mão no ombro dela, confortando-a com um sorriso no rosto .
R- Maya, o que você está passando pode ser uma depressão pós-parto. Muitas mães passam por isso, e é importante buscar ajuda.

Maya chorou silenciosamente, e eu soube que havíamos tocado em algo profundo dentro dela. Mantendo-me calmo e amoroso, continuei:
R- Maya, você não está sozinha nessa jornada. Estamos aqui para apoiá-la em tudo o que precisar. Há profissionais que podem ajudá-la a lidar com isso.

Ela levantou a cabeça e olhou para nós dois. Havia um misto de alívio e medo em seu olhar.
M- Eu pensei que estava sozinha nisso,e estava, você estava tão distante . Tenho medo de ser uma má mãe, não to conseguindo lidar com tudo isso .

R- Eu sei que errei com você mas desculpa se errei com você

Ela ficou calada, me olhando com Lágrimas nos olhos

Ra- Ninguém está dizendo isso, Maya
Veiga interveio rapidamente, passando a mão em seus cabelos .
Ra- Você é uma mãe incrível. Você só precisa de um  apoio agora, por causa da distância entre você e a Lua e o Richard

Ficamos sentados ali, confortando Maya e discutindo como poderíamos ajudá-la melhor. Concluímos que o primeiro passo seria fazer com que ela procurasse um profissional de saúde mental especializado em transtornos pós-parto.

Naquela noite, decidimos que eu ficaria com Maya e cuidaria do bebê enquanto Veiga ajudaria a organizar as consultas e buscar informações sobre grupos de apoio. Assim, começamos nossa jornada para ajudar Maya a superar sua depressão pós-parto.

Enquanto Maya dormia profundamente depois de um cansativo dia, peguei-a nos braços com cuidado e carinho. Senti uma mistura de amor e tristeza, mas sabia que estávamos no caminho certo para ajudá-la. Com determinação, comecei a dar a Maya o banho que ela merecia, em uma tentativa de aliviar sua mente e alma.

Enquanto passava minhas mãos gentilmente pelo seu corpo, senti um vínculo ainda mais forte se formando entre nós. Prometi a mim mesmo que faria tudo o que estivesse ao meu alcance para ajudá-la a superar essa fase difícil, pois eu tinha sido um babaca com ela . E prometi que, juntos, superaríamos essa depressão pós-parto, trazendo de volta o sorriso genuíno ao rosto de Maya.

My Hermosa  - Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora