the sun is rising

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Passei meses presa no meu quarto depois de levar um tiro, e logo depois, tive que lidar com o término de relacionamento pelo homem que eu estava perdidamente apaixonada, foi como um nocaute na minha barriga. A forma como Oscar me deixou sem uma explicação concreta ou motivo cabível do porquê não daríamos certo, aquilo atormentava minhas noites. Ele simplesmente deixou meu coração amargurado e cheio de dúvidas.

Eu não estava conseguindo dormir no meu quarto, eu me sentia assombrada pela lembranças de spooky em minha cama, optei por dormir na sala. Meu pai acordava todas as madrugadas com os meus gritos, eu estava tendo febre alta e pesadelos a noite toda.

Eu não atendia mas a ligações dos meus amigos, na escola eu simplesmente ia para aulas, depois me escondia no banheiro feminino no intervalo e ao final das aulas eu fugia direto pra casa.

Minha abuelita e meu pai estavam preocupados comigo, eu podia escutar eles falarem no telefone sobre terapia, mas verdade seja dita, meu emocional estava destruído, é a única pessoa que podia amenizar minha dor, acabou fazendo uma cicatriz maior.

Eu não estava nem conseguindo comer direito ou me vestir adequadamente, era como se aquela cena do tiro e o término se repetia diversas vezes na minha minha mente. Algumas vezes era até difícil respirar parecia que eu estava me afogando diante de um grande oceano.

A noite, deitada no sofá, comecei a gritar e a me debater durante o sono, meu pai correu até a mim, colocando suas mãos em minha testa e medindo a minha febre:   —"Mija, você precisa se curar disso! Sei que está passando por um momento difícil, mas eu e sua avô estamos ficando preocupados. Você é uma garota doce, inteligente e cheia de sonhos pra trilhar. Olha o tamanho da sua força, você não pode se destruir por conta de um cara de gangue, que não agregaria em nada no seu futuro. Sei o quanto você estava apaixonada por esse rapaz, mas você sabe o que penso sobre os irmãos Diaz, eles não são dignos de sua preocupação e seu desgaste!"

Ao escutar aquelas palavras tão sinceras e duras dele, o abracei aos prantos: — "Me desculpa pai, nunca quis te machucar."

Meu pai passa suas mãos sobre meu rosto, enxugando minhas lágrimas e me olhando como se estivesse me repreendendo:  — "Filha, você nunca me machucou, por ao contrário, eu me sinto tão orgulhoso da garotinha que eu criei, não se culpe por algo que não fez, você é preciosa!"

Comecei a rir e ao chorar ao mesmo tempo ao escutar todas aquelas palavras doce e amáveis sair da boca do homem amoroso que tinha me criado sozinho com tanto respeito e amor. Enterrando meu rosto em seu ombro, finalmente eu tinha encontrando uma motivação para continuar.

El verano de los santos 🍁Onde histórias criam vida. Descubra agora