El verano de los santos 🍁

saboreando o momento

Alguns dias se passaram após meu episódio de bêbada na casa do Spooky, simplesmente acordei no outro dia envergonhada. Ele me levou até em casa, mas a tensão entre nós, estava diferente... O rosto do Oscar o entregava descaradamente, parecia que ele queria dialogar sobre algo que aconteceu antes de eu ter desmaiado daquele jeito, mas ele era durão demais pra se expor emocionalmente, então naquela manhã, ele apenas me deixou em casa e foi embora, sem dizer qualquer palavra, eu também quis evitar, parecia o certo a se fazer no momento.

(...)

Meu trabalho na lanchonete tinha dobrado, comecei a largar tarde e ir com pouca frequência na casa dos irmãos Diaz, quase nem ia na verdade, por conta de alguns trabalhos escolares e o expediente extra tinha consumido todo o meu tempo. Fora o castigo que eu estava por ter saído sem avisar a minha abuelita lete.

Em uma terça-feira ao sair de casa e arrumada para ir pro trabalho encontrei um garoto da minha aula de química, James, um garoto negro inteligente, com seu cabelo black power e aquela marra de metido igual aos outros garotos do meu bairro.

Eu e ele sempre íamos conversando a caminho do trabalho até porque a lanchonete em que eu trabalhava ficava perto do emprego dele, eu achava divertido esses momentos pois as horas passariam mais rápido, até o dia que spooky resolveu mudar aquela situação toda.

Flashback

Um dia Spooky andou pareando a caminho da minha casa, eu não tinha ido as aulas prometidas ao César, e claramente ele notou a minha ausência, alguns dias ao dirigir seu impala vermelho na rota perto da minha rua, ele me viu caminhando e conversando com Jay como se fossemos íntimos. Spooky ficou intrigado e ele pretendia resolver aquela situação.

Fim Flashback

Era quarta-feira da noite, o tempo estava frio e chuvoso, finalmente uma boa ventania e umidade para resfrecar o meu quarto. Ao chegar do trabalho cansada, só tive forças pra mandar mensagens de texto pro César e a Monse, descrevendo o quanto sentia falta deles e como eu não via a hora de sair do castigo, para nos reunirmos.

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Recém saída do banho, me dei por luxo aquela noite passar hidratação em meus cachos e uma loção corporal ao cheiro de frutas doce como morango e framboesa. Ao sair do meu room com um cardigan preto e uma saia confortável, meu mini rádio portátil ligado ao som de (pray for me - lekan), a noite seria calma como planejada: o silêncio era satisfatório. Até escutar Spooky dar alguns batidas de toc toc na janela do meu quarto. Corri ligeiramente em sua direção, assustada e sem entender o porquê dele estar alí aquela hora da noite.

—"Spooky o que está fazendo aqui?" - sussurrei baixinho, abrindo devagar a janela do meu quarto, fazendo um shiii como um comando, porque se minha abuela o encontrasse no meu quarto comigo naquele trajes de dormir, estaríamos literalmente muertos.

Oscar entrou devagar pela janela, se colocando perto da cômoda, ficando em pé perto da cabeceira, analisando cada cantinho do quarto, abrindo um sorriso no canto da boca ao ver minha fotografia de quando era criança, vestida de bailarina, depois encarando os quadros dos meus rappers favorito de Los Angeles, também alguns quadros de pintura a óleo relacionado a cultura mexicana. É por fim a imagem de Jesus Cristo perto da cômoda.

Cruzando os braços ao se encostar perto da cabeceira, me encarando impaciente, era nítido que ele estava irritado com algo, que eu não fazia a mínima idéia do que seria.

  —"Você não apareceu lá em casa para dar as aulas prometidas ao César? O que aconteceu? — Ele sussurrou no tom alto e irritado.

—"Shiii, minha abuelita pode escutar. Estou com o expediente dobrado na lanchonete, liguei pro seu irmão, já tinha comentado sobre isso com ele, até te mandei mensagens de textos, mas você não me respondeu, cholo." - sussurrei ofegante, revirando os olhos e observando a frustração no rosto do Oscar.

—"É o cara que te acompanha todos os dias perto do seu trabalho, qual é a dele? Ele está te incomodando?" — Disse ele se aproximando de mim de maneira sorrateira e supondo algo apenas com o olhar.

—"Oscar, sério?! Você realmente veio aqui a essa hora da noite por conta disso, ele é um amigo do trabalho. É como sabe disso? Você está me seguindo de novo?" — O encarei e o questionando, o seu silêncio o entregou por alguns minutos enquanto desviava o rosto. Aquele era o jeito do Spooky de dizer que se importava com o meu bem-estar.

—"Talvez, não chica, não sou estúpido a esse ponto, fiz um rota de carro por onde você vai todos os dias para trabalhar, e te vi caminhando lado a lado com aquele idiota!"

Revirei meus olhos novamente ao ver ele falar em um tom grosseiro, não medindo tempo e nem espaço, fui o afastando com as mãos em seu peitoral e o aproximando até a janela: —"Ok, está na hora de você cair fora, está tarde, cabrón."

Oscar segurou um das minhas mãos, a retirando do seu peitoral, me olhando chateado por expulsa-lo do meu quarto,  até sentir ele entrelaçar seus dedos aos meus.

Ele começou a me encarar, tentando buscar algo em meus olhos... Sentindo intensamente um arrepio em cada parte do meu corpo, a tensão em nossa olhares com o entrelaço de nossos dedos, droga! O que estávamos fazendo! — Pensei.

Os olhares perdidos do Spooky, o entregava novamente, parecia que tínhamos algo inacabado desde da festa dos Santos, ao aproximar meu corpo junto ao dele, encostando nossos nariz, roçando devagar e encarando nossos lábios tão próximos. Oscar colocou uma de suas mãos em minha cintura, sussurrando baixinho com a voz rouca e o cheiro de maconha em sua camisa: —"Você não sentiu isso aquele dia en la fiesta?

—"Sim, eu senti." — murmurei baixinho, hipnotizada com cada traço de seu rosto, inclusive sua tatuagem de lágrima perto do olho. Eu estava negando, tentando jogar a merda pra debaixo do tapete, mas aquela noite tive que ceder, com toda aquela tensão no quarto era esperado. Os lábios do Oscar encostando no meu, me apoiei em seus ombros, ficando na ponta do pé, tocando meus lábios ao seu, fechando meus olhos lentamente, sentindo iniciarmos um beijo de língua e devagar, nossas bocas se encaixou perfeitamente. Sua língua deslizava sobre a minha com excitação, não conseguíamos parar.

De repente, em questão de segundos, Oscar me apertou com força em seu corpo, levando uma de suas mãos por dentro dos meus cachos, segurando minha nuca com firmeza, nossos corpos assumiu o ritmo, o beijo de lento e ofegante foi para rápido e intenso. Grudando seu corpo ao meu como ímã. Ele percorreu uma de suas mãos até minha bunda, levantando a parte traseira da minha saia, minha bunda estava totalmente livre e exposta, apenas de calcinha de renda preta. Spooky fitou seu dedos entre o tecido, em seguida a apalpou com força, cravando sua mão.

—"Mmmm." - gemi entre o beijo, ao sentir sua força bruta, logo, colocando meus braços envolta de seu pescoço com leveza, deixando as alças da minha blusa cair sobre meus ombros. Ele me encarou excitado, me levantando bruscamente, caminhando comigo em seu colo em direção ao final da minha cama enquanto continuava a me beijar desesperadamente.

Aquela noite, nos beijamos, roçamos nossos corpos e trocamos carinhos até de madrugada. Sexo estava prestes à acontecer, até o César ligar preocupado. Oscar saiu pela minha janela por volta das 01:30 da madrugada, prometendo que viria ao meu quarto constantemente, daquele dia em diante.