daydream

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Os dias em Freeridge havia sido calmos e parados, um ano praticamente se passou, mudei um pouco meu visual, fui de garota chicana, a gótica em um ano. Monse tinha ido morar com a mãe, mas nós falávamos todos os dias por skype ou eu ia visitá-la no finais de semanas. Meu relacionamento com os irmãos Diaz acabou desde da última briga com Oscar, eu não tinha os vistos, ainda tentei me aproximar de novo do César, mas ele tinha mudado totalmente. Ele resolveu se dedicar ao Santos juntos com o pendejo do seu irmão.

Minha abuelita estava certa esse tempo todo, eles nunca foram uma boa escolha, precisava abrir de mão deles. Eu larguei o emprego na lanchonete, consegui um estágio em jornalismo em shopping próximo ao meu bairro, fiz alguns amigos de trabalho, especialmente meu antigo amigo de escola: James, ele era tão companheiro mas não tínhamos tentado nada, apenas flertes e whisky depois do expediente.

Finalmente tinha chegado a véspera de Natal, meu bairro estava mais iluminado que de costume, voltando de metrô depois do expediente no trabalho, notando um parque de diversões montado na esquina, o cheiro de pipoca caramelada me chamava afff!

Despreocupada e com meu fone de ouvido ao som de the game, indo até o pipoqueiro, comprando uma caramelizada, ao caminhar enquanto degustava a pipoca, observando algumas crianças correndo pelo local , pessoas se divertindo no bate bate, parando em frente a roda-gigante, continuei a observar as luzes coloridas no carrossel, até direcionar minha visão em direção a barraca de tiro, lá estava ele, Oscar, junto ao Sad eyes no local.

Vestido em uma bermuda larga na cor acinzentada, uma camisa tanque xadrez, suas meias brancas até o tornozelo, por um momento de nostalgia, me peguei revivendo as lembranças dos seus toques em meu corpo, me reaprendendo mentalmente, mas antes que eu tentasse sair de fininho daquele lugar, Sad eyes avisou quem estava parada perto da roda gigante, encarando em direção a eles.

Oscar me encarou a distância, ficando surpreso, falhamos miseravelmente ao tentar desviar nossos olhares, era tarde, meu corpo havia congelado, nervosismo por vê-lo depois de um ano, o encarei por mas alguns minutos, retornando ao eixo, me virando de costas rapidamente, não pensei duas vezes, eu precisava ir embora.

(...)

Após minha saída do parque, caminhando devagar pelo meu bairro, faltava dois quarteirões, mas uma chuva repentina, tinha me feito se sentir trouxa por ter esquecido a droga do meu guarda-chuva. Correndo em direção a primeira árvore da esquina, tentando não me molhar mas estava praticamente toda encharcada. Reparando um impala vermelho na cor cereja e familiar estacionar em frente aonde eu estava.

Oscar abaixou o vidro do carro e me olhou meio apreensivo:  —"Olívia, entra aqui, eu te levo até em casa, o temporal está forte, chica!" — Ele falou, acenando com cabeça e abrindo a porta do carro.

Naquele momento a única que eu pensava era, que não podia ficar gripada ou pegar algum tipo de resfriado, entrando em seu carro, me colocando no banco da frente, jogando minha bolsa sobre meus pés enquanto tirava meu casaco junto com a touca, deixando meus cachos volumosos exposto, ficando apenas com a minha regata branca, que estava transparente por está toda molhada. Oscar me olhou de relance, mas dirigindo em direção a minha casa. O silêncio dos dois quarteirões naquele Impala foi inevitável. O vendo se aproximar perto da minha rua, afirmando baixinho e com voz meia envergonhada: —"Spooky, pode me deixar aqui, obrigada, sério!''

Quando tentei abrir a porta do carro, ele não cogitou, a fechando novamente com força, me trancando  em seu carro, o encaro intrigada: —"Spooky, está ficando louco!"  — Falei alto e em bom som.

—"Você simplesmente excluiu e o meu irmão da sua vida como se fossemos nada! Sei que o nosso lance não terminou bem, mas você nunca me deixou explicar ou provar que eu não tive nada com aquela garota naquele dia!"  — ele falou irritado e com expressão triste em seu rosto.

Meu estômago estava embrulhando ao lembrar, em questões de segundos, lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, minha voz falhando ao falar aos suspiros: —"Foi melhor assim Spooky, não daríamos certo! É sobre o César... Tudo realmente iria mudar, até porque ele ficou chateado por eu ter mentindo sobre o nosso lance, tentei remediar, mas ele fez a escolha dele de não querer falar comigo, a única saída depois de tudo, foi me manter longe de vocês, mas isso não quer dizer que eu não senti a falta de vocês, eu senti... Todos os miseráveis dias da minha vida!"

Oscar escurece seus olhos, se encostando um pouco perto de mim, retirando uns fios de meus cachos caído sobre meus olhos, alisando seus dedos perto da minha bochecha, enxugando meu choro, levando sua outra mão em minha nuca:

—"No llores, please!"
deixando seu sotaque em espanhol sair e sua voz seguia em um tom baixo e calmo.

Estávamos tão próximo naquele momento, nem parecia que tínhamos ficado a um ano longe do outro. Levei meu rosto perto do seu, Oscar percebeu meu movimento, aproximando seus lábios do meu, parecia o certo a se fazer, logo, iniciando um beijo caloroso e cheio de saudades.

Ele me puxou ainda com nossos lábios grudados, me fazendo sentar em seu colo toda molhada, percorrendo suas mãos por dentro da minha blusa, cravando seus dedos em minha costas com força. Levando uma das minhas mãos em seu pescoço,  continuei lhe beijando e sentindo cada nervo do meu corpo pulsar com seu toque, dando umas leve esfregada em seu membro ainda dentro de sua bermuda. Oscar sentiu ele pulsar, ficando excitado e rígido, ele estava prestes a perder a controle, cravando suas mãos em minha regata, a rasgando enquanto gemiamos durante o nosso beijo pausado.

A temperatura esquentava entre nossos corpos, Oscar encarou meus seios ao me ver de sutiã, me levantando um pouco pra cima, abrindo o zíper de sua bermuda, colocando seu pênis para fora de sua boxe, o segurando com firmeza. Observo o tamanho e quanto estava duro, mordendo meus lábios de excitação e ansiedade para sentir-lo dentro de mim. O deixando assumir o controle do meu corpo, me levantando, subindo minha saia jeans pra cima, seus dedos percorria de encontro a entrada que cobria as paredes do meu núcleo, esticando o tecido da calcinha com os dedos e a colocando de lado. Me apoiando em seus ombros, sentindo ele encaixar, fazendo meu núcleo engolir seu pênis até o final, deixando escapar um gemido de dor com a voz fina e suave em perto de seu ouvido, como um choro.

Oscar fechou seus olhos, soltando uns gemidos baixos, eu por ao contrário continuava com os gemidos altos, Oscar ao escutar e perceber, me fazendo calar com uma das mãos sobre minha boca e sussurrando ofegante: "Shiii mami, alguém pode escutar o que estamos fazendo dentro do carro, eu preciso disso agora, não quero parar de te foder!"

Me contive com o segurar de suas mãos em minha cintura, ele continuou a me fazer pular em seu membro, seus gemidos roucos ecoando pelo carro, ficando cada vez molhada ao ouvir ele falar palavrões sujos em espanhol perto da minha boca, cravando meus dedos no vidro, meus pulos em seu pênis intensificou, nossos movimentos lentos e calmos começaram a ficar cada vez mais rápido e rude, o calor dos nossos corpos só aumentavam.

Aquela noite, era tudo que o precisávamos, nossos corpos havia esperado por aquele momento e não teve a escolha de local, apenas fizemos e sem pudor nenhum.

El verano de los santos 🍁Onde histórias criam vida. Descubra agora