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Manjiro on.

Quando chegamos no local, tomamos muito cuidado, olhamos em todos o locais, parecia que tinham abandonado o local.

—você não disse que ela estaria aqui?! —eu grito para Sanzu.

—ela estava, devem ter saído daqui as pressas, deve ter algum informante em algum lugar, ele ouviu e avisaram.

Merda, se eu fosse mais rápido, teria pegado eles saindo daqui, eu vou pegar esse cara e eu mesmo vou torturar ele.

Tirar unha por unha, pele por pele, deixar ele sofrer bastante antes de matá-lo, quero que ele sofra fisicamente oque eu estou sofrendo psicologicamente.

Eu quero tanto fazer ele sofrer.

[Nome] on.

Eu estava presa nessa sala a horas, como eu não tenho noção do tempo não sei quantas, de vez em quando eu ouvia ruídos do outro lado da porta, o que me dava esperanças que aquele cara iria me trazer comida, mas ela estava desaparecendo.

Eu estava caindo no sono, quando ouso um barulho da porta abrindo, a silhueta do homem de antes estava lá, com um prato de comida.

—coma, não quero que morra. —ele fala colocando a comida no chão, e desamarrando uma das minhas mãos.

—oque me faz confiar que você não drogou essa comida de novo? —falo olhando para o Fundo dos olhos dele.

—você não sabe, ou come, ou.. Eu te forço a comer, sabe, eu não vou ter problemas com isso.

Eu continuo encarando aquela cara de cínico dele, me dando raiva, ódio, repulsa.

Eu pego o prato e começo a comer, ainda com raiva.

—vamos conversar, sobre seu... Marido..—ele fala a última palavra com um encomodo na voz.

—não vou falar nada sobre ele com você..

—se não falar por bem, eu vou ter que usar algumas técnicas de tortura, eu não me importo se você se traumatizar, oque importa é você estar comigo.—ele diz chegando perto de mim.—eu quero destruir Manjiro, para você saber que só sobra eu nesse mundo para você amar.

Eu como a comida pela metade, deixando a outra metade no prato, tentando me afastar um pouco dele, mas infelizmente eu estava encostada na parede.

—vai falar ou não?

—não!

—que seja.

Manjiro on.

Sanzu tinha conseguido a localização novamente, dessa vez me certifiquei que ninguém tivesse contato com o celular naquele momento.

Depois eu vou resolver esse problema do informante, eu só quero a minha [Nome] de volta.

Eu já estava no carro dirigindo na maior velocidade que eu conseguia, patente meus dedos no volante, querendo ser mais rápido.

Eu logo avisto um terreno, com uma casa, não tão grande, mas não tão pequena, e bem suja, e estaciono na frente dela.

Eu faço um movimento com a mão, fazendo todos pegarem as armas e se prepararem.

Eu chego perto da casa e dou um chute na porta, fazendo ela se abrir, logo andando para dentro ouvindo o puro silêncio.

[Nome] on.

Eu estava machucada, meus braços e barriga cortados, mas não tão fundo para precisar de ponto, minha cabeça estava latejando, minha bochechas também, de tanto que ele deu tapas.

Eu estava encostada na parede, encolhida, quase não conseguindo se mover, mas ele não arrancou uma palavra minha, é verdade que eu não sabia de nada, mas mesmo se eu soubesse não falaria, minha consciência diz que não.

Isso não foi uma tortura daquelas que você vê em filmes, mas doeu do mesmo jeito, doeu tanto, eu só queria o Manjiro aqui para me acolher, dar um abraço, para eu chorar em seus braços.

Eu só..

Eu ouso a porta abrindo com brutalidade, vejo a silhueta do Kisaki, ele havia me falado no meio da nossa "conversa".

Ele me puxa pelo braço, me levantando do chão e puxando para fora da sala, eu estava tão sonsa que estava tropeçando nos meus próprios pés.

—sabia que o seu maridinho esta aqui? Como ele descobriu minha localização, eu não sei, mas ele não vai te pegar de mim, nunca! —ele diz andando comigo por aqueles corredores.

Ele desce uma escada comigo, e eu quase caio se ele não me segurasse, eu realmente preferiria ter caído.

Ele para e me coloca na frente dele, logo apontando uma arma para mim, ou outra coisa igual.

—se der mais um passo, sua queridinha morre! —ele disse olhando para frente.

Eu levanto a cabeça e olho pra frente, vendo Manjiro na minha frente, apontando a arma para Kisaki.

—Manji... —eu digo entre sussurros.

Kisaki me puxa mais para eu ficar colada em seu corpo, fazendo os olhos de Manjiro ficarem mais escuros, e ele segurar a arma com mais força.

Eu recuperei um pouco de consciência, e fiquei pensando um pouco, essa situação era péssima, Manjiro estava em desvantagem.

Eu rapidamente piso no pé de Kisaki e dou uma cabeçada com a parte de trás da minha cabeça em seu nariz, fazendo ele cambalear para trás.

Eu corro até Manjiro com o corpo ainda doendo, quase caindo, mas me esforçando mais para chegar até ele.

Quando eu estava perto de chegar em Manjiro, ouso o barulho de dois tiros, um em minhas costas, e outro eu vejo que não foi em Manjiro, e sim em Kisaki.

Eu caio no chão, aos pés de Manjiro, sentindo toda a fraqueza me dominar.

—eu..te amo... —digo mesmo com o sangue saindo da minha boca.

Eu sinto meu corpo pesando, meus olhos querendo se fechar, eu sinto os braços de Manjiro me pegarem uma última vez, me balançando, falando que era para fechar meus olhos.

—vai.. Ficar tudo.. Bem.. —disse sorrindo para ele.—você..vai arrumar alguém.... Bem melhor...—eu falo se aconchegando em seu colo, sentindo suas lágrimas caírem em minha pele.

—não vá.. Eu te amo.. —ele diz com lágrima sem seus olhos.

—eu também... —eu fecho os olhos por completo.
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Palavras:965

Não revisado.

𝐕𝐄𝐍𝐃𝐈𝐃𝐀-𝐌𝐚𝐧𝐣𝐢𝐫𝐨 𝐒𝐚𝐧𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora