Cap 1

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POV TAYLOR

   Acordei com um peso leve em minha barriga, esfreguei meus olhos enquanto despertava e...

- Bom dia, Lilihpan
-Miau!!

    Era minha gata preta, Lilihpan, que tinha um costume fofo de deitar em mim durante meu sono. Aos poucos levantei, tirando ela de cima da minha barriga, carreguei a gata no colo e dei leves beijos enquanto fazia carinho.

-é Lilih...parece que vamos ficar afastadas por um tempo. - Disse com seu tom de voz em melancolia.

   Lilih miava, como se estivesse entendendo cada palavra que eu dizia e lambia meu rosto, como se soubesse de tudo o que estava acontecendo e tentando me confortar. Passando a mensagem de que iria ficar tudo bem.
Sempre fomos assim. Lilih é a minha familiar, sempre me auxiliou em meus rituais, essa conexão existe desde o dia em que ela me escolheu como dono, quando veio parar na nossa porta.
   Saiu do meu quarto e vou para cozinha tomar café da manhã. Não demoro muito para comer, lavo o que sujei e vou para o banheiro fazer minha higiene matinal, escolho minhas peças de roupa, uma blusa de gola alta com manga longa, uma calça jeans wide leg preta rasgada no joelho e uma bota coturno.
Saindo do banheiro, indo para a sala, ouço:

-filha, já está pronta? - o homem que me colocou no mundo descia as escadas enquanto perguntava, com um tom calmo e leve.

-estou. - afirmo com indiferença.

   Ele desce apenas de roupa intima até a cozinha, não sei o que é pior, ter essa visão do inferno ou ir parar no inferno.. a resposta seria meio obvia se não fosse pela ânsia e constrangimento que eu sentia vendo essa cena. Logo em seguida vejo uma mulher branca, loira, de olhos claros, descendo as escadas de casa.

-Bom dia...- A moça diz timida.

   Apenas aceno com a cabeça, olho para ela com pena, afinal, ela é só mais uma das várias na cama de meu pai.

-Amor, ja estou saindo! - diz a moça.

    O homem sai da cozinha e vai até a moça, dando-lhe um abraço, um beijo na testa e fazendo carinho em seu cabelo liso, dava pra ver como era bem cuidado, cada mecha que se movimentava durante o carinho brilhava.

-eu te amo, vá com cuidado para casa.- Dizia o homem com um tom de voz meigo.

-eu também te amo!! - A mulher falava suspirando, hipnotisada com o homem em sua frente.

   Eu nunca senti tanto nojo de um homem em minha vida, cada dia que se passava ele aparecia com uma mulher diferente aqui em casa.

1 SEMANA ANTES (FLASHBACK ON)

   Chegando em de um "passeio" noturno na floresta com minha gata, ouço um barulho vindo do quarto do meu pai.

-Sinceramente, prefiro nem saber o que é. - Falo baixo pra mim mesmo.

   Logo em seguida, eu e Lilih nos encaramos e vamos para meu quarto.
Não esperava que a situação fosse tão precária, mas os barulhos ficaram mais alto, logo lembrei que o quarto do meu pai era em cima do meu.

-Puta merda, é sério isso? - falo com indignação, fazendo com que a gata em minha cama me encarasse.

   Havia barulhos de impactos, como se fosse chibatadas, gemidos altos e as batidas da cama na parede. Os barulhos ficam cada vez mais intensos, principalmente as das chibatadas, acompanhada dos gritos, começo a ouvir também xingamentos degradantes.

-É, agora fez total sentido quando disseram que os fetiches são genéticos,agora sei de onde veio meus desejos sádicos e masoquistas.

- Miaau!! - a gata mia como se estivesse repreendendo o que foi dito.

-solto risos e começo a acariciar Lilih.
Pego meu celular e vejo que é 19h.

    Fico mechendo nele para passar o tempo, um pouco irritada com os barulhos, coloco meus fones de ouvido para bloquear os barulhos ao meu redor, continuo mechendo no celular, sem demorar muito para pegar no sono.
Desperto e vejo que ja são 21:15, tiro os fones e saiu do quarto para beber água e vejo meu pai descendo as escadas de roupa intima e blusa.

-Qual diabos é seu problema? - Pergunto estressada.

- Vai ter de ser mais específica. - O homem responde confuso

- Seu quarto é em cima do meu, eu não sou obrigado a ouvir as putarias que você faz. Dê seu jeito de instalar dispositivos ou sei lá o que pra abafar os ruídos infernais do seu quarto. - Falo enquanto pego minha garrafinha da geladeira.

- Você puxou essa língua e esse seu temperamento ridículo da sua mãe! - Exclama o homem na intenção de ofender.

-Antes a ela do que a alguém como você. - Expresso meu desgosto em cada palavra enquanto vou para meu quarto com a garrafinha na mão.

CONTINUA!!

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