Boa noite...
A manhã na movimentada garagem da Ferrari pulsava com uma energia elétrica, onde o som vibrante dos motores reverberava e o característico aroma de combustível se misturava ao ambiente. Lauren, em um breve intervalo entre o caos organizado das atividades da equipe, aproveitava um momento de pausa para saborear seu café.
Os fones de ouvido, que descansavam delicadamente em seu pescoço, eram mais do que um simples acessório; eram a conexão direta com o mundo dos pilotos, uma ponte entre a estratégia nos boxes e a ação nas pistas. Eles eram a interface que permitia a Lauren, a engenheira dedicada, se comunicar com os pilotos enquanto dirigiam, incluindo Charles.
O café, quente e revigorante, contrastava com o cenário dinâmico ao seu redor. A equipe trabalhava em sincronia, realizando ajustes nos carros, conferindo dados técnicos e preparando-se para mais um dia intenso nas pistas. Enquanto observava os colegas de equipe passarem, Lauren estava imersa em seu próprio mundo, um oásis momentâneo de tranquilidade em meio à agitação da corrida que se aproximava.
O cabelo de Lauren estava habilmente preso em um rabo de cavalo alto, uma escolha prática que refletia a natureza pronta para a ação de seu trabalho. A cafeína pulsava em suas veias, proporcionando um impulso necessário para enfrentar os desafios do dia. A cada gole, ela absorvia não apenas a energia revitalizante do café, mas também a atmosfera intensa e emocionante da garagem da Ferrari.
Nesse breve intervalo, Lauren era uma observadora atenta, absorvendo os detalhes ao seu redor. Os fones de ouvido, agora momentaneamente em repouso, representavam a pausa entre seus afazeres como estrategista da Ferrari.
Distraída pelos pensamentos que permeavam sua mente, Lauren não percebeu imediatamente o pneu fugitivo que se aproximava perigosamente em sua direção. Foi apenas quando o objeto rolante passou velozmente ao seu lado que a engenheira, por um fio, escapou de um encontro inesperado. O susto que percorreu seu corpo foi tão repentino quanto a aparição do pneu, e a reação instintiva de pular para o lado foi uma mistura de alívio e surpresa.
A situação, por mais arriscada que pudesse ter sido, trouxe consigo uma risada nervosa de Lauren. A adrenalina do momento misturava-se à consciência de sua própria distração, criando uma reação que, embora tensa, logo se desdobrava em um sorriso divertido. Observando a agitação contínua ao seu redor, Lauren percebeu a ironia da situação. A engenheira, cujo foco preciso geralmente estava sintonizado nas complexidades dos carros de corrida, havia sido brevemente surpreendida por um elemento tão mundano quanto um pneu solto.
Com os primeiros raios de sol pintando o ambiente, os neurônios de Lauren começaram a despertar gradualmente, dissipando a névoa do sono. Ainda saboreando o café, ela voltou a observar os membros da equipe movendo-se ao seu redor.
Enquanto seus neurônios lentamente despertavam, Lauren notou a figura de Charles surgindo na garagem, acompanhado por alguém muito semelhante a ele. Mesmo na penumbra da manhã, não foi difícil concluir que o companheiro de Charles era seu irmão. A silhueta familiar, a postura confiante e os gestos compartilhados revelavam a conexão fraterna entre os dois Leclercs.
O andar descontraído de Charles e seu irmão, imersos em uma conversa animada, capturou a atenção de Lauren. Seus olhos seguiram a dupla enquanto se aproximavam, trocando palavras e risos que ecoavam entre as máquinas e os equipamentos da garagem. Era uma cena que transmitia uma atmosfera de cumplicidade e afeto, uma visão rara e reconfortante da vida pessoal de Charles que geralmente ficava escondida nos bastidores das corridas.
Lauren, geralmente focada nas complexidades técnicas e estratégias do mundo da Fórmula 1, encontrou um breve refúgio na simplicidade da conexão fraternal à sua frente. A interação entre Charles e seu irmão trouxe uma dimensão humana ao ambiente impessoal da garagem, lembrando a todos ali presentes que, por trás dos capacetes e dos carros velozes, havia indivíduos com histórias e relações que transcendiam as pistas. O momento efêmero, quase como uma pausa nas frenéticas atividades da corrida, permitiu a Lauren vislumbrar uma faceta mais pessoal do piloto que ela admirava.
À medida que se aproximavam, Charles percebeu Lauren na garagem. Seus olhos encontraram os dela, e um sorriso contagiante iluminou seu rosto. Ele acenou em sua direção, e seu irmão seguiu o gesto, os dois interrompendo a caminhada para se dirigir até ela.
A atmosfera na garagem mudou quando Charles e seu irmão se aproximaram de Lauren. Cumprimentos amigáveis foram trocados, e Charles fez as apresentações. "Lauren, este é meu irmão, Artur. Artur, essa é Lauren, minha incrível engenheira."
Artur já tinha ouvido falar de Lauren pelas histórias de Charles. Ele sabia que ela não era apenas uma engenheira para o coração do irmão, mas alguém que compartilhava uma conexão profunda e significativa com Charles. As histórias que Charles compartilhava sobre Lauren eram um reflexo do respeito, admiração e cuidado que existiam entre eles, algo que não se limitava apenas às pistas de corrida.
Ao conhecer Lauren pessoalmente, Artur pôde ver além do título profissional que ela carregava na equipe Ferrari. Ele percebeu a maneira como Charles olhava para ela, a preocupação genuína em seu rosto quando falava sobre os desafios que enfrentavam juntos e a alegria que transparecia quando compartilhava as conquistas ao lado dela. Para Artur, Lauren era mais do que uma engenheira talentosa; ela era alguém especial para Charles, seu irmão mais velho e uma das suas maiores inspirações.
Até amanhã...
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Ferrari Ardente | Charles Leclerc
FanfictionNum cenário onde o som dos motores se mistura com emoções intensas, "Ferrari Ardente: Entre Pistas, Paixões e Velocidade" nos leva aos bastidores eletrizantes da Fórmula 1. Aqui, conhecemos Charles Leclerc, o piloto monegasco encantador, e Lauren M...