16/ Coração Despedaçado.

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Mesmo que eu não consiga controlar as minhas lágrimas, eu vim para o meu lugar favorito… o mar

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Mesmo que eu não consiga controlar as minhas lágrimas, eu vim para o meu lugar favorito… o mar. Sarah deve ter contado para os meus pais o que realmente aconteceu, eles não tentaram me impedir de sair quando eu saí do meu quarto.

Eu estou encarando o mar e deixando as minhas lágrimas caírem pelo meu rosto.

— Mary? – Olhei para cima.

— Senhora Eden – A comprimentei.

— Sinto muito pelo que aconteceu meu bem, se você precisar de um abraço – Ela apoiou a mão no meu ombro.

Me levantei e fiquei parada na frente dela, me aproximei e abracei ela.

— Eu estou com o coração despedaçado dona Eden, meu coração está doendo muito – Falei enquanto soluçava.

— Você quer conversar? – Me afastei dela, Eden limpou as lágrimas que escorriam em meu rosto.

— Ele… ele me traiu diversas vezes, todas as vezes que eu achei que ele estava sozinho em casa ou trabalhando ele estava com outra – Dei uma pausa enquanto chorava.

— Todo o dinheiro que eu emprestava para ajudar em casa, ele gastava com outra garota… todas as vezes que eu chorei a noite rezando para ele melhorar ele estava com outra. Às vezes quando eu dormia na casa dele e quando acordava de madrugada e ele não estava lá, ele tinha saído para encontrar outra garota… ele me traiu diversas vezes, a minha prima, ele abusou da minha prima… – Eden me puxou para mais um abraço.

— Eu não gosto de te ver assim querida.. – Eden falou enquanto eu desabava de tanto chorar em seu ombro.

— Isso vai passar, você precisa descansar meu bem… vai pra casa, toma um banho e tente dormir – Eden fez carinho no meu braço enquanto eu ainda chorava.

— Porque isso tudo acontece comigo? Talvez se eu tivesse deixado ele ir na primeira dor que ele me fez… – Me afastei dela.

— Meu bem, você estava loucamente apaixonada por ele e achava que o sentimento era o mesmo… você teve que abrir mão de algumas coisas pelo seu relacionamento e teve que se conter com o que ele te dava – Eden deu uma pausa.

— Talvez você tenha dado chances demais achando que ele tinha aprendido ou estava arrependido, você achava que os machucados que ele tinha te causado iriam se curar com quem fez eles, você estava cansada de perdoar e escutar as mínimas desculpas dele e logo depois ele cometer mais e mais erros… sabe o que acontecesse dar mais chances pra quem já te machucou? Você está dando mais uma oportunidade de te machucarem novamente, você não errou amando ele, o erro foi dele de não ter aproveitado todo o sentimento verdadeiro que você ofereceu – Ela sorriu e limpou novamente as lágrimas que escorriam pelo meu rosto.

— Agora pare de chorar, você é muito bonita para ficar assim e você tem que mostrar que isso não te doeu muito como ele queria – Ela falou enquanto encarava o meu rosto.

— Eu levo a senhora para casa, Lizzy deve estar preocupada – Falei tentando segurar as minhas lágrimas.

Caminhamos em silêncio até a casa dela, chamei a Lizzy e ela abriu a porta.

— Tchau Mary – Eden falou acenando.

Antes que eu acenasse de volta ela deixou um papel cair de seu bolso, peguei nele e lá dizia.

" Mary Walker

Menina bonita, alta, cabelo loiro ondulado, olhos bonitos e infelizmente tem problema com o relacionamento "

— A senhora esqueceu disso – Estendi a mão com o papel dobrado, mas quem pegou foi a Lizzy.

— A esse papel, ela não vive sem ele….. ela lê ele todas as manhãs para não se esquecer de você – Lizzy sorriu pegando o papel.

— Obrigada por ter trago ela, sempre quando ela fala que vai a praia eu sei que é pra te encontrar aí eu fico mais aliviada, mas obrigada – Ela agradeceu fechando a porta.

— De nada – Falei um pouco sem reação.

Voltei para casa ainda não acreditando que ela escreveu em um papel um pouco das minhas características para não se esquecer de mim…

Quando menos percebi eu já estava chegando perto de casa, mas por incrível que pareça do destino com quem que eu encontrei do outro lado da rua? Benjamin Miller.

Depois de mais uns dez passos nós passamos um do lado do outro, não totalmente perto. Ele estava me encarando, mas eu desviei o olhar e não olhei para ele, não fui atrás para conversar nem nada.

Eu apenas passei como se fosse um estranho na rua.

— Pai, eu cheguei – Coloquei a chave no balcão da cozinha, soltei o meu cabelo e voltei para a sala.

— Nós ficamos sabendo sobre o que aconteceu, eu sinto muito minha filha – Meu pai se levantou e me abraçou, eu abracei ele de volta.

— Eu sou forte, eu vou conseguir passar por tudo isso – Falei enquanto nós nos afastamos.

— Você sempre foi forte, eu tenho orgulho da pessoa que você é e de sua força – Ele sorriu.

— Eu também sinto muito minha filha – Minha mãe veio até mim querendo me abraçar, mas eu hesitei para trás.

— Obrigada – Agradeci sem abraçar ela, saí da sala e fui para o meu quarto.

Deitei na minha cama e peguei o meu celular. Chegou uma notificação no meu celular onde dizia.

"Mary, a Sarah me contou o que aconteceu e eu sinto muito que você esteja passando por isso, mas se quiser conversar… pode me encontrar na cafeteria de sempre, é só marcar o dia"

Era uma mensagem de Ryan.

Outra notificação dizia.

" Fiquei sabendo que a Sarah te contou sobre as coisas, sinto muito… se você quiser conversar comigo sobre isso ou sobre qualquer assunto, quero que saiba que eu sempre vou estar aqui por você"

Era uma mensagem do Ricky.

Acho que não vou abrir nenhuma mensagem agora, vou tomar um banho e deitar na minha cama, talvez chorar até dormir novamente.

Enquanto eu estava procurando um pijama para vestir, escutei alguém batendo na porta.

— A janta está pronta, seu pai mandou te chamar – É a minha tia.

— Fala que não estou com vontade de comer e que não vou jantar hoje – Não me virei para trás para não ter que olhar para ela.

Escutei apenas um suspiro e a porta batendo de leve.

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