Parte 1 - A Chegada: Capítulo 4 - Na Barriga do Leviatã

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Dentro do Cubo Flutuante

Vivian não fazia ideia de quanto tempo havia se passado. Em um momento, uma sensação paralisante a impedia de sair do lugar, e então tudo se apagou.

Mover o corpo ali era impossível, mas ainda assim, conseguia senti-lo. Estava deitada, e circundando-a, estava o molde que impedia seus movimentos. Vivian não conseguia enxergar com clareza que lugar era aquele, pois estava sem seus óculos.

Do pouco que enxergava, conseguiu ver uma forma humanoide totalmente branca, mas com um círculo preto no centro do rosto. O ser se movia acima dela, analisando-a e prestes a fazer algo, mas antes que a criatura fizesse, ela ouviu dois barulhos altos, semelhantes a explosões. Na segunda explosão, a criatura sumiu do seu campo de visão, e ao mesmo tempo, o molde que segurava seu corpo, cedeu. Ainda com a visão borrada, viu uma mulher aparecer no mesmo lugar da criatura, mas ao ouvir a voz dela, Vivian a reconheceu.

— Aqui, Vivian. — Lara entregou os óculos para Vivian, enquanto Vivian se levantava.

— Que lugar é esse? — Vivian colocou os óculos enquanto descia daquele tipo esquisito de maca.

— Não faço a mínima ideia, mas acho que é dentro do cubo flutuante.

— E o que é isso na sua mão? — Vivian apontou para o objeto, semelhante a um secador de cabelos, que Lara segurava.

— Isso aqui? — Lara levantou o objeto. — É uma arma que dispara energia. É tecnologia deles. Olha o estrago que esse troço faz.

Vivian ficou pasma com o enorme buraco apontado por Lara. Desviando o olhar do buraco para os cadáveres dos seres que estavam caídos, viu que cada um tinha um buraco no peito, por onde escorria uma gosma azul de aspecto viscoso, despertando-lhe nojo imediato. O estrago que Lara causou em seus captores, fez Vivian desejar uma arma parecida. Lara apontou para um balcão, mostrando a Vivian vários exemplares da arma dispostos sobre ele. Ao pegar uma daquelas armas, Vivian fez um teste e explodiu um dos computadores do laboratório. Depois do teste, as duas saíram do laboratório para um corredor cromado, com uma estranha iluminação azulada de origem desconhecida.

...

Após tirar a vida dos seus captores, Marcelo saiu do laboratório onde estava carregando consigo uma arma do mesmo modelo que Lara portava e se deparou com um longo corredor cheio de portas. O corredor parecia ser feito inteiramente de metal, portas, paredes, o teto e o chão, todos cromados e iluminados por uma luz azul incômoda.

Pelos instrumentos que vira no laboratório onde acordou, Marcelo supôs que os seres que ele matara pretendiam fazer experimentos com ele, e atrás daquelas portas no corredor, provavelmente fariam experimentos com seus colegas. Sem pensar muito, Marcelo disparou uma rajada de energia contra a porta à sua frente, que abriu um buraco imenso com bordas retorcidas.

Ao entrar pelo buraco, Marcelo viu três indivíduos semelhantes aos seus sequestradores, e enquanto eles se preparavam para pegar em armas, Marcelo usou a sua contra eles, derrubando-os. Em uma daquelas macas, que se moldavam ao corpo da cobaia, estava Dyana, lentamente voltando à consciência.

— Marcelo? Onde é que nós estamos? — Dyana sentou-se sobre a maca após sentir o molde lhe soltar.

— Eu tenho quase certeza de que estamos dentro do cubo. — respondeu Marcelo, ajudando Dyana a se levantar e sair da maca.

Enquanto se levantava, um forte odor de carne queimada agrediu as narinas de Dyana. Enojada, ela perguntou a Marcelo de onde vinha aquele odor nauseabundo, e ao olhar pro lado, entendeu o que era. Os corpos de seus captores jaziam no chão, cada um com um buraco na altura do peito e uma gosma azul escapando do ferimento letal.

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