Parte 1 - A Chegada: Capítulo 5 - Déjà Vu

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Saber que o tempo passou diferente na ilha, deixou os recém-chegados abismados, pois os abduzidos não conseguiam entender como dois dias se passaram na ilha, se eles passaram apenas algumas horas dentro do cubo.

— Gente, não faz sentido! Se bem que... — Lucas parou no meio de sua fala e começou a se lembrar da transição de ambientes que a nave sofreu.

— Será que a gente tava em outro nível?. — interrompeu Marcelo, completando o que Lucas havia pensado.

— Então quer dizer que vocês foram noclipados para outro nível e nem se preocuparam em caçar a saída pra casa? — quis saber Leonardo.

— A gente tava muito ocupado, pensando em sobreviver e fazendo uma chacina dentro da nave, pra pensar em um jeito de escapar. — respondeu Mariana sem muita paciência.

A menção de Mariana à chacina assustou aos demais, alguns até mesmo duvidaram, e começaram a encher os abduzidos de perguntas. Mas Marco interrompeu a conversa e chamou a todos para voltar ao acampamento, pois lá poderiam comer e conversar com calma.

...

Ficou decidido que não haveria expedições naquele dia, pois apenas metade dos participantes estavam em condições, outro motivo para o cancelamento das expedições foi a curiosidade, todos queriam saber o que havia acontecido nos dois ambientes.

Depois que os abduzidos comeram e contaram um breve resumo do que ocorrera na nave, os dezesseis participante do reality se dividiram em suas panelinhas, e na varanda da cabana de Marco, ele e Ana Luiza dividiam com Daniel, Lucas, Dyana e Vivian sobre o relato do sonho que tiveram na noite anterior.

— Eu tava aqui na praia, mas o outro povo lá não estava aqui, nem Vivian, e nem Sávio, mas estavam aqui além de nós, o Jadson, o Pablo, o Well e a Viros. — disse Ana Luiza.

— Quê que esse povo tava fazendo aqui? — interrompeu Daniel.

— Posso terminar de contar, Bart? — queixou-se Ana Luiza, e com Daniel se calando, continuou de onde havia parado. — Voltando ao sonho, estava tendo uma briga entre o Pablo e o Well, e parecia que a razão era a obsessão do Well com uma pedra, eu não entendi direito essa parte. Ele não tava incomodando ninguém, mas o Pablo quis arrumar confusão, e os dois começaram a se agredir fisicamente.

Ana Luiza parou e Marco continuou o relato do sonho compartilhado:

— Então a gente conseguiu separar a briga e o Pablo foi pra dentro da barraca dele, pois não tínhamos cabana no sonho. Quando a gente achava que tudo ia se acalmar, o Pablo apareceu por trás do Well e passou um facão, surgido não sei de onde, no pescoço do Well. Depois disso, o Pablo largou o facão, fugiu para o meio da floresta e sumiu.

— E no fim do sonho, eu vi o Bart pegar o facão que Pablo usou, a Dy pegar um pedaço bem espesso de madeira, e os dois foram para o meio da floresta atrás do Pablo. — concluiu Ana Luiza.

— E depois disso? — quis saber Dyana, interessada. — Gostei da ideia de matar o Pablo a pauladas.

— Credo Dy, que morbidez. — respondeu Marco chocado com a naturalidade com que Dyana falou aquilo. — Mas o sonho termina aí.

— Estranho vocês verem isso, porque antes de encontrar o bunker, eu tive uma visão do enterro do Hiago, e eu estava com essas mesmas pessoas aqui ilha. — disse Lucas. — Será que isso realmente aconteceu e a gente não se lembra?

— Claro que não, pelo que eu me lembro, o Hiago e o Pablo estavam vivíssimos. — respondeu Vivian.

— Eu espero nunca ter uma visão dessas. — disse Daniel.

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