As brisas, levemente mornas do meio da tarde, agitaram algumas mexas soltas do seu cabelo enquanto ela se esticava na ponta dos dedos tentando alcançar aquela pêra madurinha, mais uma para seu cesto que ela colhia. As pontinhas de seus dedos roçaram no fruto que estava alto demais para si.
Assustou-se, quando a presença alta e masculina esteve ali, sobrepondo a si e arrancando o fruto.
— N-Naru... c-coronel... — enrubesceu. O aroma de frutos maduros de vários tipos estavam lá, no pomar. Perdidos entre os labirintos arbóreo, encararam-se por alguns instantes. E embora ela não precisasse, Hinata tentou justificar o que fazia, talvez para amenizar aquela sensação que pairava entre eles há alguns dias e apenas piorava em sua densidade — E-eu estou colhendo algumas pêras para... uma torta... para o lanche das crianças.
Ela sentiu o coração acelerar quando os lábios dele se curvaram um pouco.
— A senhora que fará?
— É... uma nova receita.
— Estou ansioso agora para provar. Posso ajudar a colher?
Ela sentiu aquela coisa estranha em seu estômago, como se suas entranhas esmagassem.
— P-pode, claro. Só... tome cuidado, alguns estão muito maduros.
— Doces? — Eles mal conseguiam desviar seus olhares, ela encarava os olhos azuis e desviava para os lábios masculinos movendo enquanto ele falava. Naruto não diferia dela.
— Doces... — ela balbuciou. Ele precisou de um passo ou dois, aproximando-se o bastante dela sem deixar de olhá-la. Então ele esticou o braço o bastante para arrancar pertinho de si um fruto bastante maduro.
Ainda mantendo aquele contato visual que estava ficando intenso demais para a pobre viúva, ele mordeu, espalhando facilmente a suculência em uma mordida. O caldo escorreu ligeiramente pelos lábios, umedecendo-os, enquanto Hinata engolia o acumulo de saliva em sua boca.
— Doce. — Ele balbuciou.
Ela, um pouco trêmula, levou seus dedos ao contorno dos lábios dele tentando limpar.
— S-se sujou um... um pouco... aqui... — ela estremeceu completamente quando Naruto segurou sua mão. Ele levou seus dedos delicadamente aos lábios, os chupando as pontinhas adocicadas, provocando drasticamente o corpo feminino que praticamente ouvia a voz de Temari em seus ouvidos
"Sininho... sininho..."
Oh, Deus! Ele fazia seu sininho vibrar sem sequer tocá-la totalmente. Aquele homem era um perigo.
— Ainda mais doce — sussurrou ele, levando seus dedos gentilmente ao queixo dela. Segurou-o com firmeza sem que houvesse qualquer relutância da mulher que estava hipnotizada em seu olhar.
Os lábios aproximaram-se tímidos, tocaram e roçaram-se com a leve estranheza que tinha sabor de nostalgia. Logo reconheceram-se íntimos, fazendo os lábios finalmente se tocarem, devorando-se, espalhando consigo a onda violeta de calor pelos corpos. O gemido dela escapou pelos lábios, quando ele agarrou sua cintura com tamanha firmeza, reivindicando o corpo para si, quebrando qualquer distância que havia entre eles. A língua, úmida e experiente, não demorou a participar daquele ato. Adentrando-se sem vergonha, sem modéstia, chupava, sugava e enroscava-se a dela, misturando no beijo o sabor adocicado do fruto, dividiram o calor e o desejo.
Ele gemeu, quando as unhas dela rasparam sua nuca. Ela havia envolvido seu pescoço totalmente. Rendida aquela pressão, aquela emoção que condenava seu coração em batidas errantes, Hinata sentia todo o seu fôlego ser levado naquele beijo enquanto parecia não querer que chegasse ao fim.
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A viúva do coronel
Фанфик"O jornal das senhoras sempre prezou por mulheres incríveis na nossa sociedade, por isso, as mais procuradas são as dotadas de todas as qualidades confiáveis que tornam uma mulher única e valorosa para seu homem, nota-se: Ela é amável e obediente." ...