Quando ela se ajoelhou no confessionário diante do padre do outro lado daquela pequena janela, Hinata puxou o ar tão densamente, que parecia que sufocaria em algum momento. Duas vezes ao ano ela costumava fazer sua confissão e aquele era um desses momentos.
— Senhora Uzumaki — cumprimentou o homem de cabelos grisalhos e ar divertido e leve que possuía.
— Perdoa padre, porque eu pequei — iniciou ela, enquanto pensava em todas as suas transgressões, e a medida que as citava, a coisa parecia apenas... corriqueira para o padre Jiraya, até que Hinata uzumaki começou a falar dele, de Naruto, e de como sua chegada as terras do redemoinho simplesmente viraram o mundo da viúva de pernas 'pro ar. — Eu não sou como sou perto dele, padre. Me vejo... irritada e intimidada. Ele é um estranho em meu teto e às vezes eu apenas quero... — ela se calou pensando em como tais palavras eram pesadas — ele é um homem arrogante, infeliz e mimado. Além de tudo, é odioso e desrespeitador.
— Ele tem faltado-lhe com respeito que se deve, minha filha?
— Em palavras, padre. Ele... me trata como uma megera. — Jiraya gargalhou.
— Talvez esteja ainda com o coração muito carregado pela morte de seu marido, e isso tem pesado em seu discernimento.
— Padre, eu... não sei se posso lidar com ele, não até meu luto se acabar. Penso que talvez me enclausurar é melhor, mas... — ela respirou profundamente — eu tentei ajudá-lo, mas ele é odioso, eu o odeio padre, odeio tanto, que...
— Minha filha, lembre-se da mulher que é, de sua gentileza e cuidado, da sua empatia e caridade... não o pague ódio com ódio.
Choramingando, Hinata torceu os lábios em um bico quando disse.
— o problema, padre, é que eu não quero devolve o ódio com o ódio...
— Muito bem
— Eu quero devolver com um tiro de rifle, padre.
Assustado, o homem abriu a janela encarando Hinata.
— Não diga tal atrocidade! Conheci você ainda uma menina quando veio como a esposa do falecido coronel. Sei da bondade e coragem do seu coração, senhora. — ele respirou — está vivendo um momento muito difícil, não teve filhos, infelizmente, mas os planos de Deus são...perfeitos sempre. Precisa ter calma, paciência e fé. Em vez de pensar o mal do novo coronel, reze, ore para que Deus o oriente, para recuperar o prestígio das terras, para que a senhora seja bem cuidada sobre as graças dele, mesmo quando esse vier a se casar. Talvez seja a missão de Deus para a senhora.
Ela não gostou daquela linha específica de pensamento do padre, mas nada disse.
— Devo me manter calada e me... recolher?
— Deve ser justa e mansa, como Deus fez as mulheres. Para ser acalanto e pilar do lar.
...
Aquele retorno foi extremamente silencioso para ambos, Hinata apenas preocupava-se com o dia se pondo do lado de fora enquanto Naruto tinha tantas coisas me mente que aprendeu, viveu e ouviu dos comerciantes e da cidadela que esteve, por uma instante, sentiu falta dos amigos, alguém para conversar e compartilhar. Talvez Kiba pudesse ajudá-lo ali, não é? Ele era um especialista. Bom, talvez uma carta para amigo e uma visita não faria mal algum.
— Como foi a missa? — perguntou de repente. Hinata não o olhou, mas notou-a respirando profundamente.
— Esclarecedora e gratificante.
— Hm...
— Eu tomei a liberdade de pedir ao Dujor Choji, para levar algumas amostras de tecido para o senhor amanhã, já que mandou trocar todos os tecidos da casa.
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A viúva do coronel
Fanfic"O jornal das senhoras sempre prezou por mulheres incríveis na nossa sociedade, por isso, as mais procuradas são as dotadas de todas as qualidades confiáveis que tornam uma mulher única e valorosa para seu homem, nota-se: Ela é amável e obediente." ...